Mar e Mágoa

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Ainda havia o brilho das estrelas no céu quando os comerciantes e artistas do clã acordaram e desceram em marcha preguiçosa pela trilha que dava acesso ao grande Rio Linus, e ali as barcas os esperavam para levá-los até a cidade comercial em uma ilhota de pouco verde e muita areia branca. Barcos à vela ou remos se reuniam naquele dia para fazer trocas importantes, fechar tratos ou o melhor de tudo; fazer amigos fora de seus territórios. Porém, Park Jimin não estava interessado quando entrou no barco dos artistas do clã. Ele ocupou seu lugar numa das ripas de carvalho e alisou as roupas de seda nos braços, era sua tentativa para espantar o frio da manhã. Seus olhos opacos permaneceram no horizonte, e a mente nublada pelas emoções mescladas ao senso de responsabilidade não deu margem para cumprimentar ninguém, tampouco ouvir as conversas ao redor.
Jimin estava magoado e cansado de parecer forte para os outros. A ponta de seu nariz se encontrava vermelha e pinicava, o olhar quase por se fechar naquela viagem. E aquilo de fato aconteceu quando o movimento das águas embalou seu sono, mas tomou um susto quando um barco ao lado trombou no seu. Não houve um que não tivesse se segurado como podia, mas Jimin cortou o dedo numa farpa de sua ripa quando escorregou. O filete de sangue lhe deixou muito surpreso, pois não era de se ferir com frequência, mas nada foi pior do que procurar explicações com o olhar para o barco ao lado, pois encontrou os olhos negros preocupados do príncipe em si. E quanto mais Jimin observava as marcas rasgadas e negras na pele de Jungkook, pior se sentia ao lembrar do porquê delas terem surgido:
Min Yoongi e sexo.

— Jimin — Jungkook o chamou alarmado de seu barco, queria saber se ele estava bem. — Sinto muito por... Jimin.

No entanto, Jimin ignorou os chamados com um suspiro saindo de seus lábios e buscou os dançarinos despreocupadamente:

— Suponho que estejamos todos bem. Por favor, segurem firme e não se distraiam com as velas. Quero estar vivo até o fim deste dia.

— Não mais que isto? — um dos dançarinos lhe gritou e Jimin estalou a língua.

— Vamos de uma vez, temos um dia e tanto pela frente!

No barco ao lado, Ejilah recebeu ajuda para se recuperar do baque, arrumou as vestes de Dohyun nos ombros e analisou Jimin ditando ordens com empenho.

Ela ainda não gostava dele, mas via com espanto seu trabalho:

— Querido, veja o filho dos Park, ele não parece menos idiota hoje?

— Não há um Park menos idiota, Ejilah. Este seu bom coração é quem lhe dá olhos gentis para tudo e todos.

— Bem, você está certo. Mas percebo que ele fala como se fosse algum líder de...

— Ele é o líder dos dançarinos.

— Não me interrompa, Dohyun. Estou dizendo que ele parece estar mostrando saber algo mais do que dar piruetas. Oh, pare de comer como um porco, apenas largue estas bananas verdes.

My Charm In Anatólia - Yoonkook Jikook TaegiOnde histórias criam vida. Descubra agora