| XIV |

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Idylla continuava resistindo e se defendendo como podia usando seu Escudo da Penitência, uma vez que ainda não conseguira recuperar a espada. Porém, como já sabia, sua proteção durava segundos antes de desaparecer com os golpes de seu pai. Shun tentava ajuda-la, mas Hades o jogava para longe a todo instante, demonstrando desinteresse nele. A única que estava mais perto era Acates, mas amazona não saía do lugar. Ainda não confiava na outra e, em virtude de seu estado, só iria interferir se tivesse certeza de que era isso mesmo. Embora não gostasse dela, se estavam do mesmo lado não havia motivos para ataca-la dessa vez.

– Chega disso, Idylla. – Hades partiu novamente a parede – Não tenho tempo a perder. Se está contra mim, então assuma isso e me enfrente como se deve.

A garota se aproveitou do momento em que Shun se aproximou novamente, desviando a atenção do Imperador para si, e pegou a espada de volta com a ajuda da telecinese.

– Chamas da Condenação!

Hades a lançou para longe e Acates decidiu cooperar, vendo a determinação nos olhos azuis daquela que sempre fora sua rival.

– Garras do Leão!

– Não interfira, humana tola.

A amazona recebeu um golpe de espada, que a lançou em cima de Idylla.

– Droga – a Deusa da Penitência resmungou.

– Vamos atacar juntas –Acates sugeriu.

A outra concordou. Saiu correndo na frente e levantou a espada para atacar seu pai, dando tempo para que a leonina lançasse mais uma de suas técnicas. Hades aparou a investida da filha e revidou, mas a garota deu um passo para o lado, fazendo com que Acates levasse o golpe por ela, tendo a espada do Deus do Mundo dos Mortos cravada em seu peito.

– Por que fez isso, Idylla? – a amazona caiu de joelhos quando a espada foi retirada dela.

– Acha mesmo que eu levaria um golpe do meu pai? Se eu não tivesse saído do lugar a tempo, ele teria me matado. – Idylla passou pela outra – E morrer não faz parte dos meus planos.

– Maldita...

– Chega. Você já me cansou.

A jovem deusa acertou Acates com sua espada, fazendo a outra desfalecer. Hades apenas observava, não acreditando muito na frieza da filha. Uma vez que ela e a leonina nunca se deram bem, era perfeitamente normal que Idylla a matasse, então não significava nada.

– Não vai enganar ninguém com isso. – o cosmo do Imperador aumentou – É lamentável que tenha resolvido ir para o lado mais fraco desta guerra.

– Bom... – ela olhou ao redor. Hyoga já havia sido derrotado e os demais estavam debilitados demais. De toda forma, estavam perto da vitória – Pelo menos fiz minha parte. É uma pena que precisará refazer o Grande Eclipse depois, mas isso não é nada para o Imperador Hades, certo?

Idylla fechou os olhos, esperando o golpe final. Não conseguiria convencer Hades do contrário, pois ela tinha ido longe demais com a atuação e, mesmo que tentasse, as chances de mostrar que tudo era uma farsa eram pequenas.

– Adeus, Idylla.

A garota esperava a dor pelo golpe que levaria, mas isso nunca aconteceu. Ao invés disso, sentiu algo respingando em seu rosto. Era quente e com cheiro férrico.

Sangue.

Ao abrir os olhos novamente, se depara com Radamanthys à sua frente. A espada de seu pai estava alojada no ombro do Juíz.

Herdeira do EclipseOnde histórias criam vida. Descubra agora