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LUD

Assim que eu voltei para a empresa, fui direto para a sala do meu pai, pelo jeito o assunto ia ser sério e longo.

- Ludmilla , demorou. - Meu pai disse assim que me viu.

- Desculpa pai.

- Tudo bem filha, agora sente-se.

Eu sentei de frente para o meu pai, estava me preocupando o jeito que ele estava.

- Acho que sua mãe deve ter comentando com você que eu estava investigando o nosso contador, certo?

- Sim pai, mamãe comentou por alto. Eu tinha dito para ela que Giovana estava com o Pedro , aí ela me disse.

- Depois do Trabalho minucioso e silencioso, eu descobri que o Pedro  desviou uma grande quantia da nossa empresa. - Meu pai fala fazendo uma careta.

- Quão grande essa quantia é?

- Alguns milhões, filha.

- Mais não estamos quebrados, certo?

- Não, ainda temos bastante dinheiro,  mais esse não é o ponto que eu quero chegar.

- Então fala logo pai, agora estou preocupada.

- Nas investigações descobri que ele faliu 2 duas empresas, e uma delas é a dos Gonçalves . - Eu abro boca incrédula.

- Pai e agora? O senhor Gonçalves já sabe disso?

- Quando soube que ele também tinha recebido o mesmo golpe, eu conversei com ele e deixei a par de tudo. Bom, eu já falei com os advogados da empresa e todas as contas do Pedro  estão bloqueadas, tanto as do Brasil quanto as de fora do Brasil.

- A gente pode recuperar o dinheiro que ele roubou? E os Gonçalves ?

- Conversei com os advogados sobre isso também, eles disseram que o dinheiro roubado está tudo em contas nos bancos, e que o dinheiro voltaria para nossas mãos.

- Então quer dizer que...

- Após o Pedro  ser preso, o dinheiro vai ser direcionado aos verdadeiros donos. Ou seja, os Gonçalves  voltaram a ser ricos.

- Meu Deus, e o Pedro onde está?

- Eu mandei ele ir em outra cidade pra verificar algumas coisas nas nossas empresas, claro que só foi uma desculpa para agilizar as investigações.

- Já tem o mandato da prisão?

- Sim,  e assim que ele aparecer aqui, é pra eu acionar a polícia, e eles vem prender ele.

Quando meu pai parou de falar, me veio uma coisa na cabeça, será que a Giovana estava envolvida nisso tudo? O que será que vai acontecer com ela.

- Pai, o senhor acha que a Giovana tá no meio das tramoias do Pedro ? - Perguntei incerta.

- Eu pedi para investigarem isso também, e não, ela não tem nada haver com isso. Mais preciso te contar uma coisa, e não sei como você vai reagir.

- Pode falar pai, não se preocupe.

- Os detetives descobriram que a Giovana vinha encontrando o Pedro a cerca de 3 meses, sabe o que isso significa?

Claro que eu sabia, como eu fui tão idiota?

- Ela me traiu... ela estava me traindo enguanto eu fazia tudo por ela, como eu pude ser tão burra, pai?

- Você não sabia de nada filha, calma.

- Eu estou calma,  avisa a mamãe que eu estou indo pra casa.

Me levantei e fui em direção ao elevador, assim que entrei no mesmo, peguei meu celular e mandei mensagem pra Bru  perguntando se eu podia ir na casa dela, era óbvio que eu nao iria para casa, eu precisava conversar com a Bru , ela é a única que conseguiria me ajudar.

Entrei no meu carro e comecei a dirigir devagar, eu estava sentindo um peso muito grande, eu sei que é idiotice para muitas pessoas, mais não é fácil saber que a pessoa que você se entregou de corpo e alma durante anos, te traía, te enganava.

A Giovana me destruir, como ninguém no mundo conseguiu.

Eu parei em frente a casa da Bru, desci do carro e toquei a campainha,  ela logo abriu a porta, e isso foi  tempo suficiente pra eu me jogar em seus braços.

Eu pude desabar ali, nos braços de Bru, me permiti chorar. Eu não Estava chorando porque descobri que a Giovana me traía, eu chorei porque sabia que dei motivos para ela me trair.

Eu nunca dei o espaço dela, ficava grudada, e mesmo não querendo, eu prendia ela a mim. Eu dei motivos para ela me trair, e é óbvio que dói saber que você foi traída.

- Ei, está tudo bem. Não quer entrar? - bru, perguntou calma enguanto fazia um carinho na minha cabeça.

Eu me soltei dos braços dela, e a mesma me puxou para dentro da casa, assim que sentamos no sofá, ela me encarou.

- O que aconteceu?

- Acho que você já deve estar sabendo que vão prender o cara que roubou vocês né? - Perguntei de cabeça baixa.

- Sim, papai me contou ontem.

- Eu descobri que a mulher que eu amava, me traía com ele.

- Ela é uma  vagabunda ordinária, como alguém tem coragem de fazer isso com você.

- Eu dei motivos para ela me trair Bru, não posso reclamar.

- Que motivos você deu para ela te trair Lud? Não tem que ter motivos, traição não é por motivos, isso é falta de caráter.

- Eu sempre ficava grudada nela, e queria ficar o tempo todo abraçando e beijando ela, e ela não gostava e eu nunca respeitei isso, ficava em cima. Mais não era porque eu queria ser dominante ou nada do tipo, eu só queria dar carinho pra ela, o carinho que ninguém nunca deu pra mim. Talvez esses tenham sido os motivos.

Bru se aproximou de mim, com uma mão ela segurou a minha, e a outra ela passou no meu rosto, limpando o resto das lágrimas.

- Você ficou assim porque ainda ama ela? - Ela me encarou.

- Não, eu sinto que não amo mais a Giovana, ela me magoou muito. Eu estou assim porque me senti enganada, usada, eu me sinto um lixo. Enguanto eu dava amor pra ela, ela estava me traindo com outro.

- Você não deve sentir nada disso, você é a pessoa mais maravilhosa que eu conheci na minha vida, é doce, carinhosa, é incrível o jeito que você cuida de mim e do meu filho que nem nasceu, e não tem nada de errado com você, é apenas o seu jeito de ser, e quem ficar com você, terá a sorte grande, será a pessoa mais feliz do mundo. - Ela me olha.

- Eu tenho medo de que ninguém goste de mim de verdade, de que ninguém me aguente, até porque, eu sou esquisita né, talvez seja como a Giovana falou, nenhuma mulher se interessaria por mim.

- Cala a boca, não acredita em nada que aquela puta barata falou. Você é perfeita, atraente, linda, tem esse sorrisão, e esse cabelo maravilhoso, você é realmente perfeita. -Ela falou a última parte sussurrando, por nossas bocas estarem muito próximas.

Eu não aguentei e selei nossos lábios, de início foi só um encostar de lábios, mais logo a língua dela pediu passagem, e eu abri um pouco a boca para a língua dela encontrar a minha.

Minha pele ficou arrepiada assim que Bru enlaçou as mãos no meu pescoço, eu coloquei minhas mãos na cintura dela e permaneceu lá sem segundas intenções.

- O que está acontecendo aqui? - Ouvimos uma voz e nos separamos rapidamente.

(Oi gente, talvez só volte amanhã)

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