37; Hamburger

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- O que vai querer levar 'pra Sun? - Billie questiona apoiando o queixo em meu ombro.

- Um óleo de peroba 'pra ela passar naquela cara de pau. - Digo baixo enquanto olhava com atenção as maquiagens na prateleira a minha frente.

Seu riso contra meu ombro me fez rir levemente. Decido pegar uma máscara de cílios que sabia que minha mãe costumava gostar, havia pego mais coisas relacionada a maquiagem para ela mas não quis arriscar nesse produto, em específico, já que ela usava o mesmo todos os dias.

Estávamos comprando presentes para o Natal, que era daqui há uma semana, não estávamos tão adiantadas assim mas geralmente as pessoas deixam para a véspera da véspera ou algo assim. Óbvio que não iria comprar o presente da Billie com ela junto assim como podia apostar que ela faria o mesmo, acabei comprando o dela pela internet, deveria chegar nos próximos dias.

- Que tal um perfume? - Sugere entrelaçando os dedos aos meus me puxando rumo a sessão de cosméticos.

- Pode ser. E você, o que escolheu 'pra ela? - Indago curiosa.

- Um abraço acompanhado de um: "Feliz Natal!" - Fala e dou risada.

- Sério? - Questiono surpresa.

- Óbvio que não, sei lá, acho que vou escolher um livro de autoajuda meio diário 'pra ela escrever e refletir como está se sentindo, assim como você sei que deve estar sendo barra 'pra ela tudo o que anda acontecendo. - Billie diz e concordo com a cabeça.

Os próximos dias após conseguir descobrir doença do meu pai não foram fáceis, não que agora esteja sendo mas de alguma forma parece que aprendemos a lidar e a nos adaptarmos em situações novas. Fiquei um pouco mais tranquila depois de o acompanhar em suas últimas consultas e também nas sessões de quimioterapia. Falando nisso após as compras teria de ir com ele em mais uma das suas sessões, não era um lugar tão deprimente quando achei que seria, a gente jogava Uno dentre outros jogos de cartas.

- Vou escolher um perfume e já passamos na livraria. Não posso perder a hora. - Digo suspirando em seguida.

Estava cansada havia acordado cedo para ir à escola.

- Billie, por favor! - Insisto mais um vez quando saímos da livraria dando de frente para a praça de alimentação do shopping.

- Heaven, amor, você vai perder a hora. - Repreende.

- Por favor, só dez minutinhos, 'tô morrendo de fome. - Peço.

- Que drama, nem parece que comemos no caminho. - Revira os olhos entre um sorriso.

- Tudo bem. - Sussurro andando com ela rumo á saída.

- Puts! Esqueci de pegar uma coisa, pede um carro pelo seu aplicativo, vou comprar rapidinho e já te encontro. - Diz e sela nossas bocas sem me dar tempo de falar algo.

Reviro os olhos andado em lentos passos até um banco próximo, pego o celular no bolso frontal da mochila e respondo as mensagens antes de chamar um carro por aplicativo. Sentia meu estômago implorar por comida, não era qualquer comida era aquela comida em específico que me fazia salivar, se bem que fazia muito tempo que não comia um bom fast food.

- Neném? - A ouço me chamar.

- Mentira?! - Sorrio de imediato vendo o meu hambúrguer favorito embalado.

O caminho até a casa da minha namorada foi tranquilo e muito feliz, pelo menos da minha parte por estar comendo algo que queria muito. Iria dormir na casa dela como comumente fazia, aliás havia cedido meu quarto para o meu pai ficar no tempo que ficasse em casa, então quando estava por lá dormia no sofá ou para a casa de Billie.

- Vou ir com o meu pai e depois ele me deixa na sua casa. - Aviso observando Billie pegar todos os presentes. Ela levaria junto quando fosse lá para casa na véspera da data comemorativa.

Seu pai estaria trabalhando e por isso Maggie não quis fazer uma super ceia sem a companhia do mesmo, minha mãe convidou então eles pra passarem com a gente e os mesmos facilmente aceitaram.

[...]

- Não acredito que ele vai se afastar dela só por causa disso! - Billie resmunga brava por conta do seriado ao qual assistíamos.

- Isso se chama ética profissional, geralmente quando se tem um relacionamento com alguém a um cargo inferior ao seu sabendo que você mesmo pode promovê-lo isso é encarado como uma preferência, já que dá mais chances ao seu parceiro do que 'pra os outros membros da equipe justamente pela relação de afeição. - Explico.

- Mesmo assim, eu não iria deixar de te namorar por causa do nosso emprego. - Retruca.

- Awn que fofa! - Beijo seu pescoço por estar com a cabeça apoiada em seu ombro anteriormente. - Eu te amo sabia? - Pergunto a encarando.

- Te amo mais, muito muito mais. - Rebate e sorrio abertamente.

Quando cheguei em casa, mais cedo naquele mesmo dia, arrumei minha mochila colocando tudo o que precisaria para passar a noite na casa de Eilish e acompanhei meu pai em seu tratamento logo após ele me deixou na casa dela.

Selo nossas bocas repetidas vezes até Billie aprofundar o contato. Sua mão direita vem para minha nuca, quase que imediatamente, me impedindo de afastar meu rosto do seu. Rapidamente retribuo seus beijos cada vez mais afoitos, prendo seu lábio inferior entre os meus dentes findando mais um contato.

Suas mãos saem de suas posturas anteriores indo para a minha cintura em um aperto firme me puxando para deitar na cama, de forma invertida e não perto na cabeceira como todos costumamos fazer, minhas mãos são colocadas no topo da minha cabeça sendo presas por uma das suas. Ofego baixo sob suas mordidas lentas em meu pescoço.

- Tem tantas coisas que quero fazer com você. - Sussurra perto do meu ouvido e sorrio, mesmo que ela não fosse de fato vê-lo.

- Seria um prazer. - Rebato com ironia e a acompanho rindo.










Astronomy • Billie Eilish [G!P]Onde histórias criam vida. Descubra agora