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Alexandra Pov.

— Podemos continuar com isso amanhã? Estou exausta!

Já fazia hora que conversávamos sobre o caso, o senhor Smith me até já veio desligar a máquina em mim, na realidade, ele veio trazer o jantar para o meu avô, o jantar que comi, e como estava acordada ele tirou os seus fios e a sua máquina em mim, e os levou embora.

— Está bem, podes dormir,

— O senhor não vai ir embora? — O perguntei.

— Não, não irei ao lugar algum. —  Ele me disse sorrindo. —  Estarei aqui quando acordares.


— Vô, eu já disse, estou bem. — Digo-lhe. — Pode ir embora, vai ter com a vovó.

— Não, eu não vou sair do seu lado, não vou te deixar sozinho aqui.

— O vovô vai ficar aqui até dia do meu julgamento? — O perguntei.

— Sim.

— Isso é loucura. — Digo rindo. —  O senhor tem que ir para casa.

— Mas…— O interrompi.

— Sem, “mas” …vai para casa. — Digo-lhe séria. — A vovó precisa de ti e as meninas também, o senhor já fez muito por mim.

— Não, não fiz. —Ele me disse. — És a minha neta, preciso que esteja segura, feliz, bem e aqui não estarás segura ou b…

— Vô, eu estou bem. — Digo-lhe interromper. —E vou fica bem. — Falo séria. — Já podes ir para casa.

— Mas…

— Vai para casa. — Digo sendo um pouco rude, eu não era minha intenção, mas essa é a único jeito de o mandar ir embora. Eu já tive duas noites de sonos bem dormida, agora era vez dele, aposto que ele não dormiu nada enquanto ele esteve aqui a me vigiar. — Vai para casa, o senhor também precisa de descansar. — Ele abre a boca para retruca, mas não o deixo dizer nada. — Eu só vou conseguir dormir bem se souber que o senhor estar a dormir bem.

— Mas…está bem. — Ele disse, concordado e eu sorrio. — Tem a certeza que vai ficar bem?

— Tenho, podes ir.

Ele beija a minha testa.

— Até amanhã princesa.

— Até.

[…]

— É ela nem?

— Sim, só pode ser ela…vai logo com isso.

Eles eram dois, dois homens. Não sei quem são, mas aposto que as suas intenções não são boas. Eles começaram a agir trinta minutos depois de eu ter mandado o vovô ir embora, o que significa que eles estavam a nós observar.

Primeiro, eles apagaram as luzes e depois destrancaram as cela. Eu era a única reclusa da zona beta, ou seja, eles estavam aqui por mim e eu estou sozinha nessa. Serão que são os guardas? Eles eram únicos a sala de controle. E se não são eles, cadê eles? Devem ter ao menos um ou dois guardas aqui para me vigiar. O que será que estar acontecendo aqui?

Eu estava em alerta e pânico, mas em vez de sair correndo, em vez de fugir, eu fiquei na minha cela, aguardando por eles.  Me deitei na cama, cobri-me até a cabeça e fechei os olhos, fingindo dormir.

Eles não demoram muito a invadir o meu quarto, ouvi as suas respirações e movimentações, senti os cheiros, não cheiram as rosas, mas não conseguia identificar quem são, ou melhor, o que eles são.

Senti um deles a retirar o lençol que me cobria, lentamente. Me remexi um pouco, para encobrir a minha farsa, mas não abri os olhos, continue fingido que estava a dormir.

— Gostosa. — Um deles comentou.  — Pena que escolhida do nosso senhor. — “O que?” — Eu adoraria me divertir um pouco com ela.

— Vai logo com isso! — O outro disse-lhe, irritado.

Ele estava com medo, medo ser apanhado. Então eles trabalham para a Luna? Hum…por quem eles trabalharam?

— Está bem… chato. — Murmurou para o colega.

Sinto a sua mão na minha boca, tampado a minha respiração, abro os meus olhos assustados.

— Oi boneca. — Me cumprimento sorrindo.

Ele é um homem muito alto e musculoso, ele era um gigante em comparação com seu amigo. Ele tem uma pele escura e olhos castanhos escuros, e cabelo preto cortado.

Mordo a sua palma, com as minhas presas, fazendo com que ele solta um alto grito de dor.

— Mais que merda?! — O outro disse irritado. — Caramba, você só tinha uma missão!

Ele era um homem de um de um homem de estatura média, tinha uma pele pálida, cabelo castanho e olhos castanhos.

— Ah! — Ele geme, tentado se soltar, mas eu perfure as minhas presas na mão dele, prendendo-as lá. — Me ajuda porra!

O amigo agarra a sua mão, tentado puxar-lhe para longe de mim.

— Larga-lhe porra.

Faço o que ele disse, largo-lhe. Os dois desequilibram e caiam. Cuspiu a parte da pele dele que tinha arrancado e limpo a minha boca.

— Quem são vocês? — Pergunto ficando de pé.

— Merda, porque fez isso?! —Ele me questiona irritado, como se ia chorar. — Merda, doeu!

— Nossa, a sério? — o perguntei, preocupada. — Porque era esse a minha intenção.

— Maldita! Vai pagar por isso. — Me ameaçou, levantando-se com ajuda do amigo.

—Nossa…— Revirei os olhos. — Quem são vocês? O que querem de mim?

— É melhor teres cuidado. — O seu amigo, o moreno, disse se afastado. — Ele lembra-se, ela é perigosa.

— Eu também só.

— Mas não és mais que eu.














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