Capítulo 5: Sob as estrelas

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     Os carrascos de Taylor aproximaram-se de nós com machados gigantescos. Eles passavam as lâminas levemente em nossa nuca para nos dar medo, para ficarmos com aflição. No sexto andar de um prédio atrás de Taylor, vi aquele rebelde olhando para nossa execução com um sorriso. Mas não um sorriso sádico de quem queria nos ver morrer, não pude ver uma expressão exata em seu rosto.

Pela última vez o carrasco passou a lâmina em minha nuca, e ergueu o machado para decapitar-me. Mas antes que o machado começasse a descer, aquele prédio em que o rebelde estava explodiu, matando guardas e civis com seus destroços, gerando um alvoroço. Fazendo com que a execução perdesse o foco, nos dando uma chance de fugir.

Quando o carrasco que mataria Salomaio afastou-se dele para distanciar-se dos destroços do prédio, vi a verdadeira força de Salomaio. Ele ergueu-se quebrando a base de sua prisão, e a usou para bater em seu carrasco. Salomaio quebrou o resto de sua prisão na cara do carrasco. Trisha e Mac deram chutes no saco de seus carrascos para impedir que um deles matassem Salomaio. Eu ativei minha arma, que ao transformar-se quebrou um dos lados da minha prisão, permitindo que eu atirasse na prisão de Trisha e Mac para soltá-los.

Aqueles guardas que eram do exército do rei Eloy nos ajudaram com os outros guardas de Taylor, dando cobertura para que Mac soltasse meu outro braço e cabeça, para sairmos daquele reino. Recuperamos nossas armas de uma picape, e saímos da praça.

––– Matem eles! Não os deixem sair da cidade! ––– Gritava Taylor para seus novos guardas.

Corríamos o máximo que podíamos para nos afastar dos rebeldes e guardas que queriam nos matar. Por sorte, a praça em que estávamos fica na mesma avenida que o portão. Nosso caminho era uma longa reta. No percurso até o portão quase fomos atropelados, baleados, flechados, cortados e presos. E quando chegamos ao portão, os guardas não queriam abri-lo. Mas eles também não podiam nos matar ou prender, pois não possuíam armas.

––– Merda, e agora? Os soldados e Taylor já estão nos alcançando! ––– Falou Mac nervoso.

––– Tive uma ideia. Tentem segurar os soldados por alguns instantes! ––– Eu disse.

––– Vamos segurá-los com o que? O que você vai fazer?

––– Peguem pedra no chão e arremessem contra eles!

Mirei para o portão e carreguei ao máximo o tiro do canhão, a ponto dela começar a tremer como se fosse explodir. Quando disparei o recuo foi tão grande que cai no chão, mas o tiro fez um buraco no portão com espaço suficiente para passarmos. Salomaio, Mac e Trisha saíram primeiro, e quando passei pelo portão carreguei outro disparo, atirando na passarela em cima do portão, explodindo a entrada da cidade e mantendo Taylor e seus soldados lá para fugirmos daquela área.

Fomos o mais depressa possível para aquela vila onde conheci o rei Eloy. Mas quando chegamos lá já era tarde. Taylor estava lá com alguns guardas, e escondidos floresta ao redor nós o ouvimos dizendo:

––– Peguem esses cartazes e espalhem por todas as vilas! Esses cartazes possuem o desenho de quatro foragidos. Criminosos que se aproveitaram de uma desgraça alheia para fugir de sua execução. Estou oferecendo 15.000 moedas de ouro para quem levá-los vivos até mim na capital de Freedest, e 8.000 para quem levá-los mortos.

As pessoas da vila começaram a falar entre si e a distribuir uns aos outros os cartazes com nossos rostos e preço por nossas cabeças.

––– Porra! Vocês ouviram isso? Aquele desgraçado do Taylor coloco uma recompensa por nossas cabeças. Agora todo reino de Freedest irá querer nos matar! ––– Falou Mac

Knight Wreckers - Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora