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Shivani Paliwal

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Shivani Paliwal

Passei o dia todo irritada, queria voltar naquela empresa e recusar o emprego. Mas não posso me dar ao luxo, o salário é excelente.

Para aguentar aquele ogro de uma figa, o salário tem que valer a pena mesmo.

Limpei toda a casa, e os móveis que sofreram na minha mão, sai batendo em tudo. Idiota eu sei, mas é para extravasar a raiva que estou sentindo.

Ainda bem que quando eu saí da sala do senhor Urrea, Any não estava na sua mesa. Porque eu sai bufando de raiva, e  teria que explicar o que houve, e eu não estava com cabeça para isso.

Comecei a fazer o jantar, logo Any chega e vai estar comendo as paredes de fome. Aquela come igual uma leitoa e não engorda, que inveja. Provavelmente teve muitas reuniões hoje na empresa, já passou das seis, e ela ainda não chegou.

Decido fazer uma torta de frango, é rápido e prático. Depois de pronta coloco no forno para assar, e vou lavar a louça.

— Ei.

Olho para trás e Any entra na cozinha.

— Lá de fora dá para escutar você batendo essas vasilhas. — Diz rindo.

Reviro os olhos.

— A torta está quase pronta, se quiser tomar um banho antes de comer, aproveita agora. Já estou terminando a louça.

— Sim Senhora mamãe. Mas antes...

Eu sei que lá vem bomba. Vou ter que explicar tudo o que houve.

— Vai logo, depois te conto. — Digo. 

— Ah! Vai mesmo mocinha.

— Sai daqui. — Digo rindo. — Me manda beijo.

Jogo um pano de prato nela, ela sai sorrindo.

Termino a louça, enxugo e guardo tudo. Vou sair da cozinha, mas alguma coisa apita. É o timer do forno, a torta está pronta, e tenho que admitir que está com um cheiro maravilhoso, me dá água na boca.

Lembro me que foi dona Radha que me ensinou a fazer essa torta, e não é me achando, mas me saio muito bem na cozinha. Amo cozinhar, é meu passa tempo favorito. Me faz relaxar.

Mas hoje nem isso me ajudou, eu só pensava em arrancar a cabeça daquele idiota.

Desligo o forno, vou para a sala achar algum filme legal para ver. Tem um sofá azul, de canto na sala, uma estante pequena com a TV, alguns livros, e retratos de minha mãe comigo.

Pego o controle para ligar a TV, vou me sentar no sofá, acabo tropicando no tapete da sala. Ainda bem que não cai.

— Droga.

Chuto o tapete para longe.

— Ei! Quer me assassinar com um tapete voador? — Any pergunta.

— Pega a torta, vou ver se encontro um filme bom aqui.

Any vai para a cozinha. Me sento no sofá, ligo a TV, começo a pular os canais. Por fim acho um filme bom. 

Any volta com dois pratos nas mãos. Senta ao meu lado, me passa um dos pratos e os talheres. Começamos a comer, e não é me gabando não, mas está uma delícia.

Optamos por assistir "Como eu era antes de você". Acabou nós duas em lágrimas.

Por que aquele idiota teve que querer morrer? O amor dela não foi o suficiente para ele? Fico me perguntando.

— E então... Pode começar a contar. Imagino que vocês dois tenham brigado, o chefe estava com o humor do cão hoje. E você quebrando tudo em casa.

Achei que Any tinha esquecido o assunto, mas não. O pessoa curiosa. Por fim decido contar o que houve.

— Quando eu entrei na sala dele, Josh estava saindo, e me deu um beijo no rosto de despedida.

— Não acredito! — Diz com os olhos arregalados. — Mas também não é de se admirar, ele é um galinha de primeira. — Diz.

Continuo a contar o ocorrido.

— Ele ficou uma fera comigo por causa disso, estava muito irritado, me mandou sentar e eu não quis abusar da sorte, e decidi obedecer. Me sentei tão rápido que a cadeira desequilibrou, e eu para não cair segurei nele, mas ele não estava esperando por aquilo, e acabou caindo em cima de mim. Foi quando você entrou na sala.

Any gargalhada alto.

— Dá para você ficar quieta, para eu poder terminar. — Digo fingindo irritação.

— Tá bom, tá bom. — Diz levantando as mãos e segurando o riso.

Continuando...

— A reunião foi tudo bem, o salário é excelente. Assinei o contrato. E depois que nos despedimos, eu já estava na porta para sair da sala. Ele me chamou novamente, e me mandou ficar longe do irmão dele. Se eu não obedece-lo serei mandada embora.

— Tem razão de você estar só o veneno. —  Any diz.

— Falei poucas e boas para ele, e fui embora. — Resmungo. — Cretino. 

Fico irritada só de lembrar.

— Me deu vontade de mandar ele tomar onde o não bata. Mas sou muito educada para isso.

— Seria compreensivo se você tivesse feito isso, ele foi um tremendo idiota. — Diz revirando os olhos.

— Dessa vez deixei passar, mas ele que não pense que vai ficar me ofendendo. — Digo irritada.

— Isso mesmo Shiv. Não deixe ele te diminuir não minha amiga.

Me levanto e vou rumo a cozinha.

— Deixe que eu lavo o resto da louça. Você já fez o jantar.

— Fique à vontade. A pia é toda sua. — Digo sorrindo. — Vou tomar um banho e dormir. Até amanhã.

Dou-lhe um beijo no rosto, e nos despedimos.

— Boa noite Shivani.

— Boa noite Any.

Me viro e vou em direção ao meu quarto. Hoje ainda é quinta feira, tenho mais quatro dias de folga, antes de começar a trabalhar, e ter que encarar o Senhor Urrea novamente.

Uma babá Irresistível  - Adaptação NoavaniOnde histórias criam vida. Descubra agora