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Bru

Eu sou Brunna Gonçalves, ou a mendiga, é assim que me chamam. Normal até porque, eu e minha família  estamos nesse nível. E não pense que foi sempre assim, já tivemos muito dinheiro, mais o contador do papai roubou ele, e nos deixou na miséria. Nos perdemos os carros, casas, prestígio e respeito, hoje moramos em uma casa abandonada, é o que tem.

Eu tenho 18 anos e Bruno tem 19, a gente vende bala e água, pra sobreviver, mais não reclamo, pelo menos temos saúde.

Estou indo pra casa, meus pais e Bruno  já devem ter chegado. Nos vamos cada um pra um lado diferente da cidade, assim conseguimos vender as coisas tudo.

Estou passando por uma rua bem escura, eu morro de medo de passar por aqui todos os dias, porém,  é mais rápido pra chegar em casa.

Meus passos eram rápidos, vi duas sombras passar atrás de mim, comecei a andar mais rápido, como se fosse possível.

- Oi lindeza, onde está indo? - Um homem pega no meu braço.

- Me solta, me deixa ir pra casa. - Pedi começando a chorar.

- Porque está com pressa boneca? - Um outro rapaz fala me segurando também.

O desespero tomou conta de mim, naquele beco e me vi perdendo toda a minha inocência, senti todo meu corpo doendo, enguanto um dos homens abusava de mim, o outro me segurava.

- Foi bom me divertir com a Putinha Virgem. - O homem  falou e logo vi os dois indo embora.

E eu fiquei ali naquele beco chorando, não tinha forças para levantar, meu corpo doí, me ratejando consigo pegar minha roupa que estavam meio rasgadas.

Despois de um longo tempo, consegui chegar em casa, assim que meus pais me viram, vieram me abraçar.

- Filha por que demorou? A nos já estávamos preocupados. - Papai me  abraçou.

Nesse momento eu não consegui dizer nada, apenas me agarrei eles, como se eu fosse uma criança, e eu chorei, chorei muito. Com muito custo, consegui contar o que aconteceu para os meus pais e o Bruno.

- A culpa foi minha, eu destruí nossa família, se isso aconteceu com você, foi por minha culpa. - Papai me abraçou chorando.

- Nos temos que ir na delegacia denunciar. - Bruno diz raivoso. - Isso não pode ficar assim.

- Eu não quero ir. - Falei.

- Filha, você tem que fazer isso. Se esses homens ficarem soltos, podem fazer outras vítimas.

- Mais eu não quero mãe, eu já fui humilhada o suficiente. Eu só não consigo, tá?

Deitei no colchão e fiquei encolhida, e eu me senti um lixo, abusaram de mim, eu só não queria que isso tivesse acontecido, meu choro era alto, e não estava nem aí, eu só queria que essa dor passasse. Não demorou muito e eu senti um braço passar pela minha cintura e segurar forte.

- Não chora maninha, por favor. Eu estou aqui com você, e me desculpa por não ter conseguido te proteger. - Bruno  me abraçou.

Aos poucos eu fui conseguindo me acalmar, seus carinhos sempre me fazem dormir. Bruno  sempre foi um irmão muito

carinhoso, e agora não vai ser diferente.

Já volto vou terminar de comer 😂😂🤙🏾

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