O que vem depois?

18

Eu estava sem folego quando cheguei no quarto, tinha que tomar uma água, ou como diz nos filmes "precisava de algo mais forte", que o meu café para assimilar tudo aquilo, não sabia quando ela chegaria, quer dizer se ela realmente voltasse, o o professor Rutts estava engajado a fazer com que ela ficasse com ele.

Que bomba eu tinha visto.

Estava me sentindo em uma obra de Tolstói, com intrigas e segredos, e começo a pensar como ele pode escrever obras que se parece tanto com a vida? Minha vida assim como as obras desse autor russo, era composta por uma galeria de pessoas ou personagens excessivamente complexos, e que se mostravam que ninguém está de todo salvo, pessoas que me exibem como virtudes e como agruras de se possibilitar amar, e o gerador de conflitos nos nossos interesses que isso envolve.

Eu não queria julgar ela, como quem está fazendo isso só para conseguir passar em uma matéria que já foi reprovada, eles pareciam íntimos. Decidi ligar para as minhas duas amigas, três cabeças pensam melhor que uma.

-Amigas que saudades- Jenny diz quando nos três ficamos com os rostos na tela.

-Pois é, sabe sofi, quando não vejo vendo a Jenny agora, por conta do trabalho, tô com saudades de ficamos juntas - Eva diz fazendo bico.

-Gente, eu preciso de vocês, assim tipo urgentes- falo e percebo agora que pareço meio pálida.

-Sofi, aconteceu algo? Você parece que viu um fantasma, vai nos contar que o Sr. Darcy tentou algo com você sem a tolha no meio agora- ela diz fazendo um "O" com a boca.

-Que história é essa de Mr. Darcy? Tipo o cara do filme "orgulho e preconceito" que você gosta?

Então me deparo que não tinha contato a história do encontro com Carter a Jenny, porque ela é sempre a mais seria no grupo, e por ser uma única de nos três que tem uma vida amorosa sólida, Eva e eu, bem parece que não nascemos para o amor.

-Não, quer dizer, tem uma coisa que preciso atualizar vocês, mas acho que não dá tempo, principalmente para contar a história toda para você Jenny- digo isso franzindo como sobrancelhas - A questão é que eu acabei de pegar a minha colega de quarto Vanessa, e o meu professor de genética juntos!

Nesse momento, acho que um cemitério seria mais barulhento que o silêncio que se proceda após a minha afirmação, será que minhas amigas também não saberiam como agir?

-Bem ...- começou a Eva- Veja definir pegar juntos.

-Juntos, juntos, tipo encontro de dois amantes literários de Shakespeare, com direito a beijo e tudo no estacionamento, tipo coisa proibida okey?

-Sofi, ela deve ser uma dessas meninas que fazem de tudo para passar na matéria, não são como você que se esforça, querem como coisas fáceis- fala a Jenny tentando ser compreensiva.

-Não sei não, ela me parece ser boa pessoa, me chamou até para almoçar com os pais dela, mas ela sempre tá fora, quase não dorme aqui, e eu acho que é porque ela deve está com eles, não sei mesmo meninas, eles pareciam conhecer faz tempo, não coisa de duas semanas- falo

-Ela já tocou em assunto de algum namorado? Ou amores passados? - Pergunta Jenny.

-Não, ela é bem evasiva as vezes, mas sempre me aconselha, quando está presente, e ela chegou a me dar carona, realmente não parece algo ruim, vocês acham que devo falar com ela?

-Claro que sim, se lembra, sempre presamos sinceridade antes de tudo- Eva fala, me lembrando de mesmo achando delicado falamos tudo uma para a outra.

-Concordo com a Eva, só ela pode te contar a história por trás da história que você viu, e eu sei como sua cabeça funcionada você deve está pensando mil e uma coisas, seja lógica e racional, faculdade é assim mesmo, as coisas são mais liberais do que na nossa cidade, e estou ansiosa para sair daqui no próximo verão- Jenny falou, ela tinha conseguido uma bolsa para começar no segundo semestre de uma faculdade próxima a minha, então poderíamos nos ver mais.

Nesse momento escuto o barulho de chaves na porta e decido desligar.

-Meninas, vocês são as melhores, eu preciso ir, ela chegou, tchau amo vocês.

-Te amamos- ambas falam e deligo.