Capítulo 6: Cidade estranha com gente esquisita

5 2 0
                                    

Estranhei que ele já soubesse meu nome, e que sou Sir. Mas não me preocupei com isso na hora, então ignorei esse pensamento. Descemos do telhado da igreja para as ruas do Centro Continental. Eu seguia Leonidas pelas ruas sem saber para onde estávamos indo. E quando lhe questionei ele disse ''Siga-me, e verá ''. Algo impressionante em Leonidas, é o fato dele andar no meio da multidão e roubá-la sem que ninguém perceba.

Após termos andado quase que a cidade inteira, entramos em um beco e paramos em frente um muro de tijolos velho.

––– O que estamos fazendo aqui? Vamos esperar alguém?

––– Não jovem aventureiro. O que você e todos os outros sem conhecimento de magia não sabem, é que todo Centro Continental, possui um Submundo da Magia.

––– Como assim?

Leonidas pegou seu cajado e riscou um retângulo no muro, e dentro desse retângulos fez uns símbolos estranhos brilharem ao murmurar algumas palavras. Quando ele se afastou do muro, o interior daquele retângulo desapareceu, abrindo uma passagem para o que ele disse ser o Submundo da Magia.

Quando atravessamos para o outro lado do muro, a porta mágica fechou-se atrás de nós, sem que mais ninguém entrasse. O submundo mágico não era muito diferente do mundo normal. As únicas diferenças que notei, era que o céu de noite era roxo e as construções tinhão uma arquitetura mais antiga, puxadas para a aparência das construções élficas.

––– E então Leonidas, onde iremos?

––– Iremos na loja de um velho amigo meu, Daves. Ele é um druida, então não se assuste se do nada aparecer um panda na sua frente.

––– Um panda?

––– Hahaha, sim! Vamos porquê temos outro lugar para ir além da loja do Daves.

Andamos alguns quarteirões e entramos em uma taberna. Uma taberna escura, iluminada por lamparinas nos pilares. Havia poucas pessoas, mas todas bem diferentes umas das outras. Todos na taberna estavam em silêncio, faziam o mínimo de barulho. Eu e Leonidas nos apoiamos no balcão, pois ele precisava falar com alguém, e depois de falar com um atendente da taberna ele me disse:

––– Viskill, tome cuidado enquanto estiver por aqui, as pessoas daqui também sabem sobre sua recompensa, e elas não são nem um pouco amigáveis.

––– Valeu pelo alerta.

––– E Viskill, evite falar com os outros, e caso venham falar com você seja o mais intimidador possível.

––– Daves quer que você entre sozinho sr.Leonidas. ––– Disse o atendente do bar.

––– Bem, vou lá e daqui a pouco venho te chamar. Evite se meter em confusão!

Leonidas foi com o atendente até onde seria a sala daquele Daves, e eu fiquei sozinho no balcão, em uma cidade estranha com gente esquisita.

Quando o atendente do bar voltou, eu lhe pedi uma bebida para tomar enquanto esperava Leonidas. Mas antes que minha bebida chegasse, um orck veio falar comigo:

––– Você é novo por aqui moleque? ––– Ele disse apoiando-se em seu braço direito no balcão, comparando-me com o que via em um papel.

Leonidas me aconselhou a não falar muito com o povo daqui, e caso fala-se, era para ser o mais intimidador possível.

––– Ei moleque, estou falando com você!

Permaneci em silêncio, mas desta vez olhei para ele. E para estar em uma cidade mágica, ele parecia nem um pouco com um feiticeiro ou algo do tipo. Ele era alto, sua pele era verde-musgo e vestia uma armadura típica de sua raça, com peças de metal bem angulares e couro trançado. Obviamente não sabia nada de magia, porquê se soubesse usar magia, usaria uma que o fizesse mais bonito.

Knight Wreckers - Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora