Shivani Paliwal tinha uma vida até então perfeita, mas após a morte da mãe tudo começa a dar errado em sua vida. Shivani vê seu mundo virar de cabeça para baixo da noite para o dia, e agora ela se vê sozinha em um mundo que pode ser cruel às vezes...
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Shivani Paliwal
Estou me sentindo impotente, sem conseguir fazer nada para ajudar com a busca por Sophia, já faz 24 horas que ela sumiu, e ainda não temos nenhuma notícia de seu paradeiro.
Noah contatou as autoridades, mas até agora nada. Passamos a noite em claro, sem conseguir dormir pela preocupação. Estou com os nervos a flor da pele.
Estou deitada na cama de Sophia, abraçada com seus ursinhos. Me sinto tão culpada, se não fosse pelo meu egoísmo, ela estaria em casa e bem.
Começo a chorar aflita, e de repente escuto a porta ser aberta e Noah entra no quarto. Nossos olhares se encontram, e percebo o quanto ele está abatido. Suas roupas estão amarrotadas, e está com olheiras abaixo dos olhos. Sua barba está por fazer, e seus cabelos estão bagunçados.
Noah se deita ao meu lado, e suspira alto. Eu não sei o que dizer para consola-lo, me falta palavras nesse momento. É tão ruim você ver alguém sofrendo ao seu lado, e não ter uma palavra amiga para conforta-lo. Me sinto inútil.
— Não a encontraram ainda. — Diz e suspira alto.
— Será que...
Me corta antes deu terminar de falar.
— Não. Minha filha está em algum lugar, dessa maldita cidade. Vão encontrá-la.
Enxugo as lágrimas que insistem em cair. Começo a soluçar alto. Noah me puxa para si, e encosto minha cabeça em seu peito. Sinto a batida do seu coração sob o meu rosto. Ele passa a mão por meus cabelos embaraçados enquanto me conforta, e isso me toca profundamente.
— Ela vai ficar bem Shivani. — Fala confiante.
— Eu sei. — Suspiro cansada.
Estou tão cansada que acabo adormecendo, sobre o peito de meu ex-chefe.
♥
Não sei quanto tempo eu dormi, mas quando eu acordei Noah já não estava ao meu lado. Um vazio se instala em meu peito, mas ignoro.
A porta do quarto se abre, Nany entra com uma bandeja nas mãos. Ela também está muito abatida de preocupação.
Logo atrás dela, vem uma outra mulher de meia idade que não conheço. Ela é muito bonita, está bem vestida, com os cabelos negros perfeitamente no lugar. Pela sua cara parece também está cansada e abatida.
Me sento na cama, e me encosto na cabeceira. Junto minhas perna sobre os seios. Nany coloca a bandeja cheia de comida sobre a cama, e se senta atrás dela.
— Essa é a Senhora Mary Urrea Shivani. — Diz Nany.
— Muito prazer querida. — Me entende a mão.
Suas unhas então impecáveis, me dá até vergonha de retribuir o cumprimento.
