Capítulo 26- De volta

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Soffia

Um mês inconsciente, um mês escutando tudo sem conseguir me movimentar, sem conseguir ao menos abrir os olhos, sem conseguir ver a minha filha.

-Ela é linda!._Acaricio suas bochechas rosadas
Seus olhos são como o mar, é os cabelinhos ralos e loiros estavam amarrados em uma presilha.

-O que foi?._Dyllan se preocupa ao notar o meu silêncio

-Eu perdi tudo. Eu não levei ela pra casa, eu não dei o primeiro banho, eu nem se quer pude dá mamar para ela._Observo ela segura meus dedos com força

-Você pode ganhar a melhor coisa a partir de agora._Meu pai passa a mão pelos meus cabelos -Amor!._Ele balança a cabeça em direção a Malu que estava com um sorriso largo e banguela

_❤️_

-Ah não! Não quero me separar dela de novo._Malu dormia tranquilamente em meu colo, sentir sua respiração era a coisa mais gostosa da vida

-Mais ela precisa de um banho, precisa comer e dormir. Não vinhemos preparados. Amanhã a gente volta._Dyllan tenta explicar

-Desde quando você virou o senhor babá?._Olho sério para ele

-Querida, Dyllan está certo! Malu não pode ficar aqui sem preparo

-Tudo bem. Estou sendo uma boba mesmo._Sorrio -Vai com o tio princesa._Entrego a neném á ele

-Amanhã estaremos de volta, eu juro._Dyllan segura forte a minha mão -Eu senti a sua falta._Sorrio para ele e observo ele sair do quarto levando o ser mais lindo que já vi em toda a minha vida

-É aí coroa? O que rolou?

-Senta que lá vem história..

-Tenho tempo._Meu pai cai na risada e começa a me conta tudo que aconteceu durante esse tempo

_❤️_

-Oi._Me aproximo do berço -Tá tudo bem?._Ela estava concentrada no mordedor
Depois que acordei passei apenas alguns dias no hospital até ganhar alta. Como meu pai passou um mês ao meu lado, precisava resolver assuntos no trabalho, então aceitei ficar com os Forks por uns meses.

Me sinto tão frustada, já tinha conseguindo minha independência, feito um cantinho meu e da minha pequena, agora voltei para estaca zero, onde não consigo nem cuidar da minha filha sozinha.

-Você é tão boazinha._A pego no colo e me sento na cadeia de amamentação
Ela já está durinha, já brinca com os dedos e já solta sorrisos. Eu achava que um mês não dava pra fazer nada, nada poderia mudar em um mês, agora a minha vida deu uma reviravolta em cada dia que se passou. Por causa de um pequeno mês eu não posso mais amamentar a minha filha e ela não chora com saudades de mim. Infelizmente, ela se adaptou a uma rotina que não me incluí.

-Desculpa, meu amor! A mamãe não queria isso._Acarricio seu rosto -Perdemos tanto, né?!
Eu me lembro de vê-lá assim que nasceu, lembro de segura-lá no colo, porém o resto foi apagado. Só me recordo de acordar com uma luz forte no rosto e ver meu pai sentado em uma cadeira ao lado da cama.

-Vai ficar tudo bem agora, a mamãe vai te amar para o resto da vida....

O destino do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora