VI

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Acordei cedo no outro dia, tomei banho, vesti um calção, peguei o celular para ver a hora e para a minha surpresa havia uma mensagem no WhatsApp de um número desconhecido. Abri a conversa e tinha escrito:

Espero que você melhore da dor de cabeça e durma bem... Você vai achar estranho, mas eu pedi o seu número para a Esther para conversarmos mais. Boa madrugada. 💙

Eu sorri lendo a mensagem, salvei o contato e mandei:

Eu acabei dormindo, além da dor de cabeça o cansaço falou mais alto. Fiquei surpreso com a sua mensagem, eu realmente não esperava, mas vai ser bom conversar com você. Bom dia. 😃

Será que mais uma amizade iria surgir? Foi o que eu pensei quando recebi a mensagem e no fundo eu esperava mesmo que isso acontecesse.

Peguei o moletom, desci as escadas e quando eu cheguei na cozinha, a Esther estava fazendo o café da manhã. Ela me olhou por inteiro, mordeu o lábio e falou:

— Bom dia, senhor tanquinho.

Sorri de canto e falei:

— Bom dia.

Será que seria muito ruim se eu quisesse ficar com a Esther, mesmo que sem compromisso como ela sempre faz? Ela estava me provocando e eu realmente estava ficando afim de ceder às provocações, a carne era fraca. Mas mesmo que eu não fosse fazer nada, por que não provocar também?

Ela sorriu e falou:

— O Mathew já acordou?

Neguei com a cabeça, coloquei o moletom em cima do sofá e falei:

— Está em coma de sono.

Ela sorriu e falou:

— Não por muito tempo.

Ela pegou um copo de água gelada, foi até o quarto, jogou no rosto do Mathew e eu o escutei gritando:

— Mas que porra, Esther.

Eles desceram para a sala, os olhei e ele estava com o rosto e cabelo molhados. Sorri e falei:

— Bom dia, bela adormecida.

Ele revirou os olhos e falou:

— Bom dia é um cacete.

Ela sorriu e falou:

— Da próxima vez que eu precisar te acordar, eu vou usar o extintor de incêndio.

Ele falou sério:

— E eu vou enfiar ele...

O interrompi pigarreando e falei:

— Não vai fazer nada... Agora vai se arrumar para ir buscar suas coisas e falar com sua mãe, porque eu vou adiantar meu quarto enquanto você vai.

Ele afirmou com a cabeça e falou:

— Ok. Ok.

Fui para a cozinha, a olhei de pijama curtinho, mordi o lábio, me encostei no balcão e falei:

— Precisa de ajuda?

Ela me olhou e falou:

— Depende. No que está disposto a ajudar?

A olhei e falei:

— Se você me disser o que precisa talvez eu possa dizer.

Ela chegou perto de mim, subiu as mãos pelo meu abdômen e mordeu o lábio me olhando. Sorri de canto sentindo o corpo arrepiar, a olhei e falei:

O amor é um conto de falhas.Onde histórias criam vida. Descubra agora