Capítulo 14

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Após um tempo abraçados, os raios do sol entrando pelas janelas, os abraçando de uma forma calorosa, os dois corações se acalmaram, o ar voltou a preencher seus pulmões, todas as lágrimas, que haviam sido seguradas neste angustiante momento, já haviam corrido pelo rosto e se encontrando com o tecido das roupas.
  - Muitas pessoas não acreditaram no que aconteceu - uma voz surge do silêncio, os dois olham para o lado e se deparam com um homem que aparentava ser um padre, ambos continuavam abraçados e em silêncio, querendo saber o que ele homem estava falando.
  - Poucos irão acreditar que isto aconteceu. Este não é o fim, muitas coisas ruins irão acontecer, mas nunca deixem o mal os derrubar, sempre se mantenham em pé e firmes, continuem sendo esses jovens corajosos, fortes, de bom coração. E terão pessoas como eu que irão acreditar em vocês e ajudá-los.
  - O senhor viu tudo? - a voz da jovem voltou após fim daquele momento assustador.
  - Vi tudo, desde que vocês entraram aqui - o homem havia ouvido e tinha visto o que estava acontecendo e presenciou tudo da porta dos fundos. - Eu não via algo tão forte assim em tanto tempo nesta igreja - após uma pausa, caminhou até estar na frente deles - saibam que sempre estarei os apoiando, os protegendo.
  - Qual o nome do senhor? - a jovem, apesar do que poderia acontecer, estava feliz que teria alguém que acreditava no que aconteceu, ainda não conseguia acreditar que tinha conseguido fazer aquilo, que havia acontecido aquilo.
  - São Luís Gonzaga - o homem diz com um sorriso confortante - É melhor voltarem, já amanheceu e os familiares de vocês devem está preocupados...nunca se esqueçam das minhas palavras.
  Os dois assentiram, ajudando um ao outro a se levantar, caminhando apoiados um no outro a saída.
  Assim que saem, encontram todos os fantasmas que os ajudaram, o sorriso da garota volta, feliz por vê-los novamente.
  - Muito obrigada pessoal, fiquei com saudade de vocês.
  - Sempre ajudaremos você, por você ter nos ajudado, acho que era isso que nos faltava.
  - Como assim? - o maior pergunta.
  - A noiva permanecerá aqui, mas o que nos prendia aqui não nos prende mais.
  - Então é um até logo?
  - Acho que sim, mas como você mesma diz, vamos nos encontrar novamente, mas em outro lugar.
  Após se despedir de cada um, eles continuam o caminho para voltar para o local que estão hospedados.

                                    ***

- Amicia! Henry! Onde vocês estavam? Vocês ficaram desaparecidos quase um dia inteiro! Procuramos vocês por toda parte.
   Amicia tentou explicar, mas River e Hiroshi não acreditavam em nenhuma palavra.
   - Pare de contar mentiras.
   - Mas é verdade!
   - O Jeff voltou chorando dizendo que você tinha sumido, esteve aqui esse tempo todo.
   - Foi ele tia River!
   - Pare de culpar os outros e admita o erro, conte a verdade.
   - Mas ela está dizendo a verdade River.
   - Henry, apesar de normalmente você ficar quieto e esta é uma das primeiras vezes que vejo você defender alguém, não dê corda para o que ela diz.
   - Mas é verdade! Eu sabia o que ia acontecer e fui procurar ela para que nada acontecesse.
   - Chega! Vão para o quarto!
   - Amicia! - ele aparece com uma expressão de alívio e lágrimas no rosto, fazendo com que Amicia e Henry andem para trás e segurem a mão um do outro. São preenchidos pelo medo, o coração acelerado, com vontade de fugirem para longe quando ele se aproximava rápido dos dois.
   - Fiquei tão preocupado com você, está machucada? Está bem? - Jeff abraça a mais nova e a aperta, a garota tremia de medo e permanecia parada, com sua mão ainda segurando a mão de Henry, que olhava com medo e raiva para o mais velho, querendo o jogar na parede e socar o rosto dele até ficar cansado.
   Quando estavam caminhando para o carro, o mais novo escuta uma voz e vira para o lado.
   - Até logo papai!
   - Até logo! - sorri acenando para a criança que havia o ajudado.
   - Com quem está falando? - a menor pergunta.
   - Com aquela garota.
   - Não estou vendo ninguém.
   Então percebe que sua amiga não conseguia ver a criança, que agora havia sumido.
   Decide não contar e cada um entra no carro de sua família e se dirigem de volta para casa, com medo do que poderia acontecer no futuro próximo.
 

No One is InnocentOnde histórias criam vida. Descubra agora