Shivani Paliwal tinha uma vida até então perfeita, mas após a morte da mãe tudo começa a dar errado em sua vida. Shivani vê seu mundo virar de cabeça para baixo da noite para o dia, e agora ela se vê sozinha em um mundo que pode ser cruel às vezes...
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Shivani Paliwal
Já tem um mês que voltei a trabalhar para o Senhor Urrea. Cada dia que passa, me dou ainda melhor com Sophia. Ela se tornou alguém muito importante em minha vida, em tão pouco tempo.
O Senhor Urrea, está me tratando com indiferença. Não voltou a ser o homem arrogante de antes, e não me trata mal como fazia, mas não me olha nos olhos quando fala comigo, e vive fugindo de mim.
Não tentou me beijar novamente, e para falar a verdade, me sinto aliviada com essa distância. Não quero me apaixonar por ele, eu sei que acabaria sofrendo.
Minha amizade com Any está cada dia mais forte. Tive tanta sorte em encontrar uma amiga de verdade, que me apoia sempre, e me aponta os erros quando necessário.
Any não saiu do meu pé, enquanto eu não contei a ela, o motivo de meu desmaio. Ela riu da minha cara, até fazer xixi em sua roupa. Ela me lembra dessa merda, todo fim de semana que estamos juntas. Eu que não sou boba, a lembro que ela se mijou toda, rindo de minha desgraça.
Dona Mary e Nany estão aprontando alguma coisa, eu sinto isso. Elas vivem cochichando pelos cantos da casa do senhor Urrea, quando eu apareço elas se calam de repente.
Lamar se tornou um amigo e tanto, sempre está disposto a me ajudar em alguma coisa. Percebo que o Senhor Urrea não se agrada muito disso. Sempre quando Lamar está perto de mim, ele fecha a cara e se emburra. Só não sei o motivo para isso, Lamar só é um amigo leal.
Josh está sempre me provocando, fazendo gracinha com a minha virgindade. Qualquer dia irei mata-lo. O Senhor Urrea não o deixa sozinho comigo. Não sei se é porque Josh é um galinha assumido, ou ele não tem confiança em mim, para não resistir as investidas inúteis do irmão. Josh é um cara de pau, mas é meu amigo. Só fala as bobeiras dele, para irritar o irmão. Percebo como ele olha para Any. O coitado vai ter que ralar se quiser alguma coisa com ela.
Esse mês passou rapidamente, parece que foi ontem que tudo aconteceu. Estou esperando Sophia chegar da escola. Todos os dias ela chega em casa, com uns insetos diferentes dentro de uma caixinha.
Ainda bem que até agora não apareceu com baratas novamente. Dá última vez que ela chegou com baratas em casa, acabei levando um susto enorme com aquele treco feio e voador. Acidentalmente eu posso tê-la esmagado com um livro, que estava em cima da cama.
Tive que dizer a Sophia que a barata fugiu, e voou para junto de sua família. Não aconselho a mentir. Mas o que poderia dizer? "Matei seu bichinho esmagado, e o joguei na privada?" Eu seria um monstro para ela.
— Shiv. — Diz Sophia.
Levanto o olhar para ela e sorrio, está vindo em minha direção com uma caixinha nas mãos.
— Ai meu Deus. — Murmuro baixinho para mim mesma.
— Ganhei outro inseto. — Diz toda feliz. — Quer ver? — Pergunta.
