My Queen - Number Five

Power

Power - Little Mix

Elise " pov"

Cinco sempre me conquistava de todas as formas mas não havia nada que me fizesse suspirar como uma adolecente apaixonada, na verdade quase nada. A única coisa que me fazia agir dessa forma era o olhar bobo que ele dava para mim de vez em quando, em momentos que eu fazia algo extraordinário e ele não sabia como reagir, mas já fazia quase três dias que ele me olhava assim, sem motivo algum. E aos poucos aquilo começou a me irritar.

Desde que todos apareceram na sala de casa aquele dia, notei que não foi apenas a aparência deles que havia mudado. Allison partiu no mesmo dia o que me deixou extremamente confusa, e Klaus parecia fugir de Ben como um rato fugia de um gato, evitava o asiático como se nem fossem namorados o que eu notei que magoou Ben. Diego resolveu ficar conosco mas as vezes parecia que ele sumia e sempre estava conversando com Cinco sobre a comissão, algo me dizia que ele trabalhava la agora. Diego também não falava mais sobre Patch, a detetive parecia ter sido substituida por uma tal de Lila - mlher que sempre quando Diego citava, Cinco revirava os olhos, notável que ele não gostava da possível nova namorada de Diego. Eu não era boba, notei que sempre que eles estavam falando de algo e eu chegava mudavam de assunto rapido, o que me deixou mais curiosa ainda.

Mas nada disso me surpreendia mais do que Cinco, há três dias ele comentou que o apocalipse tinha sido impedido, e de lá para cá parecia que ele estava me evitando. Quando eu entrava em um cômodo ele sempre desaparecia, não importa o que estava fazendo, muitas vezes deixou os outros falando sozinhos o que me fez ter motivos para notar que ele não queria estar perto de mim. O único momento em que o encontrava era na hora de dormir, sempre sendo a mesma coisa durante longos e entediantes três dias.

Five entrava pela minha porta quando eu estava prestes a apagar a luz, eu o olhava já esperando o que aconteceria, ele tirava seus sapatos e pendurava o blazer da academia no cabideiro, se enfiava ao meu lado da cama e com minhas sombras eu apagava a luz deixando apenas o quarto levemente iluminado pela luz provida da janela. Lentamente sentia sua mão segurando a minha e nosso dedos se entrelaçarem, sem perguntas eu deitava a cabeça em seu peito e ficavamos asim até e dormir. Algo em mim dizia que ele precisava de espaço, mas me evitar me deixava furiosa, ele agia como se não fôssemos nada de dia mas a noite buscava refúgio na minha cama, ao meu lado. No fundo eu sentia medo. Um medo terrível dele não querer mais ficar comigo na frente dos outros, mas um medo maior ainda de em alguma noite ele não aparecer mais no meu quarto.

Naquela noite eu tentei agir como sempre, era quase madrugada quando me deitei na cama já de pijama, e assim que me aninhei nas cobertas de costas para ele escutei o barulho do teleporte que já estava acostumada, sorri ao sentir lentamente a cama se afundar ao meu lado indicando que ele havia deitado e antes dele conseguir pensar em algo girei ficando sobre ele e segurando suas mãos acima de sua cabeça, sentando sobre sua barriga e o impedindo de se mexer.

Pude ver sua expressão assustada com a luz continuava acesa, mas logo como fazia toda noite a apaguei, talvez não o ver fosse me dar coragem para falar o que queria. Não deixei de sorrir com o pensamento, mesmo que a posição que estivéssemos fosse sugestiva, eu não queria nada mais que respostas, e não desviaria o assunto, ou ao menos tentaria não desviar.

- Elise, saia de cima agora. - Pediu tentando manter a calma que eu sabia que ele não tinha, e se tinha, o faria perder.

- Não, até e você me contar o que tá acontecendo! - Seus lábios abriram mas antes que falasse o interrompo voltando a falar. - E não quero mentiras. Você não me explicou o que impediu o fim do mundo, e não me diga que o Klaus e o Diego aparecerem de cabelo longo foi normal porque não é, vocês estão agindo estranho há dias!

- Elise... - Ouvi ele começar mas não o permiti continuar.

- Eu ainda não acabei! - Falei um pouco mais alto, meus olhos vagavam por todo o luagar mas em momento algum conseguia olhar em seus olhos, sabia que me perderia neles. - Estava tudo bem, a minha cabeça pode estar uma bagunça com as lembranças mas do nada você passa a me evitar e a noite vem como um cachorrinho pra cama me abraçar, eu sabia que você era um velho caduco mas não achei que me trataria como uma criança!

Fiquei em silêncio por alguns segundos, queria falar tantas coisas mas parecia que era em vão agora, não adiantaria eu falar e falar e não o deixar responder.

- Já terminou? - Sua voz calma me fez finalmente ter coragem de o olhar em seus olhos.

Não importa quantas vezes eu olhasse para ele, aqueles olhos azuis me fazim derreter e ele sabia disso, o filho da puta tinha controle sobre mim. Com cuidado ele soltou seu pulso que eu segurava - sequer estava o apetando. Lentamente senti sua mão tocar meu rosto, era como se ele estivesse me apreciando, como se não me visse há muito tempo. Sempre que ele me olhava ele tinha esse olhar bobo.

- Eu te perdi mais uma vez. - Confessou me fazendo franzir as sobrancelhas, eu iria perguntar o que aquilo significava mas ele me impediu levando o dedo aos meus labios e passando por eles lentamente. - Você não sabe muita coisa e não quero que saiba. Então podemos por favor deitar como fizemos antes e só dormir? 

Eu não conseguia dizer não a ele, mesmo que ele me tratasse de forma rude, eu não conseguia. Senti sua outra mão se soltar também e ela ir até minha cintura, me forçando para baixo me deitando sobre ele, sinto minhas bochechas queimarem mas para ele aquilo não parecia nada de mais então fingi não ser para mim também. Colocando uma mão para me servir como travesseiro em seu peito e a outra senti ele segurar como fazia toda noite. 

Fechei os olhos mais calma, sabia que um dia ele me contaria o que aconteceu mas claro que seria no seu tempo. Esperava que no dia seguinte tudo voltasse ao normal, sentia falta das provocações bobas e as demonstrações de afeto em público que deixavam os outros desconfortáveis, mas o que mais sentia falta era quele pintcherzinho que o Five era pulando de um lado ao outro quando estava bravo com algo que eu fazia.

Aos poucos sentia meu corpo relaxar e não pude deixar de notar algo antes de dormir.

Realmente parecia que na cama eu ficava sempre por cima do Cinco.

Continua...