O que vem depois?

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Devo me apresentar primeiro já que vai conhecer minha jornada, bem me chamo Sofia Johnson, garota de classe média alta, nerd assumida, colecionadora de livros e revistar em quadrinhos, eu entrei na faculdade de medicina com 17 anos, isso mesmo, 17 anos, praticamente um prodígio, digo isso porque soube de uma pessoa durante o curso que tentou 6 vezes até conseguir passar.

Se você quer saber se eu me considero um prodígio bem, não me considero, vou deixar claro que isso não é eu me menosprezando ou menosprezando meus feitos, digo isso porque tenho uma tendência a me diminuir e não me valorizar e ao longo da minha história eu fiz muito isso, principalmente de forma inconsciente, acredito que muitas pessoas façam isso, mas bem, eu só estudei, fui as aulas certinhas, escolhi noites estudando à festas na adolescência, e bem abri mão do único namorico que tive para que meus pais continuassem a ter fé e mim e consequentemente pagarem os cursinhos do fim de semana.

Eu me lembro como fosse ontem o meu primeiro dia na faculdade, não sabia nem qual era a sala mais fiquei deslumbrada quando passei na catraca e vi pessoas que representam várias oportunidades de socialização nesse mundo. Então em busca de forma desesperada por sabre onde eu iria estudar esbarrei com um belo estudante que se encontrava com uma blusa escrito " engenharia" , nunca vou esquecer esta cena, ele era lindo realmente lindo, seus cabelos eram negros escoriam por sua face que combinava perfeitamente com seus olhos azuis, pensar logo de cara -sou uma IDIOTA mesmo- como posso esbarrar em alguém no primeiro dia?

Sabe sobre o que falei das pessoas não dizerem como é a faculdade, bem ninguém te prepara para a possibilidade que já no primeiro dia você esbarre no senhor Fitzwilliam Darcy das engenharias, porque sim, aquele homem parecia ter saído diretamente de uma obra literária de época, escrita por Austen ou uma das irmãs Bronte.

Agora vejam o que vou dizer o amor é uma reação química que vai e vem sempre oscilando. És a boa notícia: a decepção também é assim. Seu cérebro se acostuma. Sua química corporal volta ao normal. E se você quer saber enquanto eu tinha uma crise de pensamento acelerado no qual minha mente começa a divagar, eu estava externamente catatônica na frente de um dos caras mais bonitos que já tinha encontrado, então pá despertei.

-Oi, desculpa tô com pressa-falei já me afastando, ele fez uma cara de confuso, percebi então uma curva em seu rosto de sorriso se formando.

-tudo bem, só vá com calma na próxima vez, mulheres não costumam se jogar diretamente nos meus braços! - sua voz soou meia roca com tom sarcasmo, eu sorri e segui até um painel enorme que se encontrava com nos roteiros para novatos de suas aulas e o caminho para os dormitórios, foi então que percebi que estava atrasada para a aula e longe do meu destino e tive que correr novamente, no caminho pensando como era possível eu está em uma nova fase da minha vida e já está perdida?

Eu percebi que tinha que escolher entre ir para a aula ou achar o meu quarto no dormitório, então escolhi ir para a aula, peguei um papel com um dos guias que a faculdade tinha disponibilizado para os novatos onde explicava como chegar no dormitório e como chegar na sala de aula.

Como falei eu venho de uma família de classe média alta, e meus pais não tinham tanta condição assim de pagar uma faculdade de medicina, que de longe é um dos cursos mais caros que está para existir, com minhas boas notas, e bom acadêmico desempenho eu entrei com bolsa, mas ainda necessário pagar o dormitório, o custo da minha alimentação, livros de estudo, materiais de xerox (quem é estudante universitário tira bastante xerox sabia), e tudo que acompanhado esse processo, só isso já era uma bolada de dinheiro, e como eu não trabalhava na época, tudo vinha dos meus pais.

Então sobre aquilo que falei de todos os jovens quando se formam estarem sedentos por independência e autonomia, bem tudo isso foi por água abaixo, eu precisava aceitar que até conseguir algo que pagasse tudo isso estava amarrada aos meus pais.

Como eu já tinha chegado atrasada no meu primeiro dia de aula, estava muito nervosa, fora que não tinha dormido muito bem, uma faculdade na qual tinha entrava era longe de onde morava com meus pais, por isso precisei de dormitório. Pois bem, eu tinha uma amiga de longa chamada Jenny que sempre me disse "Sofia, você tem que sentar na frente, mas não tão na frente para não aparentar que você é nerd, como as pessoas não gostam muito dos espertinhos"

Então atrasada, não correndo o risco de parecer tão nerd, pois toda a frente da sala da minha primeira aula já estava completa, tive que sentar-me nas últimas cadeiras estava eu ​​na minha aula de Anatomia Humana, em meu primeiro dia.