Que comecem os Seres do Mar!

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Como estão meus triupulantes de leitores? 

Este capítulo é como se fosse um especial somente dos seres do mar! Será uma viagem dos tritões pelas águas do oceano.

AGRADECEMOS MUITO PELOS COMENTÁRIOS E PELAS VOTAÇÕES, NOSSA FIC ESTÁ CRESCENDO CARA! MUITO OBRIGADA, NÃO ESQUEÇAM DE DEIXAR COMENTÁRIOS, ELES NOS MOTIVAM MUITO! Boa leitura! 


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Eu podia sentir o oceano chorando, as lágrimas sendo transformadas em pedaços abandonados do vigor da água. Antes tão bela e cheia de ânimo com suas ondas beijando a areia, a leveza para nadar sendo um dos motivos para a exuberância dos seres marinhos, e eu era um deles.

Amava abraçar a suavidade do mar, as caricias das correntezas que zarpavam pelos cantos, as brincadeiras com os peixinhos nos corais policromáticos. Mas agora, nesse momento, a lucidez me fez perceber a tristeza naquela imensidão:

O oceano estava morrendo. Estava morrendo a muito tempo.

Desde quando sou tão ignorante para não reparar no falecimento das algas? Ou os peixes que se adoentavam rapidamente? Até mesmo os corais antes tão coloridos se encontravam apagados.

E ter consciência disso apertou o meu coração.

Minha tão amada casa...

Aquela paisagem tão sem vida me lembrava de muitos anos atrás, na qual o mar era pintado pela destruição lasciva... Tudo foi dizimado pela maldição.

Foi com minha cauda ondulando sobre o pranto salgado que comecei a refletir sobre o passado tortuoso.

Lembro-me bem das pedras que cintilavam como estrelas nas rochas, as diversas caudas que brilhavam em um dourado parecendo fogueiras na escuridão, os sorrisos estampados em todos eles... em outros como eu. Minha espécie.

"— Kookie, esse vai ser o melhor festival de todos!"

Resfoleguei surpreso com a dor latente na minha cabeça, fechei os olhos e continuei a nadar, porém outra lembrança dominou-me com força.

"— M-meu pequeno peixinho dourado... Sei que irá m-mudar este mundo... Eu te amo, meu amor."

Essa voz doce e familiar sempre aparecia em meus sonhos. A voz fraternal que transbordava afeição e carinho... Minha mãe.

Foram suas últimas palavras.

— Jungkook! Acorde, pelos deuses...! – a voz de Jin se propagou pela água, até chegar em meus ouvidos que possuíam pontinhas de nadadeira como a dos peixes.

Olhei atordoado para Taehyung, este que girava sua cauda listrada de tigre. Eu achava-o engraçado pois até em seu rosto tinham listras prestas nas bochechas bronzeadas.

— O-o que aconteceu? — questionei perdido, somente notando neste azo que havíamos parado de nadar.

— Você ficou estranho do nada e parou de nadar... Está bem Jungkookie? — indagou Tae-hyung.

— Eu estou ótimo, vamos antes que escureça!

Conseguinte de minha fala, continuamos a corricar pelo mar com as nossas caudas açoitando a abundancia d'água. Foram segundos, minutos e horas flutuando na imensidão azul, apenas esperando que chegássemos perto de nosso destino.

— Será que estamos nadando para o caminho certo, Jeon? — indagou Taehyung, forçando sua cauda felina para me alcançar e corricar lado a lado.

O Peixe Dourado de Poseidon - HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora