Capítulo 3

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Durante a caminhada, passo por um parque e decido entrar para dar uma vista de olhos. Vejo imensas pessoas a passear cães e eu adoro cães, não consigo parar de sorrir ao olhar para eles. Há uma que me chama a atenção e decido ir dar-lhe uma festinha.

Eu: Então, amigo? – brinco com ele.

A dona dele aproxima-se. Não posso deixar de reconhecer esta cara.

Ruby: O que fazes por aqui? Também vieste passear o teu cão?

Eu: Não, vim só passear.

Ruby: Fazes muito bem. Este é o Alfie e acho que ele te adorou – ambos rimos.

Continuo a brincar com ele enquanto estou ajoelhado e ela senta-se a meu lado.

Eu: Qual é a raça?

Ruby: É um chow chow. Trouxe-o da Mongólia.

Eu: Já estiveste na Mongólia?

Ruby: Sim, bem, eu morei lá na verdade. Estive lá durante 3 anos até a minha mãe conseguir um emprego melhor cá.

Eu: Oh, e pelo teu sotaque, também já reparei que não és de cá.

Ruby: Na verdade eu sou italiana. Os meus pais são ingleses e sou praticamente a única pessoa da minha família que é italiana.

Eu: Oh. E a pizza de lá é boa?

Ruby: Nunca provei. Eu só estive na Itália durante 1 ano. Os meus pais conheceram-se lá e rapidamente se envolveram, e agora aqui estou eu – ela sorri.

Eu: Eu nunca saí do Reino Unido. Estou um pouco farto de aqui estar, para ser honesto.

Ruby: Um dia hei de convencer os meus pais a levarem-me a Itália, visto que é o país em que nasci e só lá estive um ano da minha vida, e talvez também te posso levar – ambos sorrimos um para o outro.

O cão acaba por fugir para ir atrás de uma cadela que entretanto chegou. Ela vai atrás dele e coloca-lhe a trela.

Ruby: Bem, já são horas de ir andando. Até amanhã! – ela despede-se com um beijinho na bochecha e faz o seu caminho.

Também está na minha hora, por isso volto para casa, tomando nota de onde fica a padaria, os cafés, as lojas e mais alguns sítios que eu possa vir a visitar mais tarde.

Chego a casa e a minha mãe chama-me de imediato para ir jantar. Já lá estavam todos sentados, eles deviam estar à minha espera.

Mãe: Então, filho, como foi o teu primeiro dia de aulas?

Eu: Foi bom.

Adorei aquele grupo de rapazes que me olha a toda a hora de lado, sabes?

Mãe: Ainda bem. Espero que este ano não tenhas problemas.

Lottie: E não encontraste nenhum rapaz interessante? – ela goza.

Eu: Cala-te Lottie.

Lottie: Um rapaz para mim!

Eu: Isso tens de ver no teu colégio.

A Daisy e a Phoebe riem-se e continuamos a conversar até ao final do jantar.

Enquanto estou a vestir o pijama, a Phoebe entra no meu quarto.

Phoebe: Mano, posso dormir contigo esta noite?

Eu: Claro que podes.

Ela dorme praticamente todas as noites comigo. Diz que tem medo de ter pesadelos e que quando está comigo, está segura. Já lhe tentei fazer sentir-se segura através dos peluches dela, mas ela prefere-me sempre a mim.

Deito-me e ela deita-se no meu braço. Começa a contar mais uma das histórias dela.

Phoebe: Mano, na noite passada, sonhei que havia um monstro nesta cidade e ele queria comer os meus biscoitos todos!

Eu: E tu lutaste com ele!

Phoebe: Não, porque eu não sou muito forte. Tinha medo de perder, por isso tu é que lutaste contra ele e derrotaste-o! És o meu herói. – ela diz e abraça-me.

Eu: Aw – dou-lhe um beijinho na bochecha – Estarei sempre aqui para te proteger.

OUR SECRET | l.s.Where stories live. Discover now