𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 11

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Ao invés de prosperidade, a nova estação trouxe a guerra. A rainha foi avisada de que as terras ao sul tinham sido invadidas por um exército de bárbaros. As notícias que chegavam eram das mais aterradoras: os invasores estavam pilhando vilarejos inteiros, batendo e até mesmo matando pessoas. Sara mandou um pequeno exército para avaliar a situação, mas foi constatado de que os invasores eram muitos e hostis e queriam ficar com as terras que foram encontrando. Seu líder era um homem chamado Damian que não queria saber em negociação. Ele queria tomar o país e tornar suas aquelas terras, mesmo que o país fosse soberano. Segundo uma mensagem que foi enviada ao palácio, o homem mandou dizer que não tinha medo de uma rainha. Isso atiçou a ira da mulher. Ela resolveu que além de liderar o exército, iria a combate. Seu general tentou fazer com que ela mudasse de ideia, alegando que o povo precisava de sua rainha.

"Rainha Sara precisamos de você, não podemos correr o risco de perdê-la. Já pensou nisso? As meninas ainda  são muito novas para assumir se algo lhe acontecer."

"Sabes muito bem Raymond, que não há pessoa mais capacitada nesse reino além de mim mesma. Não vou deixar um bando de bárbaros insanos acabarem com nossas terras sem lutar".

"Minha Rainha, concordo que sua presença seja importante no campo de batalha, mas a senhora não precisa lutar..."

"Ray, eu não quero discutir mais sobre isso. Minha decisão está tomada. Vou participar da batalha como qualquer outro cidadão. Tenha confiança, precisamos vencer."

A rainha e seus homens de confiança ficaram em reuniões intermináveis sobre as estratégias para as ações de ataque do exército e planos para a proteção de civis que estivessem nas cidades próximas a invasão. A rainha também deixou um plano pronto de proteção à capital e ao palácio. Apesar de ser uma nação pacífica e pequena, o exército era bem preparado e tinha homens e mulheres fortes. Além disso, todos os homens maiores de 18 anos e capacitados foram chamados para compor a armada. A rainha contava ainda com três navios que nunca foram usados antes. Com a ajuda de uma maquete montada na mesa do salão principal do palácio, a rainha elaborou em poucos dias todo o planejamento de ataque de seus comandados e repassou exaustivamente o plano com eles. Foi decidido que na sexta feira, eles saíram em direção às terras ocupadas, numa viagem que duraria três dias. Em nenhum desses dias a rainha subiu para seu quarto, ela dormiu poucas horas num sofá do salão. Por estar apreensiva, ela mal comia também, o que deixava suas amas preocupadas, principalmente Ava. Quando anunciaram que sexta feira seria a partida do exército as pessoas da cidade se prepararam para se despedir de seus filhos e deixar a cidade preparada para um possível ataque se o exército não saísse vencedor. Mona ficou tão nervosa com toda a situação que mal conseguia dar as ordens necessárias para manter a ordem no palácio, para isso teve a ajuda imensurável de Ava que se dedicou de coração a todas as tarefas para ajudar seu povo. Ela ajudava e acalmava as pessoas, dizendo que sairiam vitoriosos da jornada. Durante toda a quinta feira a rainha ficou reunida com seus homens, com ordens expressas para não serem incomodados. As amas apenas entravam no salão para colocar e tirar a comida, levar e tirar a água e o vinho. Nenhuma delas tinha a permissão de dirigir a palavra a ninguém, muito menos se intrometer de qualquer jeito na reunião. Quando deu onze da noite, Ava resolveu entrar no salão. Mona a segurou:

"O que você vai fazer? A rainha chama quando precisar de nós!"

Todas as partes do palácio estavam em polvorosa com pessoas indo e vindo, mas ninguém se atrevia a entrar no salão principal. Ava olhou Mona com um olhar seco.

𖢨 𝑭𝑳𝑶𝑹 𝑫𝑨 𝑴𝑶𝑵𝑻𝑨𝑵𝑯𝑨 - 𝑨𝒗𝒂𝒍𝒂𝒏𝒄𝒆𖢨Onde histórias criam vida. Descubra agora