9: Abril, 1978.

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Sinto outra pontada em minha barriga, o bebê se mexe muito, em todos os momentos, mas principalmente à noite

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Sinto outra pontada em minha barriga, o bebê se mexe muito, em todos os momentos, mas principalmente à noite. Aparentemente, meu bebê quer ser um vampiro, porque ele simplesmente não entende que essa é a hora de dormir, e fica se revirando tanto que acaba me fazendo levantar.

Não são movimentos fortes, ainda não dá para senti-los pelo lado de fora, então ninguém além de mim já sentiu seus chutes, que mais parece como se eu estivesse constantemente cheia de gases. Eu mal posso esperar para ver a cara do felizardo.

Sirius e Lene tocam em minha barriga sempre que podem, competindo para ver quem ia sentir um chute primeiro, eles são sutis quando estão em público para evitar o falatório antes do necessário. Remus já tocou algumas vezes, poucas para respeitar mais o meu espaço, e sempre repetiu variáveis ​​da mesma frase.

- Eu praticamente consigo sentir o milagre de um bebê se formando aí dentro.

Ate mesmo Peter tentou sentir uma vez, ficou decepcionado por não ter como sentir ainda. Mas Dorcas não tocou, mesmo quando Lene tentou convencê-la, ela parece pensar que o bebê vai pular para seu colo se ela chegar muito perto. Mas eu vejo o carinho em seus olhos quando alguém fala sobre meu filho, ela apenas não parece saber muito bem como demostrar seu afeto por uma criança.

Não me importo com todo mundo querendo tocar minha barriga, que cresceu consideravelmente na última semana. Mas estou realmente incomoda com James ainda não ter tido vontade de sentir o filho, é normal Dorcas ou Remus manterem distancia, entendo o ponto deles, mas eu realmente esperava que James quisesse estar mais próximo do bebe.

Me jogo no sofá do Salão Comunal dos monitores que é o meu cantinho de todas as noites. É aqui que fico até estar cansada o suficiente para cair na cama e dormir sem notar os pontapés do bebê. Por vezes, eu durmo aqui mesmo e James ou Sirius me carregam para o quarto.

Toco minha barriga, os chutes estão concentrados para o lado direito.

- Vamos lá bebê, tente se aquietar sim? - peço e começo a cantarolar uma canção de ninar que minha mãe cantava para mim.

- Ele não fica quieto?

Me viro para trás em um pulo e vejo James, ele está parado na porta de seu quarto, usa uma calça de pijama e uma camisa de um time de Quadribol.

- Ele não quer dormir. - respondo sorrindo.

James se senta ao meu lado. Nos últimos tempos adquirimos o costume de passar algumas noites juntos, com ele ao meu lado fazendo companhia enquanto o bebê não me deixa dormir. Geralmente falávamos de coisas banais, monitoria, Quadribol ou os testes que se aproximavam, mas em algumas noites, falávamos sobre o bebê.

É estranho, ficamos confusos, falamos sobre os planos para depois da escola, e como vamos fazer sobre o bebê. Mas James nunca realmente fala sobre como ele se sente, é quase como se ele estivesse fazendo o que ele acha que é obrigação dele.

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