Astronomy • Billie Eilish [G!P]

35; Shyness

- Tchau! Bom recesso! - Me despeço do professor de história, o qual havia entregado um dos trabalhos que o mesmo pediu em um dia que não havia ido a aula.

Era final de novembro, as temperaturas estavam mais baixas do que quando chegamos a escola, o sol estava se pondo depois de um dia bem ensolarado. Fecho meu sorriso escondendo meus dentes mas ainda mantinha a leve expressão de felicidade entre os meus lábios, entretanto assim que encaro a porta de saída vejo Billie parada lá com um sorriso que se formou no canto de sua boca deixo com que meus dentes fiquem amostra novamente enquanto caminhava em sua direção em passos largos, diferentemente de antes. Assim que termino com a nossa distância selo brevemente nossas bocas.

- Vamos? - Indago ainda com o rosto próximo ao seu.

- Tem mais alguém que quer ir com a gente hoje. - Fala baixo.

- Quem? - Pergunto confusa.

Nesses últimos, quase, três meses Billie e eu andamos solitárias.

- Me atrasei? - A voz conhecida chega aos meus ouvidos e rapidamente, como um reflexo, encaro na direção que a mesma vinha.

- Zoe? - Digo em um tom surpreso.

- Cortei o cabelo gostou? - Ignora totalmente minha surpresa, agindo naturalmente como era antes de todas esses milhares de coisas acontecerem.

- Sempre disse que você ficaria linda de cabelos curtos. - Elogio.

Falar isso pareceu, para ela, uma aprovação para que continuasse com a gente.

- E nunca te dei razão, vou começar a te dar razão a partir de agora. - Sorri e a acompanho.

[...]

- Como vocês se conheceram? - Questiono extremamente curiosa.

- Ah, não faz muito tempo, sério. Talvez quase duas semanas, em uma festa qualquer transei com ele. - Conta tiro meus olhos da lua que aparecia no céu e a encaro imediatamente.

Estávamos no mesmo parque em que Billie me pediu em namoro meses atrás entretanto em um lugar diferente de frente para um lago, era onde várias pessoas costumavam pescar durante o verão, era fundo e por isso tinham alguns peixes, mas não se podia levá-los era só para olhar e devolver.

- O quê?! - Bate levemente com o ombro no meu sorrindo me fazendo rir baixo.

- Não sabia que fazia essas coisas. - Devaneio sem tirar os olhos da de cabelos quase que raspados em um tom loiro.

- Cabelo novo, Zoe nova. - Rebate e ergo uma das minhas sobrancelhas desconfiada. - 'Tá bom.. - Revira os olhos extremamente azuis antes de continuar. - Foi a primeira vez que fiz algo sem pé nem cabeça desse jeito, estava insegura e ele foi tão gentil que pensei; "Por que não?" - Pausa parecia estar recordando, Billie e eu nos encaramos sorrindo uma para a outra. - Enfim, continuamos nos falando e saindo 'pra encontros bestas, quer dizer tive que tomar uma pílula do dia seguinte. - Revela me fazendo olhá-la. - Que porra Heaven para de me julgar. - Diz fingindo estar brava e ergo minhas mãos em sinal de rendição.

- Não 'tô julgando, afinal, não se pode julgar quando se faz a mesma coisa. - Digo.

- Ai graças a Deus! Não queria ser a única que teve a dádiva de ter um belo orgasmo e cinco segundos depois ver uma camisinha estourada. - Diz e Billie ri alto fazendo a loira franzir a testa nos encarando por algum tempo. - Suas safadas! - Nos acerta tapas.

- Experimenta na próxima, é muito bom. - Eilish diz e a empurro levemente.

- Só cuidado 'pra não fazer toda vez. - Entro na brincadeira e Zoe faz uma feição preocupada. - Foi só uma vez, fica calma, a gente 'tá cuidando agora. - A conforto.

- Vocês acham que me enganam?! - Se levanta saindo do meu lado e se deita de bruços sobre a grama em nossa frente. - Tão fazendo coito interrompido que eu sei. - Diz e Billie se engasga.

- É meio estúpido, mas olha, é muito bom. Desculpa. - Admito envergonhada.

- As mais tímidas são as mais safadas, MEU DEUS DO CÉU! - Grita.

Essa frase ecoou em minha cabeça, por apenas instantes, mais tarde naquele mesmo dia enquanto sentia Eilish investir contra mim. Fecho minha boca que estava entreaberta para sorrir minimamente.

- Lembrou dela? - Billie sussurra parando colocando as mãos em minha cintura me puxando para o seu colo após se sentar.

- Sim. - Começo a rir e sou acompanhada.

- Tão safada. - Fala séria perto da minha boca, prendo meu lábio inferior entre os meus dentes brevemente antes de a beijar.

Estávamos tão perto. O suor escorria pela minha nuca e sentia o molhado dos cabelos de Billie entre os meus dedos, minhas coxas imploravam por uma pausa e quando o fiz por míseros segundos nossos suspiros tomaram conta do quarto por instantes. Mantive o olhar no da de olhos claros, sua boca estava entreaberta e seu peito descia subia.

Se passavam das oito da noite, ninguém estava dormindo então sua mãe devia ter escutado nosso barulhos. Eram para ser só beijos mas acabamos transando e nossas risadas quando concluímos isso foram interrompidas pelo toque do meu celular sobre o seu criado mudo.

- Sua família sente quando estamos transando. - Comenta e dou risada saindo de seu colo.

Era a minha mãe, e isso era estranho pois a mesma sabia que estava na casa de BIllie e que passaria a noite por lá depois da escola, nem passou pela minha cabeça rejeitar a ligação deslizo o dedo pelo ícone verde brilhando sobre a tela e levo o celular até o meu ouvido.

- Mãe? Achei que tivesse avisado que iria ficar aqui na casa da Maggie hoje. - Digo assim que permito a ligação.

- Eu sei filha, me desculpa interromper seus planos com a sua namorada, seu pai está aqui em casa e acho que todos nós precisamos conversar. Se puder vir, prometo que irá dormir na casa da Billie outras noites. - Explica calma mas sentia uma apreensão que fazia sua voz vacilar um pouco.

- Tudo bem, não tem problema. Chego em quinze minutos. Tchau. - Digo.

- Tchau amor. - Se despede e finaliza a chamada.

Suspiro largando o celular de volta ao lugar anterior e sigo andando para pegar minhas roupas pelo chão as vestindo.

- O que houve? - Billie pergunta começando a se vestir também.

- Sinceramente, não sei, preciso voltar 'pra casa 'pra saber. Meu pai 'tá lá e não sei porque diabos sendo que ele nunca vai. - Resmungo. - Se não for nada demais volto amanhã. - Falo pegando a mochila no chão.