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Changkyun percorre o caminho da sua casa até à casa de Lee Minhyuk em apenas sete minutos. Quando chega ao seu destino, entra pelo portão que se encontrava aberto e é preenchido por um clima musical demasiado genérico. Im nunca entenderia o porquê das pessoas gostarem daquelas músicas.

Observando cuidadosamente a casa de Lee Minhyuk, Changkyun varre todos os cantos da enorme sala de estar. Quando encontra um rapaz de cabelos rosados sentado no chão e encostado à parede, Im acelera o passo e dirige-se até ele. E em poucos segundos o seu coração parte-se em dois.

Kihyun vê a figura de Changkyun se aproximar de si e, automaticamente, muda de expressão, tornando-se mais pesado e triste. Os seus olhos melancólicos conectam-se com os do moreno e os seus lábios fazem um pequeno beicinho. Apesar da confusão que se formava na cabeça de Kihyun, este sabia que Changkyun estava ali e que era a razão de toda a sua tristeza.

— Vai te embora... — Kihyun sussurra num fio de voz, sem ter a noção que ninguém o conseguia ouvir devido à música.

O mais novo mira uma garrafa de Vodka ao pé do corpo do rosado e pega nela, colocando-a num banco longe deste.

— Vamos sair daqui, Kihyun...

Yoo ignora completamente a frase do mais novo e fecha os seus olhos, concentrando-se nos seus pensamentos soltos que dançavam na sua cabeça oca. Changkyun respira fundo antes de se aproximar do mais velho e de colocar o braço na sua cintura, envolvendo-o numa espécie de abraço.

— Vamos para casa.

E com isto Im levanta o mais velho com o mínimo esforço, segurando-o fortemente para evitar qualquer queda.

Sair da casa de Lee Minhyuk fora fácil. As pessoas dançavam e bebiam constantemente, porém deixavam um corredor limpo para quem quisesse entrar e sair. Com a exceção de uma ou outra pessoa, que Changkyun nem se deu ao trabalho de pedir licença, simplesmente empurrou-se para fora da porta.

— Uhm...

O calor humano da sala de estar foi substituído pelo frio gélido da noite e Kihyun grunhe. Depois, como um bebé chorão, afasta o braço do mais novo da sua cintura e senta-se no chão alcatroado, não estando sóbrio o suficiente para notar a sua sujidade.

Changkyun suspira fundo e agacha-se para levantar o rosado, no entanto Kihyun empurra-o e cruza os braços.

— Deixa-me em paz.

As palavras do mais velho eram claras e perfeitamente audíveis, sendo que não havia mais ninguém na rua. No entanto, nunca em seu perfeito juizo Changkyun deixaria Kihyun sozinho no meio da rua aquela hora. Im range o maxilar e pensa em alguma forma de convencer o mais velho a se levantar. Ele sabia que não tinha moral para dizer qualquer coisa que fosse, que ignorar Kihyun foi uma das opções mais estúpidas que ele já fez na sua vida e que era um autêntico cobarde. Noutras palavras, Yoo não ouviria nada do que ele tinha para dizer, por mais que ele tentasse.

E foi nessa linha de pensamento que Changkyun se aproximou silenciosamente do mais velho, passou um braço pelas suas costas e outro pelas suas pernas e levantou-o rapidamente para o seu ombro, como um simples saco de batatas.

— O quê que pensas que estás a fazer!? Larga-me!

Changkyun teria que suportar o peso e as tentativas de pontapés do mais velho durante os próximos 10 minutos. Sorte a dele que Kihyun estava desgraçadamente bêbado e após ficar um minuto a pontapear o ar, cansava-se durante mais três minutos e ficava imóvel.

Chegando à porta da casa do mais velho, Changkyun sente-se automaticamente culpado por saber a localização da chave suplente do rosado. Afinal, quem é que deixaria uma chave debaixo do tapete mesmo sabendo a quantidade de filmes de terror que só existem pois o assassino retira a chave desse local?

❀ 𝐳 𝐚𝐩𝐩 ❀ - ❥ 𝐦𝐨𝐧𝐬𝐭𝐚 𝐱 𝐜𝐡𝐚𝐭 DESCONTINUADAOnde histórias criam vida. Descubra agora