aquele em que Jinyoung faz um professor ser demitido.

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Acordei sentindo um ventinho no meu pescoço. Estranhei, mas logo que mexi um pouco minha mão esquerda percebi que não havia dormido sozinho. Madeline estava ali, deitada em cima do meu peito, dormindo. No dia anterior eu fiz de tudo para que ela ficasse ao meu lado, mesmo que isso tenha significado tê-la tocado minimamente. Após ela me contar o que aconteceu, eu simplesmente não conseguia ficar calmo. Não que eu fosse fã dela, mas ela era uma ótima companhia e nunca demonstrou estar triste. Escutar ela chorando desesperadamente daquela forma, fez o meu coração se quebrar em um milhão de pedaços.

Assim que ela acordou, nós nos levantamos e ela seguiu para a cozinha. Eu fiquei no quarto pensando no que poderia fazer para tentar ajuda-la. Liguei para Donovan, o motorista que trabalhou para mim durante anos; desde o acidente, eu havia saído de casa poucas vezes, ele começou a trabalhar para os meus pais. Pedi para Donovan esperar no estacionamento do prédio às 9h30.

— Madeline, eu pedi para o meu motorista vir buscar você.

— Não precisa se incomodar com isso, Jinyoung, eu posso pegar o ônibus.

— Ei, eu não quero discutir logo cedo. Por favor, eu não vou deixar você ficando andando sozinha de ônibus e metrô. A partir de agora, o Donovan vai te buscar em casa, trazer aqui e te levar para a casa depois.

— Eu não quero te dar nenhum custo.

— Eu prefiro que você esteja segura do que guardar dinheiro. — não me importei em lhe dizer aquilo. Por mais que eu odiasse a ideia de ter uma babá, eu não poderia permitir que uma mulher fosse assediada e ficar de braços cruzados diante da situação.

— Obrigada, Jinyoung. Significa muito pra mim.

Depois disso trocamos poucas palavras e Madeline seguiu para a faculdade. Liguei para o meu pai e pedi para ir até o apartamento. Meus pais me ligavam ou visitavam com frequência, mesmo depois da contratação de Madeline. Meu pai chegou no apartamento em poucos minutos e completamente ofegante.

— Eu vim o mais rápido que consegui, filho. O que aconteceu? — ele disse enquanto tentava puxar um pouco de ar.

— Eu preciso de um favor, pai. Não é para mim, mas eu não quero que a Madeline saiba disso agora.

— O que aconteceu? Do que você precisa?

— Eu preciso que você faça um professor ser demitido.

— Eu não estou entendendo.

Respirei fundo e me preparei para contar toda a história. Eu e meu pai éramos donos de empresas de ramos diferentes, eu comecei a trabalhar na empresa de advocacia dele quando era mais novo, mas depois de me formar na faculdade, comecei a montar minha própria empresa seguindo no ramo imobiliário. Desde que eu me conheço por gente, a empresa do meu pai sempre patrocinou escolas e universidades privadas, esse foi um dos conselhos que ele me deu assim que a minha empresa começou a decolar, sempre estar disposto a patrocinar empreendimentos. Uma das universidades privadas patrocinadas pelo meu pai era justamente a que Madeline estudava, eu já sabia que, por ser um dos patrocinadores mais generosos, a direção dificilmente diria não para algo que viesse do meu pai. Sim, sim, não era a coisa certa a se fazer, mas era necessário. Se aconteceu com a Madeline uma vez, poderia acontecer novamente ou até mesmo com outra mulher no campus.

— A Madeline foi assediada e sofreu uma tentativa de estupro de um professor, dentro da universidade. Ontem ela chegou atrasada aqui e eu a questionei sobre isso, mas ela começou a chorar e depois teve um ataque de asma, ela me contou que um professor tocou nela. Eu não a deixei ir embora ontem à noite e contratei novamente o Donovan, ele fará o transporte dela sempre que for necessário.

me faça viver || Park JinyoungOnde histórias criam vida. Descubra agora