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Alguns anos depois..

BRU

Eu e Lud, estavamos conversando no
parque, enquanto nosso filho brincava feliz da vida.
E ele nem imaginava que eu e a mãe dele estavamos falando de algo sério, sobre o futuro dele.

- Lud, eu não acho que devemos contar para o Vicente, sobre o que aconteceu comigo, quem é o pai dele, e onde ele está.

- Amor, então não contamos agora, porque ele ainda esta muito pequeno e não irá entender nada, mas quando ele crescer, temos que contar, não é justo esconder a verdade dele, mentir pra ele seria errado. - Ela me explicou.

- Eu sei, quando ele ficar mais velho, eu vou contar, mais agora, nosso pequeno tem que aproveitar muito.

- Quando chegar a hora, você vai ter coragem de dizer que o pai dele está preso, e que quer ter contato com ele?

- Eu vou dizer a verdade. Eu não sei porque aquele homem tinha que nos ver, e ainda me reconhecer, aquele desgraçado, tomara que morra na cadeia, ele e o amigo dele. - Falei me lembrando de tudo que aconteceu comigo.

- Eu não sei que direito de merda, ele quer ter sobre o nosso filho, que direito ele tem de querer estar perto do nosso pequeno? - Ela diz frustada, sei que ela está com medo de perder nosso filho.

- Ele não tem direito nenhum, aquele homem asqueroso me estuprou, e não adianta ele me pedir perdão mil vezes, ou dizer que se arrependeu, ou até que não estava em sã consciência, eu nunca vou perdoar ele.

- E se o Vicente quizer ter contato com ele, e se ele quizer o pai?

- Eu não vou poder impedir. E nós estamos criando o nosso filho para ser livre e ter escolhas, vamos dizer a verdade para ele, e deixaremos ele decidir o que vai querer, mas também vamos explicar que, dependendo da escolha dele, terá consequências, sejam elas, boas ou ruins.

- Eu tenho medo, de que um dia, ele prefira o pai, do que á mim. - Ela diz cabisbaixa.

- Amor, o Vicente tem 5 anos, desde bebê ele foi grudado em você, as vezes eu acho que ele ama mais você, do que eu, e olha que foi eu que pari esse menino. Então é meio óbvio, ele não te troca por ninguém.

- Mamãe, mamãe. - Nosso filho vem correndo até o banco, onde eu e minha esposa estavamos.

- Oi, meu filhote. - A Lud se abaixa para pegar ele no colo.

- Me coloca no chão mamãe, eu ainda quero brincar muito, o parque nem está tão cheio, então da para brincar em todos os brinquedos. - Ele explica para minha esposa.

- Certo, o que você ta querendo? Deixou de brincar, para vir até nós. - Perguntei já sabendo a intenção dele.

- É que eu queria muito um picolé, sabe... - Ele colocou as mãos atrás das costas.

- Só isso meu amor? - Lud pergunta.

- Bem, é que eu tenho dois amiguinhos, e o papai deles não podem comprar, a senhora podia comprar um pra eles também? Não quero que eles sintam vontade. - Ele pede meio acanhado.

- Que amiguinhos, filho? - Perguntei, sabendo que meu filho nem tinha amigos aqui.

- Os que eu encontrei aqui no parque. Você pode comprar mamãe? - Ele fez um olhar pidão, e a Lud nunca nega.

- Claro que a mamãe compra picolé para vocês. Me diga, quais sabores vão querer?

- Já que menino e menina pode escolher qualquer cor, eu vou querer aquele rosa, mamãe.

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