Capítulo 3

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Aqui estou eu, na sala de espera do hospital, aguardando o resultado dos exames. Todos os Weasley vieram para cá, sem exceção, inclusive as namoradas dos meninos.

Não consigo parar de pensar que se os exames não derem o resultado esperado eu vou ter que ir atrás do Malfoy, e só de pensar eu já começo a entrar em desespero.

- Familiares de Scorpius Granger. - Ouço a voz da pediatra.

- Somos nós, e aí doutora algum deles foi compatível? - Perguntei com o último fio de esperança que tinha dentro de mim.

- Eu tenho duas notícias, uma boa e uma não tão boa assim, qual você quer primeiro? - Assim que ele fala isso, alguma coisa me diz que o que eu mais temia iria acontecer.

- Não importa, só quero saber as notícias. - Digo impaciente.

- Tudo bem, então vou falar primeiro a não tão boa que é que um de vocês tem 50% de compatibilidade, porém essa compatibilidade só serviria por um período de tempo de, no máximo duas semanas, depois disso o organismo dele iria rejeitar o sangue. - Enquanto ela fala, parece que acabou de passar um trator por cima do meu peito de tanta dor que eu sinto.

- Tá, se essa é a boa qual é a ruim? - Harry se aproxima de mim me abraçando pelos ombros como se me dissesse que estaria comigo para tudo que eu precisasse.

- Então, eu falei que ele iria precisar de transfusão de sangue como um paliativo, só que agora ele não vai precisar só disse, será necessário um transplante de medula óssea e a porcentagem de compatibilidade tem que ser de no mínimo 99%, na maior parte das vezes os pais são compatíveis ou algum irmão, mas ele não tem irmão e a senhorita não foi compatível, o que nos restaria seria o pai dele. - Quando ela fala a última parte eu simplesmente não sou capaz de manter meu corpo de pé.

- Tem alguma chance de um desconhecido ter essa compatibilidade? - Foi a vez de Rony perguntar.

- Não posso dizer que não, mas é algo bastante raro, porém não podemos descartar nada, por isso sugiro que vocês chame todas as pessoas que conhecem. Agora eu preciso me retirar, tenho outros pacientes para atender. - Termina de falar, deixando todos na sala de espera.

- Hermione, a gente precisa chamar todo mundo e quando eu digo todo mundo você sabe de quem eu estou falando, né?! - Gina fala comigo agachada, já que eu estava sentada no chão encostada na parede.

- Você pode chamar todos, menos o Draco, ele não, eu não vou aguentar olhar na cara dele, não depois de tudo o que eu ouvi.

- Com relação a isso, tem muita coisa que aconteceu depois que você foi embora que você não sabe. - Gina começa a falar.

- Agora eu não quero saber, só quero ver o meu filho bem. Eu não posso perder ele, Gina, se isso acontecer eu não vou suportar. - Fala me derramando em lágrimas enquanto ela me abraça.

- Nós vamos fazer todo o possível para que ele fique bem, tá bom? Você não está sozinha nessa. - Gina me abraça mais forte.

- Gente, já liguei para o pessoal de Hogwarts,Blásio e Pansy já estão chegando, os outros vão demorar um pouco. - Harry vem andando da parte de fora do hospital em direção a mim. - Fica tranquila que eu não disse o que era , só falei que precisava deles em um hospital trouxa.

- Obrigada. - Sussurro.

Depois, de cerca de 10 minutos vejo duas pessoas passarem pela porta principal do hospital procurando por alguém. Nessa hora é como se todas as lembranças de Hogwarts voltassem à tona.

- Gente, alguém pode me explicar porque tivemos que vir a um hospital trouxa e pior a essa hora da noite? - Blásio pergunta olhando para todos, mas sem antes perceber que eu estou ali.

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