Demônios também choram

E mais uma vez... você me quebrou.

Escrevi lindos versos.

Declamei meu amor em poesia.

Em todos aqueles versos, confessei o quão amava você

O quão você era especial.
O quão você era único.
Detalhando os mais belos detalhes

Do teu rosto.
Da tua boca.
Da tua alma....

Em nome desse profundo sentimento. Que abraçava até minha alma.

Mergulhando nesse abismo sem cor.
Afundando na agonia entorpecida.
Em sentimento de amor.

A culpa é minha.

E a responsabilidade também.
Me deixei levar, mais uma vez.
Me deixei sentir, mais uma vez.
Me deixei amar, mais uma vez.

E mais uma vez, você me quebrou.

Quebrou meu coração.
Sugou minha alma.
Traçou o rio de minhas lágrimas.

Então, de que serviam estes versos de sangue?
De que serviam estas lágrimas perpétuas?
De que serviam o meu amor em poesia?

Pura arte.

É tua forma de me destruir.

Pura arte.

Nada mais importa agora.
Pois finalmente aceitei.
A incontestável verdade.
Que envolve o impossível e o inimaginável.

Você nunca me amou.

E nunca me amaria do jeito que eu um dia te amei.
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S.