Após a notícia da provável causa por trás da cegueira de Jinyoung, o casal Park saiu a procura dos melhores especialistas para oferecer o melhor tratamento ao filho. Eu ainda me perguntava seriamente qual seria o motivo de sua histeria e a única coisa que vinha a minha cabeça era a traição que Jinyoung tinha presenciado antes do acidente, mas eu não falei nada. Jinyoung disse que não queria contar aquilo aos próprios pais e eu também não faria isso. Eu procurei me manter o mais afastada possível de Jinyoung e do casal Park durante todo o processo que se seguiu. O meu trabalho já estava feito, eu só me mantinha por perto porque tinha me apegado a Jinyoung, mas a cada dia que se passava, eu percebia como ele não precisava de mim por perto. Decidi que estava na hora de me despedir.
Eu não teria coragem de dizer adeus a Jinyoung, por isso procurei resolver todo o assunto com o sr. Park. Ele me agradeceu muito pela ajuda e até mesmo me deu um último cheque com um valor maior do que o que havíamos combinado, segundo ele, eu havia feito um trabalho melhor do que ele esperava, por isso eu merecia aquilo. Não protestei, eu estaria desempregada novamente por algum tempo, precisava economizar em tudo o que pudesse. A vida na faculdade seguiu normalmente. Eu ouvi dizerem que o sr. Peer havia sido deportado ao Canadá por causa da investigação sobre os assédios e possíveis estupros que ele havia cometido, isso fez com que eu ficasse bem mais tranquila andando pelo campus. Eu e minha colega de quarto continuávamos morando juntas, ainda não tínhamos a mais profunda relação do mundo, mas estávamos trabalhando nessa questão. Fazia muito tempo que eu não ouvia sobre Jinyoung. Eu morria de saudades dele todos os dias, mas precisava aceitar a minha nova realidade, eu e ele não éramos nada além de conhecidos.
Em um dia ensolarado, eu resolvi passar em uma sorveteria. O calor estava me matando e fazia muito tempo que eu não recompensava a mim mesma. Segui caminhão tranquilamente e pedi ao atendente um sorvete de chocolate com muita cobertura, o caminho de volta teria sido tranquilo, não fosse pelo esbarrão que eu dei em uma pessoa enquanto estava olhando uma mulher andar com um cachorro miniatura pelas ruas de Nova Iorque.
— Desculpa. — eu disse rapidamente antes de olhar para cima. Eu deveria ter continuado olhando para baixo.
— Mads, eu pensei que nunca mais fosse vê-la. — disse a voz que eu tanto senti falta. Jinyoung estava diferente. Os cabelos estavam mais curtos, o sorriso mais brilhante e os olhos me atraíam de forma espetacular.
— Como vai? — eu perguntei tentando fugir das perguntas sobre a minha saída.
— Vou bem e você?
— Vou bem também. Eu preciso ir andando, a gente se vê por aí. — eu estava tentando muito sair daquela conversa e evitar aqueles malditos olhos lindos, mas Jinyoung não queria isso.
— Você está muito ocupada? Eu quero te mostrar uma coisa nova. — ele disse.
Por fim, eu aceitei seu pedido. Eu nunca conseguiria dizer não para aqueles olhinhos de cão abandonado. Jinyoung me levou até a cobertura e foi estranho estar de volta àquele lugar, as memórias me atingiam em cheio. A ida ao supermercado, nós dois rindo igual doidos das piadas idiotas de Jinyoung, ele voltando a enxergar, tudo aquilo fazia o meu peito ficar apertado. Quando entramos no apartamento ele me mostrou a novidade, todas as paredes haviam sido coloridas, haviam paredes com cores pastéis e outras com pinturas muito bem detalhadas.
— Decidi que precisava de um pouco de vida nesse apartamento depois que você foi embora. E agora que eu consigo enxergar, quero só ver coisas bonitas. — ouch. Aquilo doeu, doeu muito. Eu juro que estava tentando ao máximo não me deixar levar pelas emoções, mas ouvir ele falar daquela forma, fez toda a minha postura cair por terra.
— Eu sinto muito por ter ido embora, mas eu não tinha mais nada para fazer aqui. — eu disse com a voz baixa e evitando olhar nos olhos dele.
— Você foi embora sem se despedir de mim, por quê?
— Eu não sou muito boa com despedidas.
— Eu nem tive tempo de te dar uma coisa que eu estive guardando por muito tempo, posso te dar agora? — Jinyoung disse e aquilo me intrigou.
