XVIII

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No dia seguinte o celular despertou, eu levantei o peguei e desliguei... Voltei para a cama mas eu não a acordei, eu fiquei a olhando dormir por um tempo. Eu senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto pensando em como iria conseguir me despedir dela no aeroporto. Eu sabia que iria doer, mas não sabia que doeria tanto. Nem havia chegado a hora e eu já estava sentindo uma dor enorme.

Respirei fundo, enxuguei o rosto, prendi o cabelo em coque, abri o WhatsApp e tinha mensagem da Elena:

Ei, bom dia... Eu consegui as alianças. 

Eles vão vir me entregar de umas 08:00 da manhã, você vai querer pegar elas antes de irmos ou depois?

Eu:

Oi, bom dia, Elê.

Eu acordei agora, mas ainda não a acordei. 

Posso deixar ela dormir até as 08:15, você acha que dá tempo?

Ela:

Dá sim, assim que chegar eu te mando mensagem e te entrego na porta.

Eu:

Beleza. 

Depois me manda a conta para eu transferir o valor.

Ela:

Pode deixar.

Até daqui a pouco.

Sorri, ela mandou a conta e o valor, eu fiz o pix e mandei o comprovante, apaguei as mensagens falando sobre o assunto, guardei o celular, cheguei perto da Catarina e a abracei. Depois de um tempo meu celular vibrou, o peguei e era uma mensagem da Elena:

Já peguei as alianças, vem aqui na porta.

Apaguei a mensagem, fui até a porta, a abri, ela me entregou a sacolinha e falou:

— Aqui está, esconde bem.

Sorri e falei:

— Muito obrigado, de verdade.

Ela sorriu e falou:

— Por nada... Ás 09:30 a gente vai para o clube, não esquece.

Afirmei com a cabeça, entrei, fechei a porta, abri a caixinha e lá estavam elas, o solitário tinha uma pedra vermelha e o outro fininho era todo cravejado de pedrinhas brancas, sorri, guardei e escondi a sacola embaixo da cama. Coloquei o celular para despertar as 09:00, deitei, a abracei novamente e acabei adormecendo.

»❋«


O celular despertou, eu acordei e falei:

— Amor... Acorda.

Ela se virou de frente para mim, me abraçou e falou sonolenta:

— Só mais dez minutos, amor.

Dei um beijo em sua testa e falei:

— Está bem, eu vou tomar banho e quando eu terminar, eu te chamo.

Levantei da cama, fui para o banheiro, tomei banho, escovei os dentes, penteei o cabelo e ao olhar no espelho vi um chupão enorme no meu pescoço, fui para o quarto, tomei meus remédios e falei:

— Amor... Está na hora.

Vesti a sunga que lavei, vesti o calção preto e uma camiseta branca. Fui até a cama, dei um selinho nela e falei:

O amor é um conto de falhas.Onde histórias criam vida. Descubra agora