So Am I

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Ava Max - So Am I

Autora "pov"

Era ainda muito cedo quando os irmãos se encontraram na cozinha, Luther usava um óculos escuro e sua cara obviamente mostrava que estava de ressaca, Klaus andava pela cozinha saltitando como se tivesse tido a melhor noite de sua vida, Elise o ajudava a fazer o café e Five estava sentado na mesa observando tudo, logo pelas escadas desceu uma garota de cabelos vermelhos, a mesma de algumas noites atrás que estava no quarto de Elise.

- Leona? - Elise perguntou confusa ao ver a amiga apenas embolada em uma coberta branca e sem mais nada de roupas.

Leona que nem havia notado os irmãos se virou logo sorrindo, tinha os cabelos bagunçados e marcas roxas pela pele pálida que a coberta não escondia.

- Só vim buscar minhas roupas.  -Respondeu indo para a sala e pegando algumas roupas jogadas por todo o lado, pegou o casaco de couro e o vestido jogados na mesinha de centro.

- As preliminares começaram ali? Seu safado! - Praticamente gritou Klaus enquanto balançava aquele maldito sininho que acordou todos de manhã.

Luther apenas mandou o irmão calar a boca e Elise riu mas preferiu não comentar nada por enquanto, falaria com a amiga mais tarde já entendendo que Luther e Leona haviam ido a cama. Klaus continuou a balançar o sininho até ele ser jogado longe com um simples movimento da mão de Elise, naquela manhã o maldito sino havia lhe acordado fazendo com que ela caísse da cama fazendo ela machucar as costas no tombo.

- Quer tomar café da manhã com a gente? - Ofereceu Klaus apenas para provocar um pouco o número um.

- Eu amaria, neném, mas tenho que trabalhar. - Falou Leona que seguiu até a amiga dando um breve selinho nela como um "bom dia" antes de sair e voltar a subir as escadas.

- Essa sim tem sorte, pegou dois Hargreeves em menos de um mês. Será que quer me adicionar na lista também? -Brincou Klaus fazendo a irmã rir e Luther revirar os olhos.

- Não podemos só começar logo? - Implorou Luther querendo mudar de assunto e acabar com aquela falação que fazia sua cabeça doer.

- Não gosto dela. -Murmurou cinco que durante todo aquele tempo estava calado observando.

Klaus que não era bobo notou que Five havia fechado a cara desde o momento que Leona apareceu, e seu ciúmes apenas aumentou quando as garotas deram um selinho.

- Garanto que se pedir,a Elise também te dá um beijinho. Não fica com ciumes não. - Brincou vendo que instantaneamente ambos os adolescentes ficaram com os rostos vermelhos de vergonha. - Falando em beijinho, vocês transaram? Estão com o mesmo pijama.

- Eu tenho vergonha de dizer que sou seu irmão. - Falou Cinco com repúdio dos pensamentos impuros de Klaus sobre si.

- Acha que eu faria isso com um velho como o cinco? - Perguntou um pouco nervosa, já que nem ela saberia a resposta.

- Qual é, nesse corpo ele dá um caldo!  - Klaus andou até cinco deixando a sua frente uma xícara de café.

Com cuidado e desconfiado pegou a xícara levando aos lábios tomando um pequeno gole antes de a colocar rápido sobre a mesa novamente.

- Quem eu preciso matar pra ter um café decente?! - Reclamou, pois o café que mais parecia água marrom não tinha nem gosto de cafeína, apenas de uma água quente cor de fezes.

- Garanto que o meu tá melhor. - Elise se gabou pegando a xícara da mão do garoto sem ligar para suas reclamações e jogou na pia, em seguida colocando o café que ela havia feito em um bule separado e entregou para cinco o ouvindo agradecer baixo.

- Ao menos alguém nessa casa com bom gosto. Obrigado, Queen. - Sorriu levemente para ela que apenas sorriu de volta desviando o olhar, não importa quantas vezes ele a chamasse assim, sempre sentiria o coração pulsar mais forte.

- Tao fofo esse incesto. - Comentou Klaus vendo que depois daquilo Cinco estava prestes a sair da cozinha. - Espera! Eu tenho novidades do mundo dos mortos! - Disse um tanto animado fazendo o outro apenas se arrumar na cadeira e se sentar novamente.

- Conseguiu falar com o papai? - Luther perguntou bebendo o café ruim que Klaus o serviu e vendo Elise se sentar na cadeira entre ele e cinco.

- Eu invoquei o papai ontem a noite. - Começou mas foi interrompido por Ben que todo esse tempo observava a cena como sempre fazia.

-É uma péssima ideia. - ele comentou fazendo Klaus o mostrar o dedo do meio, que no ponto de vista dos irmãos foi dado aleatoriamente para uma cadeira.

- Pensei que tinha dito que nao consegue invocar ninguém há anos. - Cinco bebericou o café olhando o irmão.

- Sim, mas agora eu to sóbrio. - Respondeu orgulhoso de si mesmo. - Eu fiquei limpo ontem a noite pra falar com alguém especial e acabei falando com o velho.

Disse um pouco menos animado e Elise sabia que ele queria se comunicar com Dave, o ex namorado morto do passado do irmão, tinha até pena de saber que ele queria falar com o amor da sua vida mas encontrou o culpado por seus traumas.

- Alguém tem aspirina? - Perguntou Luther ignorando o que o número quatro havia falado e se levantou, achando que Klaus mentia e não acreditando em nada que ele falava.

- Prateleira de cima, perto das torradas. - Respondeu a garota que agora estava batucando os dedos na perna se sentindo nervosa sobre o que o pai falou.

Imaginava se ele falou algo sobre ela, talvez mandou uma bronca por colocar Leona dentro da casa novamente pois o velho a odiava, ou talvez mandou um recado dizendo que ela sempre foi a decepção da família, coisa que ele sempre gostava de lembrar.
Cinco que estava ao seu lado notou o nervosismo da garota e com cuidado por debaixo da mesa sorrateiramente segurou sua mão sussurrando que estava tudo bem, e apenas recebendo um sorriso amarelado dela que concordou com a cabeça não crendo muito em suas palavras.

- Ei, isso é sério! - Reclamou ao não ser levado a sério, como sempre acontecia.

- Ok, eu vou brincar então. - Cinco sorriu cínico fingindo que se interessava. - E o que o velho disse então?

- De início o sermão de sempre sobre a minha aparência e eu me drogar e blá blá blá. - Começou revirando os olhos e balançando as mãos no ar em tédio apenas de lembrar mas logo batucou os dedos na mesa com intuito de fingir sem um tambor e em seguida continuou. - Aí ele falou sobre o possível assassinato ou...

Fez uma pausa dramática e Luther quase dormia sentado na cadeira.

- Fala logo! - Reclamou Elise apertando mais a mão de cinco em nervosismo.

- O papai se suicidou.

Todos ficaram calados, parados onde estavam sem coragem de dizer nada e esperando suas mentes digerir a notícia e processarem a informação.

- Não tenho tempo pras suas brincadeiras, Klaus. - Luther se levantou sem paciência e não acreditando nas palavras do irmão.

- Eu não to mentindo! Não tenho motivos pra isso! - Falou indo até Luther tentando o impedir de sair da cozinha.

- Por que ele faria isso? - Elise perguntou confusa enquanto olhava para baixo tentando pensar em uma resposta para aquilo.

- Por que ele queria que todos estivéssemos juntos aqui de novo. - Sua fala fez Luther parar e resolver escutar o quê o número quatro tinha a dizer. - Ele sabia do fim do mundo e queria que todos nós estivéssemos juntos para impedir ele… Ele iria me falar algo sobre o que casou mas não conseguiu a tempo. - Suspirou baixo e olhou para a garota vendo que ela não estava bem com aquilo e então resolveu passar o recado que o Hargreeves deixou a ela. - Ele pediu desculpas por suas memórias, pela de todos, mesmo que eu não saiba o que isso quer dizer.

Cinco ao ouvir isso apenas levantou ainda segurando a mão dela, não ligando se os outros veriam, e no ato acabou a fazendo levantar também.

- Vamos, não precisamos ouvir isso sem sentido, ele... - O garoto foi interrompido antes de terminar a frase.

- Tem razão, não faz sentido. - Ela falou e erguendo o rosto para encarar Klaus, lágrimas escorriam por seu rosto mesmo que ela estivesse séria. - Papai nunca pediria desculpas para mim.

Continua...

My Queen - Number FiveOnde histórias criam vida. Descubra agora