Lá se foi o ano letivo e se aproximava a melhor época do ano, o fim dele, ou melhor, era Dezembro. Gostava porque era época de férias, descanso, festas "como se fosse para alguma", o natal, a passagem de ano mas o que tornava Dezembro mais especial para mim, era o meu aniversário, eu adorava porque as pessoas próximas à mim me faziam sentir muito especial e demonstravam muito amor, eles sabiam como me fazer feliz.
.......................................O tão esperado dia chegou. Adormeci e acordei num dia que mais parecia uma manhã de natal, sim era como se vivesse o natal duas vezes no mesmo ano. Eram os meus quinze anos e iríamos à praia. Minha família e amigos. Levantei e lá estava minha mãe, mulher de altura baixa, negra, formosa e jovem, transparecia alegria ao cantar a típica canção de aniversário junto com as minhas irmãs.
"Parabéns para você. Nessa data querida. Muitas felicidades, muitos anos de vida. Hoje é dia de festa. Cantarão nossas almas, para a menina Nayole. Uma salva de palmas."
Batíamos palmas, gritávamos e dançávamos. Era só alegria.
Era tradição de casa que a aniversariante do dia não fizesse nada e fosse tratada que nem rainha. E assim foi.
Levantei e comecei a me arrumar. Vestia um calção jeans e um tope de praia branco. O meu cabelo não era um problema porque estava de tranças. Olhei para o meu reflexo no espelho e estava uma deusa. Adoro!
Saí do quarto e o pequeno almoço já estava feito. Comemos enquanto esperávamos as outras pessoas que iriam à praia connosco. Tínhamos preparado um carro que chegava para tudo. Pessoas, comida e outras coisas para o nosso lazer.
Rapidamente todo mundo foi chegando, e partimos. Estávamos num carro apropriado para a quantidade de gente que ia e a quantidade de coisas para o nosso lazer e comer. Pelo caminho metemos a música alta no carro. Gritamos, gritamos e gritamos. Se aquela cantaria alta estava a incomodar alguém, nós não queríamos saber. Queríamos aproveitar cada momento e nos divertir. Eu principalmente.
Não sabia nada de Akim desde o nosso término. E mentiria se dissesse que já estava bem. Aquilo ainda doía como no primeiro dia, e eu queria tê-lo aqui. Hoje. Ele sabia o quanto o meu aniversário é importante para mim. E eu como uma estúpida esperava que ele me ligasse para me parabenizar. Juro que aquilo mudaria o meu dia por completo.
- Você está bem?- perguntou Ayana.
Ela deve ter notado a minha expressão triste. Me conhecia tão bem.
- Sim. Está tudo bem.- respondi.
Expulso esse sentimento de tristeza de mim. Hoje é meu aniversário. E vou me divertir. Com ou sem ele.
E tão pronto chegamos. O dia estava lindo, o sol batia naquela imensidão azul, as ondas iam e vinham faziam um barulho agradável. Até chamativos. A areia estava quente e limpa, pedimos uma barraca e nos alojamos, aquilo era sem dúvida o significado de dia perfeito para mim.
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DAGBOEK.
ContoEsse livro é fruto da imaginação do autor. E nenhum dos personagens e acontecimentos citados nele tem qualquer equivalente na vida real. Dagboek é uma trilogia que fala sobre a vida de Nayole, uma menina de quatorze anos que entra para o ensino méd...