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Enquanto o festival se estendia pela noite mais longa da roda do tempo, Yoongi servia muitas taças de vinho, cálices transbordantes de cerveja e alimento para os nobres. Cansado, ele respirou aliviado quando Ejilah lhe dispensou com xingamentos que sequer deu importância, pois agora podia se sentar o mais longe possível daquela festa na clareira da floresta.

Ele seguiu discretamente para a trilha que levava à farra particular dos bardos, onde estes cantavam e se amavam uns com os outros descaradamente.
Toda aquela exibição era suficiente para o servo adentrar as grandes bétulas e desaparecer na penumbra da noite.
Todavia, se lembrou de que não poderia andar sozinho na floresta, mas era tarde para voltar atrás.

De repente, a música se foi, os risos ecoaram muito longe de seus ouvidos e uma sensação sufocante gelou sua espinha. A neve em seus pés era fofa, a visibilidade só não era nula por conta do brilho azulado da lua.

— Que não seja mais um — ele murmurou quando ouviu passos virem das árvores na sua frente, e apertou os olhos para ver melhor a imagem de uma silhueta alta na penumbra da noite. — Seja lá quem for, não é bem-vindo aqui.

Yoongi não teve resposta e se percebeu mais nervoso, embora não deixasse que seu rosto expressasse nada menos que determinação. Porém, seus olhos dobraram de tamanho no instante que se depararam com um homem de cabelos muito longos e amarelos. Suas roupas eram de seda tingida, e uma faixa mantinha longe os fios de sua testa, ressaltando ainda a longa cicatriz num dos olhos e maçã do rosto.

Absorto, ele perdeu a fala por perceber que aqueles olhos gateados e marcados pareciam muito com os seus, assim como o sorriso gengival, embora o do outro se curvasse zombeteiro.

— Um servo — o homem ria e observava Yoongi atentamente. — E se eu matasse todos eles?

— O quê?

Por fim, Yoongi caiu em si e engoliu a tensão que por pouco não fechou sua garganta.
Afinal, até mesmo as vozes soavam iguais:

— Por que somos tão...

— Quero começar pelo pedacinho de bosta, adoraria matá-lo à dentadas. Oh, posso até sentir o gosto do sangue em minha boca!

— Jimin? — assustado, Yoongi apontou para o homem chegando cada passo mais perto de onde estava. — Você não é como Manannan, o Deus dos...

— Você é tão lento que me irrita. Digamos que sou um deslumbre do que está dentro de você.

— Você é um Deus?

Você é um Deus. Nós somos um Deus — este ergueu o dedo indicador e fez charme. — Podemos voltar para dentadas e sangue agora? Tenho pressa para cumprir meus desejos sujos, do contrário, perco o interesse depois de pensar duas vezes. Há sempre alguém por aí para que eu dê umas mordidinhas.

— M-Mas o que há? Como você pode estar na minha frente?

Ainda confuso, Yoongi observou o homem jogar seus cabelos loiros de lado quando este se virou de perfil, avaliativo:

— Ah, meu coração dói; o seu também? Francamente, custava ter aproveitado mais daquele corpo delicioso, antes de entregá-lo a outro homem? O quero de volta, sou fascinado por Jeon Jungkook.

— Pare bem aí.

— Quando ele entrou fundo, você quis gritar, mas eu revirava os olhos e pedia por mais.

— Quieto!

— Oh, só estou dizendo o que você não foi capaz de repetir no calor do momento! Aquele homem teve fôlego para dois!

My Charm In Anatólia - Yoonkook Jikook TaegiOnde histórias criam vida. Descubra agora