Shivani Paliwal
Merda, merda, merda. Por que tenho que ser tão desastrada? Levanto rápido, tão rápido que quase caio novamente. Ajeito meu vestido no lugar...Sim, meu vestido subiu e minha calcinha bem sexy ficou toda amostra, eu tinha que ter escolhido essa maldita calcinha horrorosa logo hoje? Queria um buraco para me enfiar dentro e sumir daquele sala.
Quando reparo melhor quem está sentado em uma cadeira atrás de uma mesa de vidro é ninguém menos do que o bonitão ogro que trombei agora pouco. Estou realmente ferrada!
- Não acredito! - Murmurei comigo mesmo.
O sem educação nem mesmo moveu um dedo para me ajudar a levantar, e ainda me olha como se fosse o dono do mundo, arrogante de uma figa. Começo a andar em direção a sua mesa com o resto de dignidade que me resta.
- Além de petulante é desastrada. - Ele sorriu debochado.
Ignoro seu comentário sarcástico, engolindo sapo para não manda-lo ir a merda.
- Bom dia senhor Urrea. - O cumprimento.
Ele não me responde, e fica me encarando de um jeito estranho, o seu olhar é tão desconcertante, parece enxergar minha alma, e ao mesmo tempo lê meus pensamentos.
Não abaixo meu olhar um minuto sequer, e ficamos nos encarando por algum tempo, se ele acha que vou ficar igual uma boba aceitando suas grosserias está redondamente engado.
Ele me desafia com o olhar mas não cedo, enfim ele me aponta uma das cadeiras em frente a sua mesa.
- Sente-se. - Praticamente ordena.
Obedeço já que minhas pernas estão bambas de nervosismo, e poderia cair qualquer momento.
- Obrigada.
Ele pega uma folha e começa a examina-la, provavelmente é o meu currículo, começo a torcer minhas mãos em meu colo, e fico tentando descobrir o que se passa na cabeça dele...
- Bom senhorita Shivani, vejo que não tem experiência com criança.
- Não, não tenho senhor Urre...- Ele me interrompe grosseiramente.
- O que a senhorita faz aqui então? Acha que eu colocaria uma pessoa sem experiência para cuidar da minha filha? - Me olha com desdém.
- Não senhor...Quer dizer...Talvez? - Lhe ofereço um sorriso sem graça.
Pela primeira vez abaixo minha cabeça e meus olhos começam a arder com lágrimas não derramadas, pisco várias vezes para contê-las, mas não vou dar esse gostinho para ele de me ver desmoronar em sua frente.
Levanto a cabeça com um sorriso forçado no rosto, ele continua a me encarar e esperando a minha resposta.
- Concordo com o senhor em não contratar quem não tem experiência na área, e ainda sem indicação alguma, mas sei que sou capaz de fazer o trabalho senhor Urrea, se não, nem estaria aqui.
- Foi demitida do trabalho anterior, certo? - Ele pergunta.
Me olha com um ar de debochado, provavelmente acha que eu não fui boa suficiente no meu trabalho.
- Certo.- Digo apenas.
Balanço minha cabeça afirmando sua pergunta, vejo que alguém pesquisou sobre meu emprego anterior, só não pesquisou o suficiente, se não saberia que fui mandada embora porque precisava faltar muito para cuidar da minha mãe.
Quando me lembro dela meus olhos enchem de água novamente, acho que nunca vou esquecer sua morte.
- Bom...
Ele passa a mão no cabelo, depois coça o queixo, que homem estranho, parece que minha presença não é tão agradável para o "senhor dono do mundo" sentado em minha frente.
- Você não é o que eu estou procurando para lidar com a minha filha, do jeito que você é perigoso colocar fogo na minha casa. Preciso de alguém que saiba cuidar de criança, você não sabe fazer isso.
- Se senhor me der uma chance não irá se arrepender senhor Urrea, e... - Ele me interrompe novamente.
- Tenho mais algumas pessoas para entrevistar, mas por enquanto você está no final da lista, se eu decidir te contratar o que é pouco provável, minha secretaria irá te ligar.
Ele se levanta e eu faço o mesmo, me estende a mão, então fico olhando uns segundos e pego sua mão, depois que me chuta quer ser educado, idiota.
- Tenho um bom dia, feche a porta ao sair.
Ele se senta novamente, e nem dirige mais o olhar, não tive nem tempo te desejar um péssimo dia, sou obrigada a me movimentar para fora da sala, antes que voo por cima daquela mesa e acerte a minha mão naquele rosto perfeito, e o obrigue a me contratar.
Existe alguém mais sem sorte que eu nesse mundo?
Idiota, arrogante, prepotente, se acha melhor do que todos só porque é rico.
- Babaca arrogante. - Murmuro pra mim mesma, mas quando percebo acho que falei alto demais.
Antes de sair da sala dou uma ultima olhada para trás e me arrependo, ele está me fulminando com os olhos. Dou-lhe um sorriso meigo, e um olhar provocativo e fecho a porta atrás de mim.
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Uma babá Irresistível - Adaptação Noavani
RomanceShivani Paliwal tinha uma vida até então perfeita, mas após a morte da mãe tudo começa a dar errado em sua vida. Shivani vê seu mundo virar de cabeça para baixo da noite para o dia, e agora ela se vê sozinha em um mundo que pode ser cruel às vezes...