↻ 13. 𝐀𝐪𝐮𝐞𝐥𝐞 𝐃𝐨 𝐍𝐚̃𝐨 𝐄𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨

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𝐍𝐎𝐀𝐇

NO RELÓGIO a cima da minha porta de entrada marcava nove e seis numa noite de sábado.

O sábado que eu e Sina iríamos sair pra jantar.

O combinado era as sete, porém meu turno no hospital acaba as as oito e os filhos de Deinert vão para a cama as nove, então dá tempo dela colocá-los para dormir e depois passar direto na minha casa para irmos ao tal restaurante mexicano.

Nesse exato momento eu estava organizando minha prateleira de livros que se localizava na minha sala de estar.

Sou uma pessoa extremamente bagunceira, mas quando se trata dos meus livros, sou totalmente o contrário.

Quando terminei de organiza-los novamente só que desda vez por nome, passei meus olhos pela grande prateleira e no segundo seguinte escutei a campainha tocar.

Peguei meu casaco que estava jogado em meu sofá, carteira e celular e os coloquei no bolso dianteiro de minha calça jeans.

Assim que abro a porta me deparo com uma loira com o braço apoiado na cadeira que há na minha varanda.

Ela usava uma calça - aparentemente - de veludo e vermelha com uma blusa cinza de mangas compridas, e nós pés calçava um tipo de bota preta com detalhes prateados. Seu cabelo estava inteiramente solto com pequenas tranças em algumas mechas aleatórias, em seus dedos haviam vários aneis, um brinco provavelmente de pérola em sua orelha e o seu colar de sempre estava pendurado em seu pescoço.

- Uau, e olha que isso nem é um encontro... - Eu disse após admirá-la por completo.

- Se fosse um encontro eu estaria usando maquiagem e salto alto.

- Se fosse um encontro eu é que iria te buscar em sua casa.

- Não Urrea. Sendo ou não sendo um encontro, eu que iria te buscar em sua casa. - Sina falou dando batidinhas em minhas costas enquanto eu trancava a porta de minha casa.

- Não curti o clichê? - Perguntei me virando para ela e andando devagar descendo as escadas da minha varanda em direção ao seu carro.

- Qual a graça do clichê quando você tem a opção de não ser clichê?

- Esse é tipo seu lema?

- Na verdade meu lema é: "monstros verdes sempre adotam garotinhos que não escovam dentes antes de dormir" - Solto uma gargalhada.

O carro que está estacionado em frente a minha casa é um lindo SUV preto e grande, do tipo que empresários usam para exibir o quanto tem grana. Não seria nada mal ser dono da fifteen...

Deinert passou pela minha frente e abriu a porta do passageiro para eu poder entrar.

- Muito cavalheiro de sua parte. - Brinquei enquanto entrava em seu carro e me sentava no banco confortável admirado com o incrível painel que há nele.

Nos bancos de trás haviam três cadeirinhas infantis de segurança, uma menorzinha, outra um pouco maior, e outra que era somente com a parte do assento, obviamente para Adam, Logan e Dylan respectivamente. E nelas haviam bonecos, carrinhos de brinquedos, ursinhos de pelúcia e até mesmo um par de tênis e meias jogados por cima delas.

- Comparado com os outros dias, aí está super organizado. - Escuto Sina dizer assim que percebe que eu estava observando os bancos de trás.

- Eu queria ter isso. - Comento enquanto colocava meu cinto de segurança e Sina fazia o mesmo logo ligando o carro em seguida.

Pediatrician ↻ NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora