My Charm In Anatólia - Yoonkook Jikook Taegi

O Meu Querer

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— Eles podem consertá-lo?

O astrólogo Taehyung deixou o broche partido ao meio na palma da mão de Jennie, sua amiga profetiza e que tinha boa convivência com os artesãos. Eles estavam na plantação de lavanda, e o campo aberto e roxo exalava seu doce e fresco perfume no ar, fluindo com a brisa da manhã.

Mas Jennie torceu os lábios, contrária a aceitar o favor quando analisou o estado quase irrecuperável em que o broche se encontrava:

— Mas é claro que não, meu querido. Olhe, os melhores artesãos foram para o dia de comércio, mas acredito que nem mesmo Rosé ou a mãe podem recuperar seu broche. Ah, não fique assim, todo amuado, posso lhe mostrar outros semelhantes.

— Não, tudo bem — ele deixou seu olhar cair no campo de ramos roxos e disfarçou sua tristeza com o semblante indiferente. — Devo ser responsável pelo o que destruí e aprender com isso. Ah, ando cometendo tantos erros que não sei se é seguro continuar abrindo a minha boca. Nem um pedido de desculpas que se preze eu soube fazer.

— Vai falar de Min Yoongi outra vez — Jennie retrucou chateada, mas brandou o tom ao ver o amigo desanimado e perdido na paisagem. — Como pode amar alguém que só maltrata os outros?

— É irritante como as pessoas pensam que sabem tudo das outras apenas por olhar para elas, ou mesmo por dar ouvidos a boatos totalmente fora da realidade.

— Taehyung, escute bem, aquele diferentão nunca tratou nenhum de nós bem, gosta de humilhar seu próprio clã.

— E você nunca se perguntou por que ele faz isso? — comedido, Taehyung pegou o broche da mão de Jennie. — Sabe o quão difícil é ser diferente? Eu observo Min Yoongi desde a infância, na verdade, todos fizemos isso e pudemos ver o quanto ele foi perseguido, maltratado e, hoje em dia, assediado descaradamente. Como espera que alguém desgraçado pela própria família se sinta receptivo?

— Ce-Certo, eu não tinha pensado desta forma. Mas não acho que é motivo para ser um ranzinza.

— Você não quis realmente dizer isto.

— Pois sim! — Jennie ergueu as mãos para o ar. — Realmente acho que Min Yoongi faz dramas para que você e qualquer outro caia de amores por ele.

— Tente se aproximar com algum respeito e verá que ele não é como pensa. E, francamente, quem somos nós para opinar sobre as atitudes de alguém que sofre tanto por nossa culpa?

— Eu nunca o assediei!

— Mas sabia dos assédios e ficou calada, sabia dos maltratos e ria, sabia das humilhações e ia embora quando as coisas ficavam insuportáveis para que continuasse a olhar. Estes não são motivos sérios para pedir perdão ao Yoongi?

Alterado pela cólera, Taehyung deu as costas para a amiga e respirou fundo, buscando no ambiente a paz que precisava para melhorar os rumos daquela conversa:

— Jennie, não acha que já erramos o suficiente? — ele voltou a encarar os olhos negros brilhantes e, cansado, deu de ombros. — Se não o compreende, ao menos o respeite.

Longe dali, Hoseok observava as danças dos gregos na pouca sombra de árvores da ilha, mas sua atenção sempre se voltava para o grupo de guerreiros e caçadores desordeiros em seu extremo, que conversavam até mais alto que a própria melodia das harpas e flautas. Por sorte, Jungkook estava perto para os dispersar com olhares duros, e logo se sentou na areia junto com Hoseok.

— Guerreiros e Caçadores são a pior das misturas para um dia de festa — Jungkook comentou e estalou a língua.

— De fato, meu príncipe.