— O que é? — eu mal tive tempo para processar o que Jinyoung fez. Ele me beijou, simplesmente me beijou. Não consegui demonstrar nenhuma reação quando ele se afastou de mim e quando eu percebi o que aquilo significava, não pensei duas vezes antes de juntar nossos lábios novamente. Aquele não era um beijo malicioso, era um beijo de saudade, como se eu e ele ansiássemos por isso há muito tempo.
Jinyoung me forçou a dar alguns passos para trás enquanto colocava suas mãos em minha cintura, quando eu senti que bati no balcão da cozinha, ele me colocou sentada e ficou entre minhas pernas. A partir dali o beijo se tornou mais urgente. Jinyoung passava suas mãos por todo o meu corpo, enquanto eu arranhava sua nuca. Ele me puxou para mais perto e eu pude sentir sua ereção em mim. Arfei quando Jinyoung desceu os beijos molhados para o meu pescoço, ele fazia uma trilha de saliva e me mordiscava. Entrelacei minhas pernas nele e ele entendeu o recado, seguimos até seu quarto e lá ele me jogou na cama. Os beijos pelo pescoço continuaram e logo ele desceu para o meu peito. Ele olhou para mim e eu apenas balancei a cabeça positivamente. Ele lambia, mordiscava e chupava os meus peitos, sem dó nenhuma. Eu só sabia gemer com tudo aquilo, mas eu precisava demais, nem mesmo eu sabia que estava tão necessitada dele.
— Jinyoung, vamos logo.
— Eu quero brincar com você um pouquinho. — ele disse com um sorriso sacana no rosto.
— Por favor, eu preciso de você.
Após a minha fala, eu pude perceber a expressão dele mudar, foi quase como se ele estivesse possuído por algo, mas droga, aquele olhar só me deixou mais excitada. Jinyoung se levantou e tirou a própria camisa e a calça, ele andou até a mesinha na cabeceira da cama e pegou um preservativo. Ele veio para cima de mim mais uma vez, mas para terminar de tirar a minha roupa. Cada peça foi tirada com uma lentidão que me fez revirar os olhos. Quando chegou em minha calcinha, Jinyoung a puxou com os dentes e terminou de retirá-la com as mãos; depois disso ele ficou algum tempo apenas olhando para mim, completamente nua. Isso fez com que eu ficasse completamente envergonha e ele percebeu. Jinyoung não disse nada, apenas veio para cima de mim novamente e voltou a me beijar, ele acariciava minha região íntima com cuidado. Ele se separou de mim para poder tirar a própria cueca e colocar o preservativo. Enquanto ele colocava, eu não conseguia parar de olhar ele. Que homem magnífico.
— Eu sou todo seu, você pode me admirar o quanto quiser. — ele disse com aquele maldito sorriso.
Tentei fingir que não fui abalada por seu comentário. Jinyoung se posicionou em cima de mim, depois se posicionou em minha entrada. Quando ele começou a colocar, doeu muito. Fazia um bom tempo que eu não fazia mais aquilo, então eu já tinha me esquecido da sensação. Depois de perguntar para mim se estava tudo bem, Jinyoung começou a estocar. No começo, com bastante carinho, mas depois ele começou a ir com mais força e aquilo estava me deixando louca. Só podiam ser ouvidos os nossos gemidos. Eu arranhava suas costas enquanto ele estocava forte. Não demorou muito para que Jinyoung chegasse ao orgasmo e como eu não havia chegado ainda, ele se abaixou e começou a me chupar. Foi a melhor sensação que eu já experimentei. Ele me chupava com força e colocava um dedo dentro de mim ao mesmo tempo. Enquanto ele me lambuzava com saliva, seu dedo fazia movimentos de vai e vem deliciosos. Logo cheguei ao meu orgasmo completamente exausta. Aquela não havia sido o sexo mais longo do mundo, mas era o que precisávamos, sentir um ao outro. Como se fossemos um só. Eu me sentia nas nuvens.
— Você vai embora de novo? — Jinyoung me perguntou baixinho enquanto se ajeitava no colchão e me puxava para deitar em seu peito.
— Eu posso ficar mais um pouquinho, se você quiser.
— Eu quero que você fique para sempre. — ele disse dando um beijo no topo da minha cabeça.
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Muito obrigada por ter chegado até aqui! Tenho um carinho imenso por essa história e espero que você tenha gostado de ler tanto quanto eu gostei de escrever.
Cuide-se.
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me faça viver || Park Jinyoung
Romance[CONCLUÍDA] [SHORTFIC] [GOT7] Park Jinyoung é o CEO de uma das empresas mais lucrativas da cidade de Nova Iorque. Por motivos desconhecidos, ele sofre um acidente de carro que lhe tira o bem mais precioso que poderia ter, sua visão. Após o ocorrido...