into place

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  — rosie? consegue me ouvir? — disse a voz mais que familiar, segurando meu braço esquerdo.

  quando abri meus olhos completamente, me deparei com as meninas ao lado da maca em que me encontrava, os olhos de jennie encaravam os meus, arregalados, enquanto sua mão repousava sobre mim, jisoo me olhava com o carinho habitual, e lisa parecia extasiada.

  — oi... — respondi, um tanto perdida.

  — sua maluca, a gente pensou que você tinha morrido! — exclamou jennie, soltando um grande sorriso aliviado em seguida.

  — você não vai se livrar da gente tão fácil, otária. — jisoo riu um pouco.

  lisa sorria e assentia em silêncio ao que diziam. parecia não saber exatamente o que dizer para me animar ou repreender e isso me preocupou, já que ela nunca perdia a oportunidade de bancar a "irmã mais velha" ou fazer tempestade em copo d'água por diversão.

  caralho, ela sabe... puta. que. pariu. ela encontrou e leu a carta inteira!

  minha cabeça parecia prestes à explodir naquele exato momento.

  — me desculpem por ter preocupado vocês. — disse sem encarar seus olhos.

  — não te desculpo! — jennie respondeu com um bico, brincando.

  — já te falei que não precisa ficar guardando suas preocupações pra si. isso te sobrecarrega e foi por isso que você desligou do nada. — jisoo disparou, firme.

  desligou do nada? o que aconteceu com o gás vazando? elas não foram até o dormitório? quem me encontrou e me trouxe aqui?

  e mais uma vez, eu não fazia a menor ideia do que estava acontecendo. se não foram as meninas que me encontraram, quem quer que fosse provavelmente teria encontrado a carta e agora já sabia de tudo. o maior segredo da minha vida poderia estar nas mãos de qualquer um e eu não teria como saber quem é e quais são as suas intenções.

  — ei! — lisa estalou os dedos em minha direção — tá sonhando, é?

  — sim, sonhando com você! — sorri de canto, agora certa de que não havia sido descoberta.

  lisa sorriu de volta, balançando os ombros provocante, como sempre fazia.

  deus, como senti falta disso. e dela.

  — tá ótimo duas pombinhas, vamos avisar ao médico que a rosé acordou pra podermos voltar para casa. — disse jisoo cruzando os braços.

  eu só pensava em como queria que estivesse tudo normal ao chegarmos lá, mesmo não sabendo como e se isso seria possível.

querida roseanne | chaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora