Capítulo 4: Apenas mais uma batalha

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Descemos as escadas da colina do castelo até as ruas da cidade. Onde estava o ônibus real que tínhamos usado para chegar até Freedest, e mais algumas picapes com guerreiros em volta. Fomos a viagem inteira calados, sem comentar nada um com o outro, sem piadas, apenas o som do motor. Seguis até um pequeno vale depois daquela planície que estávamos.

Ao descer do ônibus vi uma fazenda de milho com pequenas casas de tijolos no fundo do vale, que estava tomada pelo que parecia ser bandidos. Pois não usavam uniformes de nenhum dos reinos e estavam com suas armas apontadas para os trabalhadores. Vendo a situação, perguntei ao rei de que se tratava.

––– Rei, quem são esse povo que está ameaçando os fazendeiros?

––– É o exército de rebeldes do meu filho mais velho, Taylor. Esse moleque infeliz vem tentando dominar minhas terras desde seus dezoito anos, quando passou a ter idade para governar Freedest após minha morte.

––– Então essas tentativas de dominar suas terras na verdade são tentativas de te matar!?

––– Sim.

Trisha e Salomaio estavam de cabeças baixas como se estivessem rezando e esperando por algo. Os outros guerreiros do rei estavam em formação de batalha apenas esperando o rei ordenar atacar. Inclusive Mac, que também já estava pronto para batalha.

––– Não se preocupem meus companheiros e amigos. Essa será apenas mais uma batalha. Agora vamos acabar com todos aqueles bastardos infelizes!!

Rei Eloy foi o primeiro a começar a descer até o fundo do vale pela rua que havia. Eu e todos seus outros guerreiros o seguimos defendendo com nossos escudos os tiros que os rebeldes davam. Quando alcançamos o fundo do vale, começamos a matar todos aqueles rebeldes e a tentar proteger o máximo possível de fazendeiros.

Sangue e membros caiam no chão daquela fazenda. Os mais baixos dos rebeldes davam tiros pelas costas, então eu e os outros tínhamos que ser os mais rápidos possível com aqueles escudos pesados. Trisha e Mac não tinham escudos, eu os dava cobertura enquanto eles cuidavam da artilharia contra alguns arqueiros e atiradores do exército rebelde, e Salomaio ajudava o rei no meio da batalha. Por um momento todos pararam, e afastaram-se os exércitos. Era Taylor, que havia saído da principal casa dos fazendeiros.

––– Vejam só! Mesmo velho esse tolo continua lutando e arriscando sua vida por uma simples fazenda de grãos. Devo lhe dizer pai, que assim você facilita para tomar a coroa de Freedest.

––– Pare de falar asneiras, seu moleque ingrato! Eu não lhe dei a vida e te criei com tanto amor para que um dia você me traísse dessa forma.

Trisha estava ficando nervosa e quis avançar em seu irmão, mas eu e Mac a seguramos, e continuamos ouvindo a conversa de longe.

––– Agora será eu contra você. Desta vez um de nós saíra morto da batalha.

––– Não diga uma tolice dessas! Eu não matarei meu próprio filho.

––– Bem. Então já sabemos quem irá morrer. Ataquem!

A batalha voltou e Taylor foi direto ao rei que tentava defender o máximo de golpes do filho. Eu e Trisha não conseguíamos alcançar o rei para ajudá-lo, pois estávamos cercados e lutando contra os rebeldes de Taylor. Salomaio, que por ser grande tinha que aguentar uns três rebeldes ao mesmo tempo, também ficando impossibilitado de ajudar Eloy.

Com ajuda do meu elmo, pude ver uma rota segura até Eloy. Então matei os rebeldes que estavam me cercando e pedi para Mac dar cobertura a mim e a Trisha, para alcançarmos Eloy. Corri até o rei cortando e quebrando a cara de todos os rebeldes que cruzavam meu caminho, enquanto Trisha vinha atrás, atirando flechas em Taylor para distraí-lo. Mas infelizmente, quando alcançamos o rei. Um dos rebeldes deu um tiro em uma das pernas de Eloy favorecendo a luta para Taylor. Que logo fincou sua espada no peito de seu pai, que caiu ajoelhado no chão diante do filho primogênito.

Knight Wreckers - Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora