medos

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As vezes as expectativas são mais importantes e mais legais do que a coisa em si. Maya Angelo disse que a vida é uma megera, e ela nunca teve tanta razão.

Sócrates disse ainda que uma vida sem reflexão não vale a pena se vivida. E isso me faz lembrar do dia em que eu percebi que eu iria morrer, e não iria ter aprendido tudo que a vida tem a ensinar.

As vezes eu me esqueço que a vida e o mundo andam juntos, dando e tomando muito, ensinando bastante para quem estar disposto a aprender.

Só para aqueles que estão atentos aos pequenos detalhes. No livro que estou lendo, um velho sábio disse que deveríamos estar atentos aos sinais, porquê o mundo ou a vida ia mandar diversos deles.

Uma vez, eu vi uma pessoa muito importante para mim cometer um monte de erros, só porquê naquela época era legal, naquela época era o que o coração dela queria, então ela vez. Eu percebi depois de um tempo; quando a culpa pelos seus atos começou a pesar; que sempre devemos manter o equilíbrio entre a mente e o coração.

E foi pelo que eu vi e não pelo que eu passei, mas foi o suficiente. Foi suficiente para que pedisse a noite que, nunca na minha vida eu tivesse que escolher entre o coração e a razão, para que eu não me arrependesse profundamente disso. E esse é um dos meus mais novos medos, porquê eu sei que por mais que eu implore isso um dia vai acontecer.

Eu também tinha medo dos monstros que ficavam embaixo da minha cama quando criança, eu tinha um amigo imaginário que me protegeria deles; dos monstros.

E quando eu tinha 9 anos, minha mãe me disse que deveríamos temer as pessoas, porquê elas eram mais perigosas que os monstros; que naquela época eu já tinha descoberto que não existiam, não do jeito que eu imaginava.

E eu comecei a saber da crueldade presente no mundo, e comecei a perder noites de sono pensando nisso, pedindo para que aquilo nunca acontecesse com ninguém, porque ninguém merecia aquilo. E eu chorava quando via no jornal uma notícia triste, um desastre que tinha acontecido. Porquê aquilo não era justo, nunca foi.

E então eu descobri quero mundo não era justo, e mais para frente eu descobri que ele faria de tudo para me derrubar. Porquê o mundo nunca está do seu lado. Ou talvez eu ainda não tenham visto do ponto de vista dele; do mundo.

Quando eu tinha 11 anos, eu tinha medo de falar em público, porquê eu sempre gaguejava, suava frio e nunca conseguia falar. E depois eu mudei e me tornei extremamente extrovertida, mas eu tinha tanto medo de falhar em público, que eu acabei me obrigando a me tornar a pessoa perfeita que nunca erra.

E aos 12 eu sofria por isso, então eu me fechei, e aos olhos de todos eu era metida e arrogante, o que não ajudava muito. Mas ainda sim eu tinha medo de falhar, e por isso eu escutava tudo sem me importar e em casa eu chorava, porquê cada palavra dirigida a mim tinha um pouco de verdade, senão muita.

E então eu me apaixonei, mas eu prometi não falar mais disso. E ter me apaixonado mudou tudo, eu percebi que não importava mais a opinião dos outros, porquê algo em mim doía mais, e me tirava toda a concentração.

Meu maior medo é ter que escolher entre a razão e o coração, e o segundo maior é falhar na frente das pessoas, mostrar minhas fraquezas. Meu terceiro medo é o mundo e seu caos, sua crueldade e sua insana obsessão em afetar á todos, acho que esse medo me acompanhara para sempre.

Flores, cigarros e textos sem sentido no final do diaOnde histórias criam vida. Descubra agora