2: black eyes and butterflies

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Oi, estrelinhas!

Não tenho muito o que falar antes deste capítulo. Leiam atentamente pois em breve mais personagens entrarão na história e as coisas podem ficar um tanto quanto confusas...

Podem interagir comigo no instagram e tiktok, meu user é @autorayang.
Não esqueçam da estrelinha e de comentar bastante!


AVISO PARA POSSÍVEIS GATILHOS:

!! MENÇÃO de morte; menção a parente gravemente doente; sexo explícito; negligência parental; homofobia indireta; menção a relacionamento abusivo (traição) e depressão pós parto !!

Se esses são assuntos sensíveis ou te deixam desconfortável, tome cuidado ao ler esse capítulo ou, se preferir, evite lê-lo. Seu bem estar deve vir em primeiro lugar.


MÚSICA TEMA

(...) Minhas paredes são muito altas

E eu sempre acabo sozinho

Por mais que eu tente

É por isso que eles chamam de caixa torácica

Para bloquear todos os meus sentimentos

Para garantir que meu coração nunca escape

Eu nunca serei o mesmo se isso acontecer

Ribcage - Plested

Quando Jimin acordou, os sinais claros de como ele havia passado a noite estavam presentes por todo o seu corpo. A garrafa de whisky ao lado da cama de casal havia caído no meio da noite, e agora exalava o cheiro forte da bebida alcoólica por todo o quarto. O jornalista sentiu o estômago revirar em cambalhotas enquanto recobrar a consciência, fechando os olhos rapidamente para se acostumar com a claridade do quarto — que agora mais se parecia com o banheiro de um bar no fim da noite —, e colocando todo o peso de seu corpo nos braços para então se sentar lentamente no estofado fofo de sua cama.

Conseguia ouvir os pássaros cantando do lado de fora, e até mesmo os sons da pomba que havia feito um ninho em seu ar condicionado, há pouco menos de dois meses; carros e crianças coexistiam entre o asfalto e calçada, que ficava na frente do grande prédio onde os Park moravam.

Ainda dentro da suíte, o jornalista foi até o banheiro e tomou um banho morno para relaxar seu corpo e tirar de si o cheiro de bebida. Estava esgotado e o dia mal havia começado. Aliás, estava apenas no início, já que aquele sábado marcava mais um aniversário de Hayun, o que significava que teria de colocar a capa de super-pai por algumas horas até conseguir gastar toda a energia da filha e ter certeza de que ela estaria feliz no seu dia.

Optou por colocar uma roupa confortável — apenas uma bermuda de moletom, já que pretendia almoçar com Hayun em casa e ir com ela até o parquinho, para que ela pudesse fazer o que mais gostava: brincar de pique-esconde, colher florzinhas para fazer tiaras para Jimin, e tomar muito, mas muito sorvete e todas as besteiras que nenhuma criança com menos de 5 anos poderia comer em grande quantidade.

Foi quando saiu do cômodo que ele percebeu que a casa não estava exatamente como havia deixado na noite anterior — os filmes que ficavam espalhados sob o hack da TV estavam organizados, os pratos que havia usado com Hayun para comer as fatias de pizza não estavam mais em cima da mesa de vidro na sala de jantar, e a única coisa que mostrava que a filha já estava acordada era o filme O Pequeno Chefinho passando na grande tela plana da sala.

Scintilla | jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora