Eu fui para a casa depois de ajudar Jinyoung a ir para cama com segurança. Depois, eu sonhei com o acidente dele, eu não estava presente quando ocorreu, é claro, mas acredito que eu tenha me sensibilizado tanto que acabei me colocando em seu lugar. Não consegui dormir bem o resto da noite, ficava apenas pensando nele. Gostaria de ter ficado no apartamento para estar mais perto de Jinyoung. Saí da cama mais cedo que o normal e decidi que tentaria levar Jinyoung ao parque, um pouco de ar fresco lhe faria bem.
O sol estava nascendo enquanto Donovan dirigia até o prédio magnifico onde Jinyoung residia. Me despedi do gentil motorista e segui caminho até a cobertura. Por mais que eu não tivesse tido uma boa noite de sono, eu estava feliz, talvez saber que eu estava prestes a passar um tempo perto de Jinyoung me fazia bem. Entrei no apartamento sem fazer barulho e já sabia que ele não estava acordado, estava tudo muito quieto. Deixei meus pertences no balcão e segui até o quarto dele.
— Jinyoung, acorda. — eu falava baixinho perto da cama dele. Jinyoung apenas resmungou qualquer coisa e virou para o outro lado. — Vamos, Jinyoung, está na hora. — eu tentei mais uma vez enquanto sacodia ele, nenhuma resposta novamente.
Jinyoung não dormia pesado, mas às vezes era difícil acordá-lo, especialmente quando ele ia para a cama muito tarde. Decidi deixá-lo um pouco bravo, fui até a cozinha e peguei uma panela e uma colher de madeira. Fui até o quarto de Jinyoung e abri a cortina, havia uma janela enorme no quarto, havia muita luz entrando. Assim que deixei a cortina escancarada, eu comecei a bater na panela gritando o nome dele (nada muito alto porque eu não queria que ele recebesse multa do prédio).
— Acorda, Jinyoung! O dia está lindo lá fora, vamos viver! — eu repetia sem parar. Ele voltou a se mexer na cama e resmungou uma coisa que fez tudo ao meu redor parar.
— Feche essa cortina, está muito claro. — ele disse com a voz sonolenta.
— Como você sabe que ela está aberta? — eu perguntei sem saber se o que eu tinha ouvido era verdade. Jinyoung se sentou na cama rapidamente e coçou os olhos com força, enquanto eu estava paralisada no mesmo lugar. Ele correu para o banheiro sem dizer uma só palavra. Quando ele saiu, eu ouvi a melhor coisa que alguém poderia ter dito.
— Madeline, eu consigo ver. Eu estou vendo. Eu acabei de me ver no espelho e eu estou vendo você. — nem mesmo ele parecia acreditar naquilo. Eu ainda estava em choque, até que ele abriu o melhor sorriso que eu já vi e veio correndo em minha direção. Jinyoung me abraçou com força e girou no ar enquanto nós dois dávamos risadas escandalosas. Nesse momento eu já não me importava se ele levasse alguma multa por excesso de barulho, o que importava é que ele estava feliz. Eu coloquei minhas pernas em volta de cintura de Jinyoung e ele me abraçou com mais força ainda.
Depois de mais algum tempo comemorando, ele me colocou no chão e eu olhei para o seu rosto. Coloquei minhas duas mãos em suas bochechas e olhei em seus olhos, ele realmente estava olhando para mim.
— Eu voltei a enxergar, Mads! Eu consigo ver você, eu consigo ver os seus olhos. — ele disse mantendo o contato visual comigo.
— Como isso é possível? — eu disse ainda lhe olhando.
— Eu não sei, mas eu nunca estive tão feliz na minha vida!
— Vamos ligar para os seus pais!
Nós seguimos até a cozinha e Jinyoung discou o número da casa de seus pais. As mãos dele tremiam e a voz também, ele estava prestes a chorar de felicidade. Foram precisos menos de 10 minutos para que os pais dele batessem na porta do apartamento completamente eufóricos.
— O que aconteceu com o meu filho? Ele este bem? — Jinyoung não havia revelado aos pais por telefone a boa notícia, por isso os dois estavam completamente sem entender o que estava acontecendo. Antes que eu pudesse dizer a eles que Jinyoung estava no banheiro, ele apareceu na cozinha com os olhos cheios de lágrimas e olhando para os pais.
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me faça viver || Park Jinyoung
Romance[CONCLUÍDA] [SHORTFIC] [GOT7] Park Jinyoung é o CEO de uma das empresas mais lucrativas da cidade de Nova Iorque. Por motivos desconhecidos, ele sofre um acidente de carro que lhe tira o bem mais precioso que poderia ter, sua visão. Após o ocorrido...