Dedos trêmulos, mais uma vez.
Dor ao peito, mais uma vez.
Falta de ar, mais uma vez.
Sufoco, mais uma vez.Me perco no ser e não ser.
Me perco em mim, desisto mim mesma
Não por opção, nunca foi e nunca será.
Sempre foi dor, a mais profunda e inimaginável dor da alma.Diz-me pai. Terei eu pedido descer quando era um anjo? Terei sido eu rebelde? Ou mal criado?
Quero acreditar que não. Minha única ilusão.
Mas se não, por que fazer-me descer?
Sinto tua falta pai.
Sinto tua falta como nunca antes sentiO mundo é mau, o mundo tem dor.
E a inocência? Tiraram-me sem rancorQueria ser bela como a lua.
Não tão solitária não tão acompanhada
Pai, nesta carta não me resta mais nada, se não pedir perdãoDevolve-me ao teu colo
Da-me teu consolo.Tenho alma de criança
Criança órfã, criança sem asas
Criança vazia.
Criança perdida.
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S.
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Demônios também choram
Poezie"Nestes versos, declamo tudo. Fantasmas que me perseguem... Minhas piores cicatrizes Meus piores medos... E a razão das minhas mais profundas lágrimas Afinal, demônios também choram." Todos os direitos reservados. Plágio é crime!