Hello, is it me you're looking for?

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Olá! Essa é a minha segunda fanfic. Está sendo escrita com muito carinho. Espero que gostem! Mas antes, quero dedicar o primeiro capítulo à duas pessoas muito especiais: Karen Salles e Bruna Garbin. Nessa jornada de volta à escrita, elas tem me dado um suporte que nem sequer imaginam. Obrigada Karen pelas artes lindas e Bruna por toda a paciência. Amo vocês! ❤

***

Ela estava atrasada. Sabia que não deveria ter demorado tanto na escolha da roupa e essa demora desnecessária poderia colocar a perder o sonho de uma vida toda. O trânsito estava tão caótico quanto a sua imagem no retrovisor. O clima quente do mês de agosto fez com que ela suasse tanto que nem o ar do seu carro estava ajudando. Caitriona suspirou e soltou um palavrão baixinho. Encostou a cabeça no volante e pediu silenciosamente que aquele pequeno deslize não contasse pontos negativos com a produção. A buzina de um carro a despertou de seu devaneio e ela agradeceu ao ver o trânsito finalmente fluir. Pediria desculpas e faria o que fosse preciso para mostrar a eles que ela era a pessoa certa para interpretar Claire Fraser. 

***

– Vinte minutos de atraso. – Sam exclamou enquanto olhava o relógio. – Sabemos que Los Angeles não brinca quando se trata do seu fluxo de carros, mas essa moça também deve saber.

– Você está muito ranzinza. – Maril lhe ofereceu um café e ele aceitou. – Nosso prazo está acabando. Estamos todos cansados, mas precisamos achar a sua Claire e algo me diz que toda essa demora valerá a pena.

Sam não disse mais nada, apenas tomou o seu café e tentou relaxar. Não sabia explicar o porquê, mas a certeza de que aquela demora valeria à pena o assombrava. Procurou esquecer isso e se concentrou em repetir aquela fala mais uma vez. Revirou os olhos quando percebeu que seria quase impossível não se lembrar de algo que passou o dia inteiro falando. Alguém informou a Maril e Ron de que a atriz havia chegado. Ele mal teve tempo de resmungar alguma coisa, porque imediatamente uma mulher entrou pela porta daquela sala se desculpando pelo atraso e perguntando se ainda fariam o teste de química. Ao ouvir a afirmação de Ronald Moore, Sam pode ver que a respiração ainda ofegante da mulher foi profunda, em resposta ao 
alívio. Antes mesmo que alguém os apresentasse formalmente ele estendeu sua mão para ela.

– Olá, eu sou Sam. – Não sabia o porquê, mas de repente estava sorrindo sem nem perceber. – Sam Heughan.

– Caitriona Balfe. – Ela correspondeu ao aperto de mão. – Mil desculpas pelo atraso. A culpa foi toda minha, eu moro aqui há anos, deveria saber como é esse trânsito e...

– Calma. – Ele a interrompeu e riu da exasperação dela. – Está tudo bem. Toma. – Ele deu alguns lenços de papel que estavam sobre uma mesa próxima à eles. – Respira fundo e fica calma.

– Obrigada! – Ela sorriu enquanto limpava o suor da testa. Engraçado, a sensação que tinha era de que conhecia aquele cara há anos. – Você está sendo muito gentil com uma pessoa que pode ter te atrasado.

– Relaxa. Você precisa de alguma coisa? Ainda temos um tempinho antes que nos chamem. – Sam estava parado diante dela, observando cada um dos seus movimentos com certo fascínio no rosto. Em nada lembrava o homem impaciente de alguns minutos atrás.

– Confesso que preciso de água. E me concentrar, porque estou muito nervosa.

– Você vai se sair bem. – Acenou para alguém da produção e pediu que trouxessem água. – Caitriona... Seu nome é difícil de pronunciar. 

– Bom, não é a primeira vez que me dizem isso. – Caitriona sorriu ironicamente, mas não o repreendeu. Era um nome difícil mesmo. Alguém trouxe a sua água.
 
– Você tem algum apelido? – Ele perguntou sentindo-se curioso demais sobre uma pessoa que acabara de conhecer. 

Against All OddsOnde histórias criam vida. Descubra agora