capítulo 84

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Todos olhavam para o moreno a espera de uma resposta, mas o mesmo permanecia concentrado olhando para o celular na sua cabeça as peças começavam a se encaixar.

Teresa: fala logo Alfonso, estou ficando nervosa e você bem  sabe que não posso.

Alfonso: veja você mesma. — entrega o celular para a senhora que analisa a foto que para uma pessoa sem conhecimentos sobre o assunto acharia normal, mas não para uma advogada criminalista que infelizmente já tinha presenciado vários casos parecidos.

Anahí: gente o que vocês estão vendo de tão grave, eu não vi nada de mais nas fotos.— diz depois de ver a cara de Teresa que parecia ter nojo do que via. Na foto aparecia Alex saindo da boate junto de um garoto que aparentava ter no máximo uns dezeseis anos,  para Anie o menino deveria ser neto ou filho que o homem havia levado para ter uma noite com uma prostituta não aprovava a atitude, porém era comum de acontecer. — vocês conhecem esse garoto, ele é filho do Alex ? — pergunta.

Enrico: o Alex e a esposa não tiveram filhos, tentaram vários tratamentos, mas parece que a mulher tem  problemas para engravidar. — explica ao lado da esposa, olhando a imagem.

Anahí: ué, então quem é ?

Enrico: se essa boate trabalha mesmo com prostituição esse  menino deve trabalhar lá.

Anahí: mas... É praticamente uma criança. — fala não querendo acreditar.

Teresa: isso é mais comum do que você pensa, Anie, muitas crianças são obrigadas a se prostituir ou fazem por não ter outra alternativa para sobreviver, infelizmente existe pessoas que faturam muito explorando esses pobres  inocentes.

Alfonso: o Marcelo deve ter conhecido o Alex por frequentar a mesma boate e usou isso para chantagia-lo.

Henrique: faz sentido, só não consigo entender o por que dele querer trabalhar no escritório se nem advogado de verdade ele é.

Anahí:  se ele não for apenas um frequentador da boate, e sim trabalhe lá, pensem comigo, seria o disfarce perfeito, ninguém suspeitaria de um advogado que trabalha na Puente. — o escritório era conhecido por ser o melhor do país, sempre estava na mídia por trabalhar em casos de grande repercussão.

Alfonso: a Anie pode ter razão.

Teresa: se isso for verdade, esse homem é bem mais perigoso do que imaginávamos. — ia matar Alex por envolver sua família com aquele tipo de gente.

Henrique: tenho um amigo que é policial federal, a algum tempo ele andou investigando casos ligados a prostituição, vou pedir ajuda a ele pode ser que ele saiba algo sobre esse canalha.

Alfonso: seu pai tem amigos no serviço secreto também ?  — diz no ouvido da noiva, os dois sentados lado a lado no sofá do quarto.

Anahí : acho que não, ele era amigo do presidente mesmo.

Alfonso: do Trump ?

Anahí: não! Esse ele não gosta, tô falando do Obama mesmo, uma vez fomos até a casa Branca, foi bem legal. — o moreno olha rapidamente para o sogro que falava ao telefone, sabia que ele era um cara influente mas não imaginava que era tanto.

Henrique: falei com esse meu amigo, ele prometeu nos ajudar. — afirma ao finalizar a ligação.

Enrico: ótimo, vou conversar com alguns conhecidos também, toda a ajuda nesse momento é importante. — como um juiz aposentado tinha muitos contatos importante.

Enfermeira: licença, o horário de visitas acabou, apenas o acompanhante pode permanecer. — fala entrando no quarto. Depois de muita discussão para ver quem ficaria  acabou que Enrico ficou com a esposa.

Anahí: parece que tirei um peso de cima de mim depois que falei com a vó. — fala caminhando lado a lado com o noivo, Poncho teve que tirar o carro do estacionamento do hospital pois seu tempo tinha expirado, acabou deixando estacionado na rua mesmo já que não demoraria para ir embora.

Alfonso: perdoar faz bem, não ajuda em nada guardar rancor.

Anahí: ouviu isso ? - fala parando de andar. — parece um choro.

Alfonso: não ouvi nada. — diz olhando para os lados para ver se via algo. Anie caminha cautelosa até uma lixeira próxima onde ao lado havia  uma caixa de papelão de onde vinha o barulho.

Anahí: que bonitinho. — fala se agachando ao lado da caixa onde tinha um cachorrinho branco,  bem magro. — não precisa ter medo não  não vou te fazer mal. — pega o animal, que tremia no colo da loira assustado.

Alfonso: ele parece ser bem novinho, de ter sido abandonado aqui. — fala tirando o casa para enrolar o bichinho que provavelmente sentia frio por falta do calor da mãe.

Anahí: a gente pode ficar com ele ?  — pergunta fazendo uma carinha fofa, que poncho soube na hora que não  teria como negar.

Alfonso: vamos fazer assim, ficamos com ele, mas caso dele não se adaptar ao apartamento procuramos uma família que cuide de e tenha mais  espaço.

Anahí: tudo bem, mas ele vai se adaptar sim, não é bebê, diz pro seu pai que você vai se comportar direitinho. — falava com o cachorro enquanto caminhavam em direção ao carro. — será que tem algum lugar aberto ainda, pra comprarmos as coisas que ele precisa.

Alfonso: deve ter sim, ainda é cedo. — fala ao chegar no carro, abre a porta para a noiva a ajudando a entrar. —precisamos de um veterinário, ele está tão magrinho vai precisar de vitaminas, tô chamando de ele, mas não sabemos se é macho ou fêmea. — fala dando partida no carro.

Anahí: é menino, temos que pensar em um nome bem legal pra ele. — ficam o caminho todo até o pet shot discutindo nomes para o mais novo membro da família.

Continua...
















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