06 de junho de 2020

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Eu não ousaria dizer que entendo o amor, mas se me permitir, eu gostaria de fazer um breve ensaio.

Ao que me parece, o amor é muito confuso, de todas as maneiras, de todas as formas possíveis, em diversos aspectos. O amor é confuso por envolver duas pessoas, com histórias e concepções distintas, linhas que, até o momento, não tinham se cruzado. Quando se encontram, o óbvio é o colapso, de emoções, sentimentos, personalidades e crenças. Amar é difícil, mas, ainda que confuso e, por mais contraditório que seja, acredito que o amor tem a ver com a simplicidade.

O amor existe na simplicidade do toque, do mais delicado até o mais brusco. No calor do beijo, que arrepia o corpo inteiro e nos faz delirar por alguns minutos. Na insensatez do coração, que abandona o orgulho e enfrenta o mundo por outra pessoa. O amor existe nos pequenos gestos, nos detalhes, nos abraços, no bom e dia e no boa noite. Amar, no meio de tanta confusão, é simples.

Se não fosse o amor, o laço de vocês teria se rompido na primeira briga, na primeira diferença ou no primeiro desencontro. O amor resiste ao ciúmes, às desavenças, às personalidades e aos gostos distintos. O amor, tão simples quanto é, também é forte. É vivo. É pulsante.

Por isso que aceitamos viver no meio de tanta discrepância. O amor, em si, é fácil. Nós é que somos complicados. Mas algumas complicações até que combinam. Constato, por resolução, que o amor, ainda que sujeito a dificuldades, vale a pena. Não desista dele.

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