- Ok... vêm, se é pra deixar de lado, então vamos aproveitar bem. — eu sentei e fiz um sinal para ele sentar do meu lado. Eu fiz outro sinal para ele deitar sua cabeça no meu colo e com muita resistência ele fez. Comecei a fazer cafuné, aquele momento parecia ser especial, ele parecia um bebê inocente. — Aconteceu algo?...
- Sabe, eu quis falar sobre isso com você justamente porque não quero falar com alguém da minha turma.
- E seus amigos fora daqui?
- Desde muito cedo eu fui meio que líder deles, as vezes vejo eles mais como um rebanho.
- Ah... e família?
- Complicado.
- Te entendo. O que te incomoda meu bem?
Ele explicou sobre sua relação com Midoriya desde que eram bem novinhos, pelo visto botavam muita pressão e expectativas sobre ele. Aí ele veio com uma teoria meio louca sobre o All Might e a individualidade de Deku, eu não entendi muito bem na verdade porque não conseguia entender como isso ocorreria. E ainda sobre os episódios dele ser sequestrado, ele se culpa bastante por coisas que ele não tinha o que fazer e não tinha que carregar o fardo.
- Então pra alguém que nasceu sem individualidade... ser... bem, um rival pra você e ainda tem isso de ser escolhido pelo herói número 1. É... Acredito que seja difícil passar e engolir tudo isso. Mas pense comigo, você tem grandes habilidades, tem um puta dom, talento, é inteligente, é bonito...
- Onde você quer chegar?
- Só quero dizer que isso ser o herói número 1 é bobagem. Eles comparam pessoais totalmente diferentes, que fazem N coisas diferentes e botam numa espécie de ranking como se uma pessoa fosse melhor que a outra. Meu pai podia ser um vilão, mas pelo menos ele tinha consciência que isso era pura bullshit.
- Por que você não seguiu o caminho dele?
- Ele tinha valores certos mas queria grana também... não ligava e não tinha empatia pelos outros e esse tipo de coisa.
- Bom... se você virar vilã, na verdade eu ia adorar brigar com você.
- Que lado briguento. Continuando, acho que você tem que pensar que não é culpa sua certas coisas. A estrutura da sociedade nos impõe muitas coisas e nós aceitamos como se fosse algo necessário para nós.
- Você não gosta mesmo da sociedade.
- Não.
Eu entendi bem melhor a sua perspectiva de vida, foi bom conversar com ele e ver que ele não era só agressivo, arrogante e por aí vai. Eu tinha um olhar diferente pra ele agora. Droga. O coração amoleceu.
- Olha Bakugou, por mais impopular que eu seja, não é bem culpa minha também e quero dizer que sempre que você sentir o mundo pesado demais, eu vou conversar com você todo prazer. Mas faça mais amigos, vai ficar feio você andando só comigo.
- [S/N] eu não me importo com o que as pessoas pensam.
- Puts já passou 15 minutos... não se importa, é? Então sai correndo pelado por aí, quero testar algo.
- Você é podre.
- Qual é... pense por outro lado, a gente daria ótimos terroristas.
- Do que você tá falando?
- Bonnie e Clyde.
- Ah começou a viagem...
- Imagina viver um vida sem rótulos, vamos virar ermitões?
- Sim. Começou.
- Viaje comigo ué. As vezes é melhor se manter distante da realidade. Namore um ET e viaje mais longe.
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Coffee for 3 (Bakugou, Todoroki × Reader)
Fanfic[S/n] sempre teve uma vida mais complicada por seu pai ter sido um vilão e agora estar na U.A., onde parece que só veem o indivíduo por fora. É complicado fazer amigos, mas quem sabe algo mais romântico... Bakugou pode ser seu ranço favorito no mund...