When We All Fall Asleep, Where Do We Go? (Concluída)

A Morte.

Segunda-Feira.

Não sonhei com Billie noite passada, mas eu quero me afastar de tudo isso por um tempo, primeiro quero encaixar as peças que já tenho, para que eu possa colocar outras.

-E então, vocês refletiram sobre a pergunta que fiz semana passada? -Falou Sr. Morales, na aula de religião.

-A morte não existe. -Comecei. -Para nem uma religião... -Eu não estudei, nem pesquisei nada, mas minha conversa com Billie foi o suficiente. -Para todas as religiões a morte não é nada além de uma passagem para outro plano ou uma passagem de volta para esse plano. E minha teoria é que quando morremos, nós nos tornamos algo superior ao que nós julgamos serem os seres vivos. Nossa existência não é nada, aliás, quem garante que existimos? -Conclui. E o professor apenas concordou com a cabeça.

-Nós somos a prova viva que existimos, somos a prova viva que há vida. -falou Clarice hesitando em falar.

-Quem garante que nós não morremos e pensamos estar vivos, por que estamos presos a um corpo? Quem garante que isso aqui não é um sonho, onde nós só acordamos quando morremos? -Respondi.

O resto da aula seguiu num clima pesado. A pergunta dessa semana é "When we all fall asleep, where do we go?".(quando nós dormimos para onde vamos?". Essa é a pergunta que ando tentando responder a dias.

Na hora do almoço eu não almocei, fui com Lara para o banheiro Feminino.

-Você deveria parar de pensar nisso um pouco, aproveita a vida que você tem. Ela morreu, mas você está viva, e não tá sozinha, você tem a Lucy, Isaac e principalmente eu. -Falou ela se escorando na pia do banheiro.

-Eu sei disso, me desculpe está dando mais atenção para uma pessoa desconhecida do que pra você e os outros... -Falei e me aproximei, Lara me deu um selinho e me abraçou.

-Tudo bem. Lembre-se se precisar de mim, estou aqui. -ela beijou minha bochecha e nós fomos para a sala de inglês, ficamos lá até a aula começar. Eu amo ter Lara comigo, ela me faz bem.

No fim da aula fui conversando com o povo de sempre até em casa.

Fiquei trancada no quarto pensando em tudo o que estava acontecendo comigo e como isso afetava as pessoas que eu amo.

O número inexistente me ligou de novo, resolvi atender.

-Oi, Lilian... -Falou Billie do outro lado da linha, com um tom triste.

-Oi, Billie... -Respondi no mesmo tom.

-Me desculpe por tudo isso, eu não queria que fosse assim...

-Então, por que é assim? -Interrompi.

-É difícil explicar, você tirou a minha vida, então eu vim parar nos seus sonhos, eu não tenho culpa... Mas quando puder fale com meu pai, Patrick. -Ela falou.

-Ok... -Respondi. -Eu tenho dúvidas...

-Eu também. -Ela interrompeu e uma batida forte começou, como acontece nas musicas dos meus sonhos.

What do you want from me? Why don't you run from me?
What are you wondering? What do you know?
Why aren't you scared of me? Why do you care for me?
When we all fall asleep, where do we go?

(O que você quer de mim? Por que não foge de mim?
O que está querendo saber? O que você sabe?
Por que não está com medo de mim? Por que você se importa comigo?
Quando todos dormimos, para onde vamos?)

Quando ela fechou a boca na ultima frase, eu apaguei.

Acordei horas depois da minha cama, olhei para o Lado e Vi um Bilhete, nele tinha um endereço, acho que é do pai de Billie, já que no final estava escrito "Patrick O'Connel, Bjs BE"

Liguei para Lucy e ela disse que era loucura ir atrás dele, mas eu vou, acho que ele tem as respostas que eu preciso. Como: o que de fato aconteceu com Finneas?

Sábado eu irei até o endereço dado....