Capítulo 18

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Hermione pega o celular, mas ao olhar para a tela percebe que se trata de um número desconhecido, ela pensa um pouco se deve atender ou não, mas no fim decide por atender.

- Alô. – Ela fala.

- Olá, bom dia, neste telefone eu falo com Hermione Jean Granger? – A voz feminina do outro lado da linha pergunta.

- É ela mesma, do que se trata.

- Quem está falando é a Rita, a diretora do colégio que o seu filho está estudando, - Quando a mulher fala quem é e de onde é, algo dentro de Hermione faz com que ela tenha a certeza de que toda a angustia que ele estava sentindo o dia inteiro, agora tem uma explicação. – O seu filho se envolveu em uma briga, ele foi tentar separar, na verdade, mas o fato é que ele ficou um pouco nervoso, e eu não sei como, mas ele conseguiu lançar o coleguinha, apenas com um empurrão no peito, na parede e depois disso ele começou a expelir sangue pelo nariz, - A cada fato que a diretora falava o coração de Hermione ia ficando menor, começando pelo fato dele ter demonstrado magia pela primeira vez em um lugar que não sabia da existência de magia e depois por ele não ter aguentado a força da magia e expelido sangue pelo nariz. – Mas isso não é o pior, depois que ele começou a sangrar, nós levamos ele para a enfermaria, como fazemos com todos que passam por algum problema de saúde, mas o sangue não parava de jorrar, tentamos de tudo, e até agora nada, as enfermeiras do colégio estão desesperadas, e por isso estou te ligando para saber para qual hospital mandar ele. – A diretora termina de falar e Hermione por estar atordoada, demora um tempo para responder.

- Pede para trazer ele para o St. Mary e procurar por mim, na cirurgia geral, eu vou estar lá. Obrigada por avisar. – E desliga, antes mesmo da mulher que estava do outro lado da linha dizer qualquer coisa a mais.

Após desligar a ligação, Hermione fica parada no mesmo lugar por certo tempo e nem percebe quando Beatriz, sua amiga de plantão, se aproxima, até que ela pergunta:

- Hermione, está tudo bem, você está pálida, aconteceu alguma coisa?

- Meu filho está vindo para cá, parece que ele foi tentar apartar uma briga e por algum motivo – Que ela não podia contar a amiga. - O nariz dele não para de sangrar e as enfermeiras do colégio não sabem o que fazer. EU não sei o que fazer. – Hermione fala olhando para ela, e enquanto fala os olhos vão ficando cheios de lágrimas. Bia a consola, mas não há nada que ela possa fazer para ajudar Scorpius.

- Isso pode ser alguma coisa relacionada a doença dele, ele não terminou o tratamento a pouco tempo? – Hermione confirma. – Então talvez seja isso. Agora você precisa secar esses olhos e mostrar aquela mulher forte, que nada derruba, para que quando o seu filho chegar, ele possa sentir toda a segurança possível que só você pode passar para ele. – Bia tenta encoraja-la.

- Você está certa, vou fazer exatamente isso. – Hermione abraça a amiga. – Quando ele chegar você manda ele direto para mim. – E sai andando pensando em como vai resolver esse problema sem que alguém veja.

Cerca de meia hora depois a porta da sala dela se abre, revelando uma criança de uniforme completamente sujo de sangue, chorando e assustado, logo atrás dele tinha uma senhora que parece ser a diretora do colégio, já que estava com um suéter com o brasão da escola do lado esquerdo.

- Mamãe, faz isso parar, eu não quero mais sangrar, por favor faz isso parar. – Scorpius corre e agarra a perna direita de Hermione, sujando-a de sangue.

- Eu vou fazer parar, filho, a mamãe promete, tá bom. – Hermione pega ele no colo e o senta na maca que tinha em sua sala. Depois que ele está sentado, Hermione tira sua atenção da criança e olha para a senhora que estava na porta ainda.

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