Shivani Paliwal tinha uma vida até então perfeita, mas após a morte da mãe tudo começa a dar errado em sua vida. Shivani vê seu mundo virar de cabeça para baixo da noite para o dia, e agora ela se vê sozinha em um mundo que pode ser cruel às vezes...
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Shivani Paliwal
Como não consegui dormir muito a noite, levantei cedo, tomei um banho demorado, depois que sai do banho, peguei um vestido preto básico rodado, com um sutiã vermelho e uma calcinha de vovó amarela com desenhos de banana, nada a ver eu sei, mas ninguém vai ver o que estou vestindo por baixo mesmo, e além disso é bastante confortável, escolhi uma sapatilha azul simples para combinar com meu vestido, e estava pronta.
Estava precisando renovar meu guarda roupa, já que minhas roupas estavam desgastadas demais, não poderia ir fazer uma entrevista de emprego parecendo uma mendiga. Fiz um coque no meu cabelo para dar um ar mais séria, e pra parecer um pouco mais velha.
Me assustei com a minha aparência, estava pálida com olheiras escura em baixo dos olhos, passei um pouco de maquiagem para tentar esconder um pouco, não gosto muito de rebocar o rosto, prefiro ser natural, mas hoje tive que abrir uma exceção. Fiz um pouco de café bem amargo, e um sanduíche, mas não estava com fome, me obriguei a comer um pouco.
Decidi não me deixar abater pela tristeza, Dona Radha não iria gostar de me ver assim tão abatida, e depressiva.
- Deus me ajude...Preciso muito desse emprego.
Saio cedo de casa para não chegar atrasada na entrevista, vou de metrô porque preciso economizar, o resto do dinheiro que me sobra.
Quando chego no meu destino meu queixo cai, é um prédio enorme todo de vidro, de uma cor acinzentada e branca, e um logotipo preto enorme, escrito, "Empresas Urrea".
- Uau! Eu não me importaria nem um pouquinho de de trabalhar aqui. - Digo boquiaberta
Mas me lembro que a vaga de emprego não é tão glamorosa assim, é para babá.
Adentro no prédio, e vou até a recepcionista para me indicar o andar da minha entrevista. Ela está com os cabelos preso em coque e com um terninho preto que combina perfeitamente com sua pele branca.
- Bom dia! O que a senhorita deseja? - Ela pergunta sorridente.
- Bom dia! Poderia me dizer o andar do senhor Noah Urrea? Vim para uma entrevista de emprego. - Retribuo o sorriso.
- É no último andar moça. - Ela diz.
- Obrigada! - Agradeço.
Ela acena com a cabeça e saio de encontro ao elevador, estou andando com a cabeça baixa e acabo trombando em uma parede de músculos, quase caio de bundo no chão, mas ele é rápido e me segura.
Quando levanto meu olhar, me deparo com o homem mais lindo que já vi. Minha nossa que homem é esse? Parece que saiu dos filmes de Hollywood, dos catálogos de revistas.
Fico sem fala. Ele tem olhos verdes, deve ter uns 1,80m de altura, cabelos negros, nem um fio estava fora do lugar, que vontade que me deu de bagunçar aquele cabelo perfeito, que inveja, fico a vida toda para arrumar meu cabelo rebelde e não adianta muita coisa não.
Ele estava com um terno Azul escuro, uma camiseta branca por baixo, e uma gravata da mesma cor do terno, provavelmente aquele terno era Armani, ele exalava riqueza, só aquele terno daria pra comprar uma casa pra mim, com certeza.
Fecho os olhos por um segundo e inalei seu perfume, era tão bom.
- Olhe por onde anda! Está cega garota? - Ele me pergunta rudemente.
Ele me olha com arrogância e me dá uma vontade louca de socar a cara daquele ogro... Lindo, só que ogro!
Já estava escolhendo onde seria nosso casamento, e o nome dos nossos filhos, que decepção!
- Oh me desculpe vossa majestade.
Faço uma reverência debochada, ele me dá um olhar assassino, vira as costas e entra no elevador, fico olhando até a porta se fechar.
Eu poderia ter provocado e entrado no elevador junto com ele, seria hilário ver a cara daquele troglodita arrogante, ele iria me fulminar só com o olhar, mas decidi me acalmar um pouco, minhas pernas estão meio bambas.
- Foco Shivani, você consegue! - Digo a mim mesma.
Entro no próximo elevador e aperto o botão para o último andar, arrumo meu cabelo que está um desastre, e passo as mãos no meu vestido pra tirar um pouco o amarrotado. Algum tempo depois a porta se abre e eu saio.
Tem uma morena sentada atrás de uma mesa, mexendo em um computador, pelo jeito só mulheres bonitas trabalham aqui. Ela também está vestida com um terninho preto e o cabelo preso em um coque.
Ela levanta o olhar pra mim e sorri, um sorriso tão sincero, que fico triste ao me lembrar que não tenho amizade alguma, não sou muito boa com pessoas, sempre fui eu e minha mãe.
Retribuo o sorriso.
- Olá. Você deve ser Shivani, certo?
- Sim, sou eu mesma!
- Eu sou Any, muito prazer Shivani.
- O prazer é todo meu. - Sorrio abertamente.
Ela me apontou umas cadeiras pretas de almofadas no canto da sala, e eu agradeço.
- Por favor sente-se, vou ver se o senhor Urrea irá te receber. - Ela se levanta e vai em direção a uma porta.
- Ok. - Aceno com a cabeça.
Passo meus olhos pelo local, e UAU, esse homem deve ser muito rico!
A sala é toda de vidro, só que não consigo enxergar o outro lado, mas provavelmente ele deve estar me vendo agora, começo a ficar nervosa, as mãos suando, enquanto espero Any voltar.
Começo a analisar o ambiente, o piso é todo trabalhado no mármore com detalhes em preto e branco, tem algumas flores que desconheço em alguns vasos, e próximo a mim tem uma revistas de moda.
A porta se abre e Any sai da sala, me impedindo de observar o restante do ambiente.
- Pode entrar Shivani, o senhor Urrea já irá te receber, boa sorte!
Agradeço e entro na sala. Ela fecha a porta atrás de mim, mas como não podia se diferente, e se não tivesse em algum acidente ou algum desastre não seria eu, acabo tropicando e caindo de cara no chão mais uma vez.
Quando levanto meu olhar, percebo que estou muito, muito ferrada...
