Execução

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Aquelas palavras ecoavam como um mantra sombrio em sua mente, cada sílaba ressoando como um eco de desilusão e desconfiança

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Aquelas palavras ecoavam como um mantra sombrio em sua mente, cada sílaba ressoando como um eco de desilusão e desconfiança. Não importava quanto tentasse negar, a verdade permanecia inabalável: tudo o que acreditava, tudo o que presumia, tudo não passava de uma farsa meticulosamente tecida ao seu redor. Cada batida de seu coração era um lembrete cruel de sua ingenuidade, uma ilusão que agora via desmoronar diante de seus olhos.

O ambiente ao seu redor parecia ter adquirido uma aura de suspeita, cada rosto conhecido agora obscurecido pela sombra da dúvida. Todos eles, sem exceção, eram potenciais suspeitos, capazes de conhecer ou de descobrir algo crucial sobre sua vida. Zayn, em particular, emergia como uma figura enigmática, com acesso a informações e lugares que pareciam além do alcance de uma pessoa comum. Sua presença na floresta, como se fosse seu refúgio seguro, apenas intensificava a sensação de que algo muito maior estava acontecendo, algo que mal conseguia começar a compreender.

A consciência de que Zayn possuía mais informações sobre sua própria vida do que ele próprio era desconcertante, uma confirmação amarga de que sua narrativa estava sendo escrita por mãos desconhecidas. Cada aspecto de seu destino parecia ter sido meticulosamente planejado e manipulado por um tempo indeterminado, transformando-o em um mero peão em um jogo cujas regras desconhecia.

Era como se alguém estivesse apagando e reescrevendo sua vida à sua revelia, uma sensação de impotência que o consumia até os ossos. Mas, apesar da confusão que o envolvia, uma determinação silenciosa crescia dentro dele. Era hora de tomar o controle, de começar a escrever sua própria história.

Com passos firmes, se dirigiu até a porta, trancando-a com determinação e reforçando a fechadura com a cadeira da escrivaninha. O celular vibrava insistentemente em seu bolso, mas ignorou-o temporariamente, dirigindo-se à janela. Com um movimento fluido, a abriu, deixando a brisa noturna invadir o quarto. O momento de hesitação o envolveu quando se pendurou no parapeito, questionando-se se estava tomando a decisão certa. Mas então, lembranças dos eventos recentes o impeliram a seguir em frente. Era hora de agir, de recuperar o controle de sua própria vida.

Com um impulso determinado, se lançou para o chão, aterrissando com um baque surdo no gramado do jardim dos fundos. Silenciosamente, se afastou da casa, evitando os galhos secos que pontilhavam o gramado. Um sorriso forçado adornou seus lábios quando encontrou o olhar de Leon na esquina da casa de Kate, onde haviam combinado de se encontrar.

Era hora de começar a escrever sua própria história, custasse o que custasse. Não importava o quão confiável ou inocente Leon pudesse parecer, no turbilhão de suspeitas que o envolvia, Harry não conseguia deixar de considerá-lo um dos possíveis suspeitos. A desconfiança pairava como uma sombra sobre todos ao seu redor, transformando rostos familiares em possíveis traidores.

— Devo me preocupar em estar o ajudando a fugir quando, na noite passada, você simplesmente desapareceu sem deixar rastros? — Questionou Leon, os braços cruzados e um sorriso irônico dançando em seus lábios. — Não vai acabar me arrastando para seus problemas, vai?

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