Dormi mal essa noite, nas três vezes que levantei para ir no banheiro lavei o meu rosto com água fria, afim de parar de pensar em Draco.
Na minha infância, quando nós mudávamos de escola, sempre aviam brigas por nós sermos sangues ruins. Eu nunca ouvi nada calada, mais a minha irmã, ela meio que prefere ouvir e se magoar, do que magoar a outra pessoa por retrucar.
Com o tempo, ela aprendeu a se defender. Ainda tinha receio do que a pessoa sentiria, mais só fazia se ela não aguentasse mais.O ponto é, minha irmã perdoa, eu não. Sempre guardei tudo oque ouvia pra mim, xingamentos, rancores, lutos. Eu já ouvi muita coisa, ruim. E pelo pouco que conheço o Draco... Ele parece o cara que vai partir meu coração assim que descobrir oque sou. Então, essa é a minha questão, se pessoas que não são importantes pra mim já me magoaram, imagina escutar até coisas piores de alguém que amo?
Ainda não decidi o que fazer em relação a confiar ou não em Draco, quando escuto o despertador. Levanto e tomo um banho demorado, lavo bem o meu cabelo, deixo que a pressão enxágue todo o shampoo sem pressa, e a água leve todas as minhas inseguranças.
Escovo os dentes, e depois penteio o cabelo. Passo hidratante, perfume, e visto o uniforme. Pego meus livros e varinha que usaremos na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas.
Não encontro ninguém no salão comunal, uma pontada de decepção se instala no meu peito, eu ainda esperava vê-lo aqui.
Desço as escadas, e vejo Draco na porta da sala de aula. Não seguro o sorriso quando vejo ele, mais entro direto sem falar nada, ainda quero testar meus comportamentos já que ainda não tomei uma decisão. Ele parece lindamente confuso ao entrar e sentar do outro lado da sala, aí... eu amo o efeito que tenho nele.
[...]
— Hoje, vamos praticar o feitiço de Lumus. Ele da luz para sua varinha, escurece o ambiente e também pode clarear bastante, podendo deixar a pessoa com a visão irritada. Acredito que já tenham aprendido de forma resumida, mais hoje vamos aprender a aperfeiçoar esse feitiço, é essencial para o dia a dia, ou para algum imprevisto na... selva talvez. — o professor chega até o centro da sala. — De onde eu venho, esse feitiço é usado a todo momento, já que o Castelo Bruxo fica no meio da floresta amazônica, a propósito meu nome é Carl, serei o professor de vocês esse ano. — ele se apresenta finalmente. — Vocês vão entrar em duplas na sala escura bem aqui atrás, e encontrar o objeto pedido que será sorteado pelo Perry, o meu pelúcio que me acompanhará em algumas aulas.
O professor mostra o seu animalzinho e eu me derreto toda, sempre me atraí por animais do mundo mágico. Vai ser bom ter ele no dia a dia. Algumas pessoas riem do professor, maioria da sonserina e um pouco de Grifinórios, uma raiva sobe até o meu pescoço, mais me controlo engolindo seco.
— Não demorem, venham! — o professor pede animado ignorando a arrogância dos alunos que zombaram dele.
Todos formam duas filas, Draco fica do lado oposto que o meu, me olhando atentamente em busca de um sinal pra saber como agir.
Chega na minha vez de entrar na sala, e pelúcio me mostra oque eu tenho que achar sorrindo. Draco está na fila do lado, e ele entra depois de mim na sala escura.
A sala é grande demais, não enxergo mais do que a sombra das prateleiras.
— Lumus! — eu digo.
Passo pelo corredor, procurando a bola de basquete que tenho que levar. Mais sinto uma mão na minha cintura me puxar para trás e me deixar pressionada contra parede. Draco.
— Oque você... — ele me interrompe.
— Você está dificultando as coisas. — ele diz. — Sorriu para mim, mais não falou comigo, não reclamou de vir comigo, mais nem olhou na minha cara. — eu reviro os olhos mais falo de uma vez.
— Me diz que isso não é um jogo pra você. — ele parece confuso. — Me diz que eu posso confiar em você, e que vai fazer de tudo pra não me magoar.
— Eu só quero te conhecer melhor, Morgan. — ele passa o meu cabelo por trás da minha orelha. — Não é um casamento.
— Porque?! — digo curiosa. — Oque tem de tão especial em mim? Pelo oque sei, você não parece o tipo que quer "conhecer" alguém.
— Eu não sei! — ele fala como se essa questão estivesse torturando ele todo esse tempo. — Estar perto de você me deixa... Me deixa calmo. É como se todo esse tempo eu precisasse de você pra me trazer a paz que todos diziam que eu iria encontrar. — ele acaricia minha bochecha. — Não vou ser hipócrita e dizer que sua aparência não me chamou atenção. — ele chega perto falando no meu ouvido. — Até porque você não tem ideia de como fica linda com essa roupa, e em como estou me segurando pra não enfiar minha mão debaixo dessa saia. — eu respiro fundo, mordendo os lábios.
— Tá tudo bem aí dentro? Vocês tem mais 30 segundos. — Carl diz batendo na porta.
— Eu quero conhecer você, não faria nada para te magoar, e se eu transmitir metade da paz que você me transmite, vou fazer de tudo pra preservar nosso... "Conhecer". — ele diz e me entrega a bola de basquete em seguida.
Eu pego a bola e olho um pouco para cima encarando seus olhos.
— Confio em você. — quase sussurro em seu ouvido.
Me viro ficando de costas para ele e aponto para a prateleira, mostrando a lata de molho de tomate que ele precisava pegar.
— Te espero no meu quarto. — ele diz e eu só concordo com a cabeça e saio.
O resto da aula passa tão rápido, que eu não sei nem 50% do que o professor acabou de falar. Mais coloquei um feitiço na varinha pra ela escrever tudo oque o professor diz, mais tarde eu estudo.
[...]
Termino a aula e fico um pouco falando sobre o pelúcio com o professor.
No salão comunal da sonserina eu subo as escadas do lado masculino e bato na porta, ele abre com um sorriso no rosto. Me puxa para o quarto muito rápido e eu começo a rir.
— Calminha bonitão. — eu digo rindo.
— Senta ali. — eu obedeço, e sento na cama de casal dele.
Draco volta com um saco de doces e uma caixinha pequena.
— Oque é isso? — pergunto curiosa.
— A caixinha tem um baralho de perguntas que revela oque você mais tem vontade de me perguntar. E as balas são só pra passar o tempo. — ele está rindo agora.
— Posso saber o porquê de tudo isso?
— Já disse, quero conhecer você. Que seja do melhor jeito. — as borboletas.
Fico tão amolecida que passo por cima dos doces o beijo. Eu tenho 17 anos, não tem porquê fazer suspense. Só estou com medo da reação dele.
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Não precisa me xingar kkkkkk, sei que terminou no suspense. Mais vou tentar postar amanhã mesmo.
Espero que estejam gostando.
VOTEM.BEIJO BEIJINHO BEIJÃO
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Sonserina - Imagine Draco Malfoy
Hayran KurguMorgan e sua irmã são transferidas para Hogwarts, tudo oque ela quer é ter suas notas boas e perfeitos aprendizados, pra chegar onde ela quer. Mais talvez um romance possa começar a atrapalhar suas metas. Ela não quer se entregar, acha que o menino...